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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

18
Mai12

BOM BOM BOM, BY-I-YAH

Arca de Darwin

Lembro-me de, quando era miúdo, apanhar girinos num charco (o que não se deve fazer), colocá-los numa lata ferrugenta,  e acompanhar o seu desenvolvimento: primeiro eram uma bola com cauda, depois nasciam as perninhas traseiras, depois as dianteiras, e finalmente a cauda desaparecia.

Não sabia qual era espécie, nunca reparei que tinham um tímpano (a ‘bola’ atrás e ligeiramente abaixo do olho) e não me lembro de ver o saco vocal, mas provavelmente eram rãs-verdes (Rana perezi), o anfíbio mais abundante em Portugal, comum em charcos, lameiros, lagoas, ribeiros, albufeiras, etc..

Apesar do nome comum, algumas são de cor castanha, mais ou menos escura. A risca amarela ou esverdeada no dorso é característica desta espécie, embora esteja ausente em alguns indivíduos.

O coachar dos machos revela 5 cantos diferentes. Veja quantos ouve neste vídeo que filmei no jardim da Fundação Gulbenkian, em Lisboa.

http://www.youtube.com/watch?v=xNbwoOkzf3s&feature=youtu.be

17
Mai12

A maior das garças

Arca de Darwin

A imponência e fisionomia da garça-real (Ardea cinerea) foram, e são, tema e fonte de inspiração para muitos artistas e escritores. Por exemplo, Eça de Queiroz, aludiu ao longo pescoço da garça-real no conto O Defunto: “(...) D. Alonso de Lara, fidalgo de grande riqueza e maneiras sombrias, que já na madureza da sua idade, todo grisalho, desposara uma menina falada em Castela pela sua alvura, cabelos cor de sol claro, e colo de garça real”.

É a maior das garças existentes em Portugal. Mede cerca de 1 metro de altura e 1,85 metros de envergadura. A plumagem do corpo é cinzenta e a cabeça é branca e preta, com plumas ornamentais.

A coloração dos juvenis é mais homogénea.

Habita vários tipos de zonas húmidas de média ou grande dimensão (estuários, lagoas costeiras, margens de rios, arrozais, etc.) e vive cerca de 25 anos. Alimenta-se de peixes, répteis e anfíbios, insectos, crustáceos e pequenos mamíferos. Constrói o ninho no topo de uma árvore e em geral vive em colónias.

15
Mai12

A orquídea que NÃO provoca abortos

Arca de Darwin

No passeio pela Arrábida (ver A planta que gosta de estradas e Pútegas: Parasitas comestíveis), ainda dentro da floresta coberta, mas num local exposto à luz do Sol, encontrámos o raro limodoro-mal-feito (Limodorum abortivum). O nome científico desta orquídea é responsável por um mal-entendido: Há quem diga que provoca abortos nas fêmeas de herbívoros grávidas que a ingiram. Na verdade, o nome “abortivum” refere-se ao “aborto” das suas folhas, que não se desenvolvem além de bainhas parecidas com escamas, que lhe dão este aspecto de espargo roxo.

De facto, esta orquídea tem pouca clorofila, pelo que não consegue satisfazer as necessidades alimentares através da fotossíntese. Assim, estabelece uma relação simbiótica com fungos para absorver substâncias orgânicas através da raiz. As sementes têm crescimento lento e permanecem 8 a 10 anos no solo. No Sul a floração ocorre entre Abril e Maio (foi por dias que não a vimos em flor!). No Norte estende-se até Julho.

 

12
Mai12

A favorita de Nabokov

Arca de Darwin

O almirante-vermelho (Vanessa atalanta) é uma borboleta muito comum em Portugal. Mede 5,8 a 6,4 centímetros de envergadura, pertence à família Nymphalidae e deve o nome comum ao facto de o padrão das asas assemelhar-se às divisas dos almirantes nos Estados Unidos.

As larvas gostam muito de urtigas. Por isso, se desejar criar um ambiente que atraia este colorido insecto, não se esqueça de manter um cantinho no jardim para elas.

O escritor russo Vladimir Nabokov, autor de Lolita, era apaixonado por borboletas e incluía-as com frequência nos seus romances.

Na verdade, Nabokov era mais do que um simples apaixonado. Ele foi entomologista (a entomologia é o ramo da biologia que estuda os insectos) no Museu Americano de História Natural, e curador da secção de lepidópteros (as borboletas pertencem à classe dos insectos e à ordem Lepidoptera) do Museu de Zoologia Comparada da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

O almirante-vermelho era a sua borboleta preferida. «As cores do almirante-vermelho são esplêndidas e gostava bastante deles na minha juventude. Migram em grandes quantidades de África para o norte da Rússia, onde são chamados de “Borboleta da Tragédia” (The Butterfly of Doom), por terem surgido pela primeira vez em 1881, ano em que o Czar Alexandre II foi assassinado, e por as marcas da parte inferior das asas assemelharam-se ao número 1881», justificou Nabokov numa conversa com Alfred Appel Jr., investigador que se dedicou a estudar a obra do escritor russo. «Há algo interessante na capacidade do almirante-vermelho de percorrer longas distâncias», acrescentou Nabokov. De facto, este insecto percorre até 3.000 quilómetros durante as migrações.

Em geral, para iludir predadores abre as asas quando está poisada sobre flores e fecha-as quando em terreno aberto, de modo a expor as cores pardas da parte inferior.

11
Mai12

A Sylvia de barrete

Arca de Darwin

A toutinegra-de-barrete-preto (Sylvia atricapilla) é uma felosa bastante comum em parques e jardins urbanos. O barrete do macho é preto e o da fêmea é castanho.

Tem um canto muito melodioso (embora o sinal de alarme seja um repetitivo "tec") e faz ninho em arbustos rasteiros. Além da população residente, Portugal recebe muitos indivíduos que passam cá o Inverno.

As felosas são essencialmente insectívoras, mas as espécies do género Sylvia também se alimentam de bagas e botões de flores, o que lhes permite passar o Inverno em climas mais frios.

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