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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

31
Mai13

Peixe-lua – um bichinho com mais de 2 toneladas!

Arca de Darwin
O peixe-lua (Mola mola) é o mais pesado peixe ósseo do planeta: pesa até 2.300 kg e atinge 3 metros de altura.

Peixe-lua (Mola mola), Oceanário de Lisboa

Animal de peculiar forma circular e sem barbatana caudal, tem o hábito de nadar até à superfície da água e aí ficar a boiar de lado. Há duas explicações para este comportamento: aquecer-se ao sol ou atrair aves para o desparasitar (o que bem precisa, pois transporta mais de 50 espécies de endo e exoparasitas).

A chegada do peixe-lua às Berlengas, Peniche, no final do Verão é um acontecimento muito aguardado por mergulhadores nacionais e estrangeiros.

30
Mai13

Papoilas ondulantes

Arca de Darwin

Por esta altura um vermelho vibrante anima os prados campestres e as beiras das estradas e baldios das cidades. É como se fossemos uma miniatura diante dos gigantes pontos vermelhos de uma paisagem pincelada por um impressionista.

Papoila (Papaver rhoeas), Olival Basto, Odivelas

Em Portugal há seis espécies de papoilas. As aqui retratadas parecem pertencer à espécie Papaver rhoeas (agradeço que corrijam se estiver errado), conhecida por papoila, papoila-brava, papoila-das-searas, papoila-vermelha, papoula e papoula-vulgar.

A confusão de identidade surge com a Papaver dubium, mas, como me explicou o biólogo Paulo Pereira, “as folhas da P. dubium são mais agudas nos lobos e a cápsula da P. rhoeas é mais baixa do que a da P. dubium (o comprimento da da P. rhoeas não ultrapassa duas vezes a largura).

As infusões desta flor são há muito usadas para tratar vários males, como insónias e ansiedade.

Papoila, Azóia, Sesimbra

29
Mai13

Quercus organiza 1º Concurso de Fotografia de Natureza

Arca de Darwin
As inscrições para o 1.º Concurso Nacional de Fotografia da Quercus decorrem de 1 de Junho a 20 de Agosto. Não ter máquina fotográfica não é desculpa para não participar: uma das categorias é “Fotografias obtidas com telemóvel”. E o que não faltam são motivos para fotografar, como esta borboleta – Almirante-vermelho (Vanessa atalanta) – que encontrei a semana passada em Monsanto e que é bastante comum nos jardins das cidades. 

Almirante-vermelho (Vanessa atalanta), Monsanto, Lisboa

Aberto a fotógrafos amadores e a profissionais, “o concurso tem como objectivo promover a observação e a protecção da natureza através da actividade fotográfica”. Os prémios para os vencedores das categorias são de 1.000 euros (500 euros para a categoria “telemóveis”). As categorias são:

-         Água (Vida, Natureza e paisagem)

-         Reciclagem de embalagens

-         Atentados e boas práticas ambientais

-         Fauna selvagem

-         Fotografias obtidas com telemóvel

“Todos os finalistas terão também direito a um exemplar do Guia fotográfico Quercus – Anfíbios de Portugal, recebendo os segundos, terceiros e quartos classificados ainda a colecção completa de Árvores e Florestas de Portugal”, informa a Quercus em comunicado.A má notícia é que a inscrição custa, no mínimo, 20 euros – o que permite concorrer com 1 a 10 fotografias (2 por categoria) – o que talvez não faça muito sentido já que o concurso é patrocinado pelo portal Sapo, Worten, Sociedade Ponto Verde e Parque Biológico de Gaia.Espreite as informações e o regulamento.
28
Mai13

Mia Couto vence Prémio Camões

Arca de Darwin
Parabéns ao biólogo e escritor moçambicano Mia Couto, que venceu o prestigiado Prémio Camões 2013, no valor de 100 mil euros, pela “vasta obra ficcional caracterizada pela inovação estilística e a profunda humanidade”, disse José Carlos Vasconcelos, um dos jurados, à agência Lusa.Recupero parte de um artigo intitulado “A Natureza não tem pequenos” que Mia Couto escreveu para a revista M de Moçambique (a propósito do Parque Nacional da Gorongosa):

Mia Couto. Foto: Editorial Caminho

- "A procura dos Cinco Grandes Mamíferos é o grande chamariz para os turistas que visitam os parques naturais de África. As áreas de conservação que não incluam estas cinco espécies estão em desvantagem clara como foco de atracção. É pena que se mantenha esta hegemonia dos chamados "Big Five". Na realidade este critério deixa de fora, injustamente alguns dos encontros mais gratificantes com o mundo natural. A verdade é esta: também neste contacto com a natureza o tamanho não é documento."
25
Mai13

Onde estão os “Wallys”?

