Campainhas-amarelas
Campainhas-amarelas (Narcissus bulbocodium). Azenhas do Mar
Um "cuco" solitário na Tapada de Mafra
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Campainhas-amarelas (Narcissus bulbocodium). Azenhas do Mar
Um "cuco" solitário na Tapada de Mafra
“Tulips”, poema de Alicia Elsbeth Stallings* (em “Olives”, 2012)
“As tulipas fazem com que queira pintar; Algo na maneira como deixam cair; As suas pétalas no cimo da mesa; E de não murcharem, mas antes desmaiarem (...)”
*poetisa e tradutora norte-americana
Raposa (Vulpes vulpes). Tapada de Mafra
Por outro lado, tem uma dieta bastante diversificada, que inclui mamíferos, aves, répteis, anfíbios, insectos, animais domésticos, frutos e restos da alimentação humana, e ocupa todo o tipo de habitats, desde o nível do mar até áreas montanhosas.
Em muitos países é presença assídua em vilas e cidades. Por exemplo, estima-se que 33.000 raposas vivem em áreas urbanas no Reino Unido. Os conflitos com humanos são raros, mas ocorrem. Foi o que aconteceu este mês em Londres, Inglaterra, quando uma raposa entrou numa casa e arrancou um dedo a um bebé de 4 semanas. A criança está bem e já tem o dedo de volta, mas algo tem de mudar para que episódios como este não se repitam. Solução? Muitos apelaram ao abate dos animais que, segundo dizem, são cada vez mais. No entanto, parece que o número de raposas citadinas mantém-se mais ou menos estável desde os anos 80. Especialistas também defendem que o abate de pouco servirá, e até poderá agravar o problema. Isto porque quando se remove um adulto, vários juvenis ocupam o seu espaço. Assim a solução passa por educar os humanos, principalmente para que não deixem restos de alimentos acessíveis aos animais – há até quem, por gostar de ver raposas no quintal, lhes deixe comida à porta de casa. Também há quem lhes faça festas, esquecendo-se de que são animais selvagens. (Há muitos, no Alentejo, encontrei um velhote que me contou que quando as filhas eram crianças ofereceu-lhes duas crias de zorras – nome dado à espécie nesta região de Portugal – como presente de aniversário, mas devolveu-as à Natureza depois de uma delas morder uma das filhas).A raposa tem estatuto de conservação Pouco Preocupante e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) incluiu-a na lista das 100 espécies mais invasoras do planeta.Urso-pardo (Ursus arctos). Foto: FAPAS
Na Península Ibérica há um outro reduto de ursos-pardos, nos Pirinéus, onde, em 1980, restavam apenas 5 a 6 indivíduos. Actualmente, os animais que aí existem vieram da Eslovénia no âmbito de projectos de reintrodução.
Em Portugal o urso-pardo quase desapareceu durante o século XVII, devido à caça e à perda de habitat, mas “ainda ocorria nas serras fronteiriças do Norte do país durante o século XIX e até meados do século XX”.Urso-pardo (Ursus arctos). Foto: FAPAS
Quanto às actuais populações do Parque de Somiedo, nos Montes Cantábricos, os dados sobre a reprodução resultam de foto-captura, isto é, de câmaras accionadas por movimento e colocadas em locais estratégicos. As imagens mostram fêmeas com crias que, durante o ameno mês de Janeiro, saíram das tocas para se alimentarem das nutritivas bolotas.Urso-pardo (Ursus arctos). Foto: FAPAS
Este “acordar” prematuro não é surpresa, já que os ursos não são verdadeiros hibernantes. Na verdadeira hibernação, por exemplo, à uma redução dos batimentos cardíacos para 5 a 10 por minuto e a temperatura do corpo fica apenas 1ºC acima da temperatura ambiente. No caso dos ursos os batimentos cardíacos descem de 60 a 90 batimentos por minuto (bpm) para 8 a 40 bpm e a temperatura do corpo desce apenas 5 a 9 ºC em relação ao normal, e a cabeça e o torso mantêm temperaturas altas, para que reaja a eventuais perigos e, no caso das fêmeas, cuide das crias.A plumagem esverdeada e as patas rosadas distinguem-na das outras espécies de petinhas que existem em Portugal.
É insectívora, como se vê pelo bico fino e comprido, e mede cerca de 14,4 centímetros (do tamanho de um pardal).Otus jolandae. Foto: Philippe Verbelen (2008)
Duas curiosidades sobre a descoberta. A primeira é que dois investigadores, um holandês e um norte-americano que trabalhavam independentemente, encontraram-na na mesma altura, com um intervalo de quatro dias, em Setembro de 2003, informa a BBC.
Otus jolandae. Foto: Philippe Verbelen (2008)
A segunda é que a identificação de espécies do género Otus (ao qual pertence o nosso mocho-d’orelhas, Otus scops) é mais fiável através dos sons produzidos pelas aves do que pelas características morfológicas. De facto, os dois investigadores estavam a gravar cantos de aves quando se depararam com um som não identificado. Só avistaram a Otus jolandae quando reproduziram o som gravado e ela, territorial, aproximou-se para averiguar quem seria o intruso."Assinatura" sonora do canto territorial de espécies do género Otus
77 seguidores