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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

30
Jun12

A flor do submundo

Arca de Darwin
Segundo a mitologia, o abrótea (Asphodelus ramosus), também conhecido por gamão e abrótea-da-primavera, era a flor preferida dos mortos e ornava o Hades, o submundo. Por isso os gregos costumavam plantá-lo em cemitérios.O género Asphodelus, de pronúncia traiçoeira, contém várias espécies nativas da região mediterrânica. Uma delas é o abrótea-fina (Asphodelus fistulosus) – na imagem –, que habita terrenos baldios e áreas sujeitas a perturbação, como beiras de estrada.

Habitualmente floresce entre Maio e Junho, mas esta foto foi tirada no final de Fevereiro, em Alcochete.Nos Estados Unidos e na Austrália foi introduzida como planta ornamental e acabou por tornar-se uma praga.
29
Jun12

Folhas que brotam da pele

Arca de Darwin
Depois da performance “Agarrando Emoções” (2006) a fotógrafa Lina Eichenwald volta a Portugal com “Efémera e (im)permanente”, exposição patente no Museu da Água, em Lisboa, até 14 de Julho.

Os reflexos, intrigam-me e perseguem-me há imenso tempo, como a efemeridade da nossa própria (im)permanência. Somos, mas não somos. Ido o nosso corpo, partimos nós junto com ele? E a imagem real? Somos nós reais? Ou é tudo uma ilusão do momento? Os meus reflexos são capturados numa fracção de segundo. O que o espectador vê, é o que a câmara vê, uma só imagem, não há sobreposição. Enquanto o corpo se reflecte no vidro, a pele funde-se na folhagem. Ou...talvez as folhas brotem na pele. Tudo tão ilusório quanto a nossa própria (im)permanência”,

considera a autora nascida no Egipto, mas criada na Argentina. Actualmente, e depois de uma passagem pelo Brasil, Eichenwald reside em Miami, nos Estados Unidos.

28
Jun12

Ecoturismo inclusivo

Arca de Darwin

Para que saibam que existe e, no caso de poderem, contribuírem para que mais pessoas desfrutem da natureza. Cito:

experience.NATURE - ecoturismo inclusivo é um projecto de responsabilidade social desenvolvido pela Desafio das Letras que tem como objectivo permitir que pessoas com mobilidade reduzida possam participar em passeios em ambientes que habitualmente evitam: caminhos rurais sem acesso automóvel, trilhos pedestres ou mesmo, em extensões limitadas, campo e matas sem caminho definido (...)

http://youtu.be/lvCE6E9mYYk

(...)  À semelhança do que vem sendo feito na Lousã, pretende-se com esta iniciativa de crowdfunding alargar esta possibilidade a outros territórios, através de uma perspectiva na qual todos os participantes são convidados a participar, interagir e entreajudar-se, num resultado que é verdadeiramente inclusivo, como atesta o testemunho apresentado no vídeo do projecto”.

28
Jun12

Da cor da esperança (ou da inveja)

Arca de Darwin
O bico grosso revela o principal prato da dieta do verdilhão-comum (Carduelis chloris): sementes. Este pássaro que mede cerca de 15 centímetros distingue-se facilmente pelo tom esverdeado da plumagem, pincelada por zonas amarelas (nas penas primárias e bordos da cauda).

Habita áreas agrícolas e zonas abertas com alguma vegetação, onde por vezes forma bandos fora da época de reprodução. Também é comum em parques e jardins. O canto inclui notas estridentes.
26
Jun12

A Rainha das borboletas

Arca de Darwin
A borboleta-monarca (Danaus plexippus) mede uns imponentes 10 centímetros de envergadura. É oriunda da América, mas as longas migrações de 150 milhões destas borboletas entre o Canadá e o México tornaram-na famosa em todo o mundo. Nenhum indivíduo completa a viagem de ida e volta, o que só enaltece a capacidade do GPS imbuído no seu código genético.

 

 No entanto, a foto abaixo foi tirada em Silves, no Algarve. De facto, a espécie está a colonizar o nosso país – talvez desde 1998 – e passa cá todo o ano, pondo de lado os impulsos migratórios.
25
Jun12

R.I.P. Solitario George (c.1910-2012)

Arca de Darwin
O fim de um símbolo da conservação nas Galápagos, Equador. A tartaruga-gigante George Solitário era o último indivíduo da sub-espécie Chelonoidis nigra abingdoni. Morreu ontem de causas desconhecidas. Tinha mais de 100 anos e poderia chegar aos 200 anos. Os esforços para o cruzar com uma fêmea proveniente de uma ilha próxima falharam. “O seu legado será um maior esforço e mais investigação para restaurar as populações de tartarugas gigantes na Ilha Pinta e nas outras ilhas do arquipélago das Galápagos”, Informou a direcção do Parque Nacional das Galápagos.

25
Jun12

“O Pesadelo de Darwin”

Arca de Darwin
Mais do que um documentário sobre uma tragédia ecológica, Darwin’s Nightmare (2004), do austríaco Hubert Sauper, é um retrato dramático de uma era. O filme passa nos jardins da sede da Liga para a Protecção da Natureza, em Lisboa, a 9 de Agosto, e insere-se no Ciclo de Cinema Ambiental, que começou a 14 de Junho. A entrada é gratuita.

O pesadelo ecológico começa no final dos anos 50 do século passado, quando alguém introduziu algumas percas-do-Nilo no Lago Vitória, em África. Esta espécie carnívora multiplicou-se rapidamente e acabou por extinguir mais de 210 espécies de ciclídeos, a maioria herbívoros, que viviam naquele que é o maior lago tropical do mundo. Em 1977 os ciclídeos representavam 32% das capturas da pesca e a perca-do-Nilo 1%. Em 1983 ocorria o inverso: 1% para os ciclídeos e 68% para a perca-do-Nilo.A extinção das espécies indígenas provocou a eutrofização (aumento de nutrientes que leva ao crescimento de algas e consequente redução dos níveis de oxigénio) do lago. Os impactos ecológicos não ficaram por aqui. Para fumar a perca-do-Nilo abateu-se grande parte da floresta em torno do lago. Por outro lado, a falta de ciclídeos fez com que muitos pescadores passassem também a caçar na floresta, aumentando a pressão sobre as espécies terrestres.Mas há um outro lado desta tragédia. O premiado documentário Darwin’s Nightmare mostra a miséria, a indignidade e a morte instaladas nas margens do lago, na Tanzânia. Ninguém fica bem na fotografia: Governo local, Banco Mundial, União Europeia, etc.. “You’re part of the big system”, lê-se num calendário de uma fábrica onde se retiram filetes das percas com tamanho de gente. Os filetes seguem para a Europa e para o Japão (são a maior exportação da Tanzânia para a União Europeia); os restos de carne agarrados às carcaças dos peixes são vendidos à população local. Os aviões que diariamente levam os filetes chegam carregados com armas para alimentar guerras no Congo, Libéria, Sudão..., acusa o jornalista Richard Mgamba.Neste excerto do documentário aparece o guarda do Instituto Nacional de Pescas. Recebe um dólar por dia e conseguiu o trabalho porque o seu predecessor foi assassinado. Patrulha o instituto com um arco e setas com a ponta coberta de veneno.http://youtu.be/qJhHLUbdUjg

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