Arca de Darwin
Em Novembro referi que, tal como acontece com o periquito-de-colar, é improvável que o exótico periquitão-de-cabeça-azul (Aratinga acuticaudata) não se reproduza em Portugal. Na altura apenas encontrei um indivíduo desta espécie no Parque das Conchas, em Lisboa. Em Fevereiro deste ano tirei a foto em baixo – quantos periquitões consegue descobrir?

Periquitão-de-cabeça-azul (Aratinga acuticaudata), Parque das Conchas, Lisboa

Esta semana encontrei este barulhento casalinho:

24
Mai13

Dia Verde – 26 de Maio, Lisboa

Arca de Darwin
No Domingo, das 15h às 20h, os jardins do Museu da Electricidade recebem mais um Dia Verde, evento dedicado ao ambiente e a um estilo de vida mais sustentável. Todas as actividades e workshops desta iniciativa do Verde Movimento e da Câmara Municipal de Lisboa são gratuitos. Inscrições e programa aqui.

Se não puder ir, crie o seu próprio Dia Verde: aproveite o bom tempo, e inspire-se neste acontecimento que este ano conta, por exemplo, com workshop de pesca sustentável e passeio de canoa no Tejo; mercado de produtos biológicos e ervas aromáticas; troca de objectos usados; carrinhos de rolamentos; libertação de uma ave recuperada no CRAS (Centro de Recuperação de Animais Selvagens); workshops variados (Chi Kung, Auto-massagem, Taekwondo, Hortas na Varanda, Meditação, Medicina chinesa na cozinha, Eco-brinquedos, Origami...); etc..

Para abrir o apetite eis algumas fotos de edições anteriores:[nggallery id=57]
23
Mai13

“Melanargia occitanica”: a borboleta conhecida por... borboleta

Arca de Darwin
Os britânicos chamam-lhe Western Marbled White, os espanhóis Medioluto herrumbrosa e os franceses Échiquier de l'Occitanie. Por cá a Melanargia occitanica – tanto quanto sei – tem como nome comum “Borboleta”. Esta espécie ameaçada existe em prados de Espanha, França, Norte de África e Portugal (de Setúbal até ao Norte do País).

Melanargia occitanica, Cabo Espichel, Sesimbra

É muito parecida com outra espécie do mesmo género, a Melanargia ines, mas distingue-se desta por ter as riscas da parte inferior da asa anterior castanhas e grossas (a M. ines tem as riscas pretas e finas). Mede 40 a 52 mm de envergadura.

Tirei estas fotos há 15 dias no Cabo Espichel, junto ao mosteiro. Nesses prados estavam algumas dezenas de M. occitanica, invisíveis no meio da vegetação rasteira, mas que revelavam a presença à medida que me aproximava. Como pequenos quadrados de papel branco movido pelo vento, afastavam-se 4 ou 5 metros e voltavam a poisar entre as ervas.

22
Mai13

Dia Internacional da Biodiversidade

Arca de Darwin
“Mas por muitas que sejam as maneiras de estar vivo, há certamente muito mais maneiras de estar morto, ou melhor, de não estar vivo”.

Richard Dawkins, em O Relojoeiro cego (1986).

As espécies que hoje existem são o resultado de milhões de anos de evolução. Os seus antepassados sobreviveram a alterações ambientais, como as provocadas pela queda de meteoritos ou pelas glaciações, e também por isso merecem a nossa admiração. Pelo caminho ficaram inúmeras espécies que não conseguiram adaptar-se e deixar descendência.

Garça-real, Silves

Desde que a vida se formou na Terra, a Natureza experimentou ao acaso incontáveis combinações de genes, mas só algumas resultaram em organismos viáveis. Mais do que uma melhor ou pior herança genética, os principais desafios que a biodiversidade actual enfrenta são-lhe colocados pelo Homo sapiens: a destruição de habitat; a caça; a introdução de espécies exóticas.

Este ano o Dia Internacional da Biodiversidade alerta para a importância da relação entre a água e a biodiversidade, lembrando a importância da primeira para a sobrevivência da humanidade, e o papel da segunda na regulação dos ecossistemas.

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