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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

21
Fev13

Campainhas-amarelas

Arca de Darwin
Tal como as azedas, as campainhas-amarelas (Narcissus bulbocodium) são abundantes e optam por florir no Inverno. No entanto, têm uma distribuição mais restrita, visto preferirem substratos calcários, em pastagens e arribas litorais. Também conhecidas por cucos e campainha-dos-montes, são nativas de Portugal e também existem em Espanha, França e Norte de África. Medem até 25 centímetros de altura.

Campainhas-amarelas (Narcissus bulbocodium). Azenhas do Mar

Um "cuco" solitário na Tapada de Mafra

20
Fev13

Tulipas

Arca de Darwin

“The tulips make me want to paint,

Something about the way they drop

Their petals on the tabletop

And do not wilt so much as faint (...)”

Tulips”, poema de Alicia Elsbeth Stallings* (em “Olives”, 2012)

“As tulipas fazem com que queira pintar; Algo na maneira como deixam cair; As suas pétalas no cimo da mesa; E de não murcharem, mas antes desmaiarem (...)”

*poetisa e tradutora norte-americana

19
Fev13

Raposas na cidade

Arca de Darwin
A raposa (Vulpes vulpes) é um dos carnívoros mais bem sucedidos do mundo. Existe na Europa, Ásia e Norte de África, e foi introduzida na América do Norte e na Austrália. A capacidade de adaptação deste carnívoro é notável. Em resposta à perseguição movida pelos humanos (a raposa é uma espécie cinegética, isto é, que se pode caçar), reproduz-se antes de completar um ano de idade e em caso de necessidade aumenta o tamanho das ninhadas e a proporção do número de fêmeas.

Raposa (Vulpes vulpes). Tapada de Mafra

Por outro lado, tem uma dieta bastante diversificada, que inclui mamíferos, aves, répteis, anfíbios, insectos, animais domésticos, frutos e restos da alimentação humana, e ocupa todo o tipo de habitats, desde o nível do mar até áreas montanhosas.

Em muitos países é presença assídua em vilas e cidades. Por exemplo, estima-se que 33.000 raposas vivem em áreas urbanas no Reino Unido. Os conflitos com humanos são raros, mas ocorrem. Foi o que aconteceu este mês em Londres, Inglaterra, quando uma raposa entrou numa casa e arrancou um dedo a um bebé de 4 semanas. A criança está bem e já tem o dedo de volta, mas algo tem de mudar para que episódios como este não se repitam. Solução? Muitos apelaram ao abate dos animais que, segundo dizem, são cada vez mais. No entanto, parece que o número de raposas citadinas mantém-se mais ou menos estável desde os anos 80. Especialistas também defendem que o abate de pouco servirá, e até poderá agravar o problema. Isto porque quando se remove um adulto, vários juvenis ocupam o seu espaço. Assim a solução passa por educar os humanos, principalmente para que não deixem restos de alimentos acessíveis aos animais – há até quem, por gostar de ver raposas no quintal, lhes deixe comida à porta de casa. Também há quem lhes faça festas, esquecendo-se de que são animais selvagens. (Há muitos, no Alentejo, encontrei um velhote que me contou que quando as filhas eram crianças ofereceu-lhes duas crias de zorras – nome dado à espécie nesta região de Portugal – como presente de aniversário, mas devolveu-as à Natureza depois de uma delas morder uma das filhas).

A raposa tem estatuto de conservação Pouco Preocupante e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) incluiu-a na lista das 100 espécies mais invasoras do planeta.

16
Fev13

Nasceram 11 ursos nas montanhas espanholas

Arca de Darwin
“Os ursos do Parque Natural de Somiedo bateram o record de reprodução em 2012: sete fêmeas pariram 11 crias”, informou esta semana o Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (FAPAS). Esta é uma óptima notícia numa região que conta com duas populações de urso-pardo (Ursus arctos) – separadas por 50 km, e uma auto-estrada – que no total somam cerca de 130 indivíduos (100 na subpopulação Oeste e 30 na de Este), mas que no início dos anos 90 contavam apenas com 70 a 80 ursos (50-60 a Oeste e 20 a Este).

Urso-pardo (Ursus arctos). Foto: FAPAS

Na Península Ibérica há um outro reduto de ursos-pardos, nos Pirinéus, onde, em 1980, restavam apenas 5 a 6 indivíduos. Actualmente, os animais que aí existem vieram da Eslovénia no âmbito de projectos de reintrodução.

Em Portugal o urso-pardo quase desapareceu durante o século XVII, devido à caça e à perda de habitat, mas “ainda ocorria nas serras fronteiriças do Norte do país durante o século XIX e até meados do século XX”.

Urso-pardo (Ursus arctos). Foto: FAPAS

Quanto às actuais populações do Parque de Somiedo, nos Montes Cantábricos, os dados sobre a reprodução resultam de foto-captura, isto é, de câmaras accionadas por movimento e colocadas em locais estratégicos. As imagens mostram fêmeas com crias que, durante o ameno mês de Janeiro, saíram das tocas para se alimentarem das nutritivas bolotas.

Urso-pardo (Ursus arctos). Foto: FAPAS

Este “acordar” prematuro não é surpresa, já que os ursos não são verdadeiros hibernantes. Na verdadeira hibernação, por exemplo, à uma redução dos batimentos cardíacos para 5 a 10 por minuto e a temperatura do corpo fica apenas 1ºC acima da temperatura ambiente. No caso dos ursos os batimentos cardíacos descem de 60 a 90 batimentos por minuto (bpm) para 8 a 40 bpm e a temperatura do corpo desce apenas 5 a 9 ºC em relação ao normal, e a cabeça e o torso mantêm temperaturas altas, para que reaja a eventuais perigos e, no caso das fêmeas, cuide das crias.
15
Fev13

Petinha-dos-prados

Arca de Darwin
Está quase a ir embora – chega no final de Setembro e parte até ao final de Março, início de Abril. Como o nome indica – petinha-dos-prados (Anthus pratensis) –, e por ser abundante, é fácil de observar nos prados, de norte a sul do país.

A plumagem esverdeada e as patas rosadas distinguem-na das outras espécies de petinhas que existem em Portugal.

É insectívora, como se vê pelo bico fino e comprido, e mede cerca de 14,4 centímetros (do tamanho de um pardal).
14
Fev13

Nova espécie de coruja

Arca de Darwin
Um artigo publicado ontem na revista científica online PLOS ONE revela uma nova espécie de coruja, a Otus jolandae, que apenas vive na ilha Lombok, Indonésia. A outra boa notícia é que, ao contrário de muitas outras espécies que na altura em que são identificadas já estão ameaçadas, esta parece ser bastante comum.

Otus jolandae. Foto: Philippe Verbelen (2008)

Duas curiosidades sobre a descoberta. A primeira é que dois investigadores, um holandês e um norte-americano que trabalhavam independentemente, encontraram-na na mesma altura, com um intervalo de quatro dias, em Setembro de 2003, informa a BBC.

Otus jolandae. Foto: Philippe Verbelen (2008)

A segunda é que a identificação de espécies do género Otus (ao qual pertence o nosso mocho-d’orelhas, Otus scops) é mais fiável através dos sons produzidos pelas aves do que pelas características morfológicas. De facto, os dois investigadores estavam a gravar cantos de aves quando se depararam com um som não identificado. Só avistaram a Otus jolandae quando reproduziram o som gravado e ela, territorial, aproximou-se para averiguar quem seria o intruso.

"Assinatura" sonora do canto territorial de espécies do género Otus

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