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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

10
Mai12

Dia do Fascínio pelas Plantas

Arca de Darwin

O maravilhoso, e misterioso, mundo das plantas já tem dia próprio: 18 de Maio. É organizado pela EPSO (European Plant Science Organisation) e visa lembrar como a investigação em plantas é importante no contexto social, ambiental e económico. Portugal é o segundo país (o 1º é o Reino Unido) com mais eventos no âmbito desta iniciativa. Por todo o país, e durante o mês de Maio, 56 instituições organizam acções que abrangem várias vertentes, como investigação, biodiversidade, bioproductos, horticultura, melhoramento vegetal, etc.. A coordenação está a cargo da Sociedade Portuguesa de Fisiologia Vegetal.

Site: www.plantday12.eu

Programa para Portugal: www.plantday12.eu/portugal.htm

10
Mai12

"Midway" - um documentário a não perder

Arca de Darwin

Criámos um monstro de proporções bíblicas, cujas consequências começamos, aos poucos, a entender. Falo das “ilhas” de plástico que se estendem nos oceanos: a do Pacífico, conhecida como Grande Vórtex de Lixo, com uma área quatro vezes superior à da Alemanha; e a do Atlântico, descoberta em 2010, com concentrações de plástico que atingem os 200 mil fragmentos por quilómetro quadrado. É uma poluição quase invisível, pois a maioria dos fragmentos de plástico mede menos de 1 centímetro.

Criar imagens que exponham esta realidade difusa é o objectivo do fotógrafo norte-americano Chris Jordan. Midway é o seu projecto actual, que culminará com o lançamento de um documentário em 2013. Eis o trailer (contém imagens potencialmente chocantes):

http://www.youtube.com/watch?v=Ai3IKO_afqs

Como é que isto é possível?

Os 6,2 km2 do atol Midway, que deviam ser um santuário para a vida selvagem, são banhados pelo Pacífico Norte, onde existe o tal Grande Vórtex de Lixo. É nestas águas que milhares de albatrozes encontram a comida com que alimentam as crias nascidas em Midway. O problema é que estas aves não distinguem as lulas, peixes e crustáceos que são a base da sua alimentação, dos pedaços de plástico que flutuam ao sabor das correntes marítimas. Resultado? Milhares de crias de albatroz morrem anualmente famintas, engasgadas ou intoxicadas. Ao observar os cadáveres os investigadores concluíram que 97% das aves mortas tinham plástico no seu interior.

Mais sobre o trabalho de Jordan aqui: www.chrisjordan.com; www.midwayjourney.com.

Por cá, as praias também estão cheias de plástico e de outros resíduos. Assim, é de louvar iniciativas como a da Brigada do Mar que todos os anos, durante 15 dias, limpa o areal entre Melides e Tróia. Em 2011 recolheram 205 mil litros de lixo! A acção deste ano começa neste fim-de-semana, dia 12 de Maio.

09
Mai12

A planta que gosta de estradas

Arca de Darwin

A Iberis procumbens (subespécie microcarpa) é um endemismo português, isto é, só existe no nosso país, e habita no litoral, em arribas e areais situados entre a serra da Boa Viagem e a serra da Arrábida. No entanto, no Parque Natural da Arrábida, Setúbal, manifesta uma preferência algo surpreendente: “Adora estradas novas. É claramente um exemplo de uma espécie protegida que, nesta zona, beneficia da actividade humana”, observou o biólogo Paulo Pereira durante a visita à Arrábida (ver post “Pútegas: parasitas comestíveis”). De facto, só a encontrámos nas paredes de calcário resultantes da abertura de estradas na serra, e em caminhos junto às arribas.

A Iberis procumbens (subespécie microcarpa), conhecida por Assembleias, tem outra particularidade relativa às suas flores (que têm 4 pétalas). Estas agrupam-se em inflorescências em que as duas pétalas exteriores das flores periféricas são de maior dimensão, de modo a criar a ilusão de que se trata apenas de uma grande flor. Objectivo? Com esta estratégia atrai insectos polinizadores investindo menos energia na produção de pétalas. E por as flores estarem próximas, cada insecto poliniza várias durante uma visita.

