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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

31
Out12

Fotografia e sustentabilidade

Arca de Darwin
O fotógrafo francês Luc Delahaye é o grande vencedor da 4.ª edição do Prémio Pictet, concurso que alia fotografia e sustentabilidade, desta vez dedicada ao tema “Poder”. “Foi um concurso muito renhido. No final foram a absoluta excelência artística, intensidade dramática e poder narrativo das fotografias de Luc Delahaye que brilharam mais alto”, justificou Sir David King, presidente do júri, ao revelar o vencedor, a 9 de Outubro.

Man Sleeping, Abril de 2008, Dubai. © Luc Delahaye, Prix Pictet Ltd

O prémio, no valor de 80.000 €, é atribuído pelo banco privado suiço Pictet & Cie. Os “concorrentes” são propostos por vários especialistas em fotografia (críticos, curadores, jornalistas e donos de galerias) e, posteriormente, seleccionados pelo júri do concurso.

Na 1.ª edição, Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU e presidente honorário do Prémio Pictet definiu assim o objectivo do galardão: “Espero que ajude a aprofundar o conhecimento sobre as mudanças que estão a ocorrer no nosso mundo, e despertem a opinião pública para a urgência de agir preventivamente”.Os temas das edições anteriores foram “Água”, “Terra” e “Crescimento”. As preocupações ambientais dominaram as escolhas do júri, mas este ano surgiram novos temas entre os 12 finalistas, como a guerra ou a política. “O Poder abarca a contradição e o paradoxo em igual medida. As mesmas forças que provocam desastre e desespero também podem originar esperança e renovação. Os avanços na tecnologia que permitem gerar energia renovável mostram que o poder do vento, do mar e do Sol pode-se converter em formas de energia sustentável”, lê-se no site do Prémio.Entre as séries de imagens mais ligadas ao ambiente e à natureza destacam-se os trabalhos de Daniel Beltrá (Espanha), Philippe Chancel (França), Rena Effendi (Azerbeijão) e Robert Adams (Estados Unidos).Daniel BeltráSérie: SpillFoto: Oil spill #17

de Maio de 2010, Golfo do México, Estados Unidos. © Daniel Beltrá, Prix Pictet Ltd

"Um navio atravessa uma mancha de petróleo à superfície da água. Uma camada substancial de sedimentos de crude estende-se por dezenas de milhas, em todas as direcções".

Philippe ChancelSérie: Fukushima: The Irresistible Power of Nature2012, Tohoko, Japão.

 Higashimaecho_GPS_39°16’23’’N 141°53’36’’E - 2011-06-1 4 _ 07 :59: 36 G.M.T.             © Philippe Chancel, Prix Pictet Ltd

Rena EffendiSérie: Still Life in the Zone

Dezembro de 2010, Chernobyl, Ucrânia. © Rena Effendi, Prix Pictet Ltd

"Máscaras de gás espalhadas no hall de uma escola na cidade abandonada de Prypiat. Por causa do acidente nuclear e consequente presença de radioactividade toda a população foi evacuada, e nunca mais voltou".

Robert AdamsSérie: Turning backFoto: Clatsop County, Oregon.

2011, Oregão, Estados Unidos. ©Robert Adams, Prix Pictet Ltd

A iniciativa do banco suiço conta ainda com o prémio Comissão, no valor de 30.000 €. A escolha recaiu sobre o fotógrafo britânico Simon Norfolk que, assim, documentará o projecto de desenvolvimento humano Medair, no Afeganistão, uma das iniciativas humanitárias apoiadas pelo Pictet & Cie. (Chris Jordan venceu esta categoria em 2011).O Prémio Pictet é um dos mais importantes no mundo da fotografia. Portugal marcou presença em 2010. Edgar Martins foi finalista com a série “Diminishing Present”, que retrata a tragédia dos fogos florestais que todos os anos devastam as florestas lusas, e uma das imagens do dinamarquês Edward Burtynsky (outro dos finalistas) foi captada numa pedreira em Pardais, Vila Viçosa.
30
Out12

Selos e Natureza

Arca de Darwin
A emissão de séries de selos alusivas à fauna e à flora foi um importante meio de promoção e divulgação do património natural. Objectos de grande beleza artística, os selos guardam a memória de um tempo sem mensagens escritas, correio electrónico, televisão por cabo, e portes pagos.Este é o primeiro de vários posts que mostrarão a biodiversidade de vários países através dos selos (alguns meus, a grande maioria do meu pai).Aves de Cuba (1970-1971).