08
Mai12

O mistério da cauda das alvéloas

Arca de Darwin

A maioria dos portugueses já viu duas das três espécies de alvéolas existentes no nosso país: A alvéola-branca (Motacilla alba) – 1ª e 3ª foto – e a alvéola-cinzenta (Motacilla cinerea) – 2ª foto. Ambas são comuns na maioria das cidades, normalmente associadas à presença de água. A terceira espécie, a alvéola-amarela (Motacilla flava), é mais frequente em zonas húmidas, como arrozais, sapais, prados e juncais.

Quem já viu qualquer uma delas por certo reparou na cauda que abana para cima e para baixo enquanto estão paradas no solo, ou enquanto andam, correm ou alimentam-se. A função do conspícuo baloiçar da cauda, que até é responsável pelo nome comum inglês da espécie (wagtail), ainda é um mistério.

 

“Entre as funções possíveis contam-se espantar os insectos de que se alimenta, para que se movam e os detecte; mostrar submissão; indicar aos predadores que está alerta”, escreveu o alemão Christoph Randler, na revista Animal Behaviour, em 2006.

Ao observar estas aves enquanto alisavam as penas e enquanto se alimentavam, o alemão concluiu que o abanar da cauda não representa submissão, já que o comportamento era semelhante em juvenis e adultos. Randler também rejeitou a hipótese de o baloiçar servir para espantar insectos, pois este comportamento também ocorria enquanto alisavam as penas e não estava relacionado com “debicar o solo”. Assim, sobra a hipótese de se tratar de um “sinal honesto de vigilância”, o que explica a correlação negativa entre “abanar a cauda” e “debicar o solo”, altura em que as alvéolas adoptam um comportamento não vigilante.

05
Mai12

Pútegas: parasitas comestíveis

Arca de Darwin

É sempre um prazer ir para o campo com o biólogo (e músico) Paulo Pereira (na foto) e desfrutar do seu vasto conhecimento sobre ecologia. Foi o que aconteceu ontem, num passeio que ele conduziu pela serra da Arrábida, organizado pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) no âmbito da Conferência Internacional de História Ambiental (hoje, 5 de Maio, na FCSH).

A Arrábida alberga uma floresta muito antiga, que remonta ao Terciário, e apresenta características climáticas únicas, que resultam de factores como a orientação das serras e da proximidade do mar. Muitas plantas que, noutras regiões do país, não passam de arbustos, atingem na Arrábida estatuto de árvore, chegando a atingir 12 metros de altura.

A meio do passeio cruzámo-nos com uma pútega (Cytinus hypocistis), também conhecida como coalhada. Esta planta não tem clorofila e não faz fotossíntese. Por isso parasita estevas (Cistus sp.) e sargaços (Halimium sp.), dos quais se alimenta. Parece que são comestíveis, mas o exemplar que vimos (na foto, com pétalas amarelas) ainda não estava maduro.

A pútega estava na beira de um caminho, na orla da floresta coberta (foto em baixo). É nestas áreas de fronteira e nos penhascos junto ao mar que se encontra maior biodiversidade. Fica a dica para quem quiser visitar esta serra.

05
Mai12

A maior de 2012

Arca de Darwin

Hoje à noite a Lua estará 14% maior e 30% mais brilhante. Isto porque é o dia do ano em que passará mais perto da Terra, a apenas 363 mil quilómetros (perigeu).

Durante o movimento elíptico há também um ponto em que fica mais afastada, o chamado apogeu, no qual dista 405 mil quilómetros deste nosso planeta. Apesar do perigeu ocorrer já depois das 5h da madrugada, a melhor altura para percepcionar a diferença de tamanho e brilho é logo ao início da noite, após o nascer da Lua, às 20:09h.

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