Ruiseñor (Myadestes elisabeth elisabeth); Sinsontillo (Polioptila lembeyei; Juan Chivi (Virea gundlachii gundlachii; Chillina (Teretistris fernandinae)

Siju Platanero (Glaucidium siju siju); Pedorrera (Todus multicolor); Carpintero Verde (Xiphidiopicus percussus percussus); Fermina (Ferminia cerverai)

29
Out12

O elegante Alfaiate

Arca de Darwin
A partir de Outubro chegam a Portugal entre 10.000 e 15.000 alfaiates (Recurvirostra avosetta), números que tornam o nosso país num dos mais importantes locais de invernada desta espécie na Europa.

O estuário do Tejo e o do Sado recebem o maior número de indivíduos. Há também uma população residente no sotavento algarvio, mas é bastante mais pequena.

O alfaiate é inconfundível. É branco e preto, tem as patas azuladas e metade superior da cabeça preta, e um característico bico longo, curvado para cima. Mede cerca de 42 centímetros de comprimento e 77 centímetros de envergadura.

Alimenta-se de insectos, crustáceos, anelídeos e moluscos, que captura em zonas pouco profundas nos estuários, enterrando o bico e movimentando-o para a esquerda e para a direita.

Num estudo que realizou no estuário do Tejo, entre 1990 e 1993, o biólogo Francisco Moreira contabilizou a frequência destes “varrimentos” – 28 por minuto. O valor aumentava para 46 varrimentos por minuto quando as aves se alimentavam de anelídeos.

Estes varrimentos com o bico lembram os gestos efectuados pelas mãos hábeis dos alfaiates quando trabalham com agulhas, facto que está na origem do nome comum.

28
Out12

Documentário sobre aves do Sado

Arca de Darwin

Entre o céu e as marés, o mais recente filme de Daniel Pinheiro, estreou este mês na 4ª edição do ObservaNatura, em Setúbal. Imagens lindíssimas dos habitats e aves do estuário do Sado. Filmado entre Maio e Julho, o documentário de 25 minutos é uma encomenda da Tróia-Natura e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas - Reserva Natural do Estuário do Sado. Eis o trailer:

http://vimeo.com/50003653

Sinopse:

O estuário do Sado constitui uma das principais zonas húmidas de Portugal. Separado do oceano pelo extenso cordão dunar da península de Tróia, o estuário proporciona características excepcionais à vida selvagem, principalmente às aves aquáticas. Aqui podemos observar cerca de metade das espécies de aves existentes em todo o país. O documentário revela a vida das aves nos vários habitats do estuário e a forma como é condicionada pela grande força motriz deste ecossistema – as marés”.

Daniel Pinheiro venceu em Maio o prémio Seed of Science «Especial», atribuído pelo site Ciência Hoje. Ele é autor de Mondego (2011), documentário que foi o projecto final do seu mestrado em Wildlife Documentary Production, na Universidade de Salford, Reino Unido. (para ver aqui).

Sinopse:”Um rio aclamado por poetas e compositores, intimamente ligado à história de Portugal. Enquanto as suas águas se fundem com o mar, uma pequena fonte, escondida no alto da Serra da Estrela, continua a assegurar que o Mondego dá vida à sua grande variedade de habitats e de vida selvagem”.

26
Out12

O aquecimento do abelhão

Arca de Darwin
Para conseguir voar, o abelhão (Bombus sp.) – tal como um atleta que salta do banco de suplentes para entrar em jogo – precisa de exercitar e aquecer os músculos, até que atinjam a temperatura de 30º.C.

Os pelos (sedas) do tórax permitem manter esta temperatura, alcançada através da vibração dos músculos alares.

Os abelhões não são abelhas – pertencem a outros géneros; são maiores e mais peludos. Como notou Charles Darwin em A origem das espécies, os abelhões têm importante papel ecológico, pois polinizam algumas espécies que as abelhas não visitam.

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