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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

30
Set13

Surf no Guincho (Allianz Cascais Pro)

Arca de Darwin
O destaque do fim-de-semana desportivo nacional vai inteirinho para dois portugueses que brilharam lá fora: Rui Costa, que venceu o Mundial de Ciclismo, em Florença, Itália; e João Sousa, que ao vencer na Malásia, em Kuala Lumpur, tornou-se o primeiro tenista português a ganhar um torneio do circuito ATP.Por cá, a 5.ª e última etapa da Liga Moche sagrou dois novos campeões nacionais de surf – Frederico Morais e Carina Duarte –, desporto que, como poucos, os humanos praticam em fluída harmonia com a Natureza.

Liga Moche. Allianz Cascais Pro. Setembro de 2013. Praia do Guincho

Eis algumas imagens do último dia desta competição:

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29
Set13

Nuvens fotogénicas (15): Cumulus com pileus

Arca de Darwin
Na sexta-feira passada bastava olhar para o céu para “adivinhar” o mau tempo deste fim-de-semana. Como? Várias nuvens baixas apresentavam uma espécie de chapéu por cima, o qual é indicador do rápido crescimento da nuvem e da aproximação de uma tempestade.

Cumulus com pileus, Odivelas (Setembro de 2013)

Neste caso as nuvem eram do tipo cumulus (em forma de bola de algodão), mas no sábado já eram visíveis formações tipo cumulonimbus (em forma de paredes de algodão-doce).

Cumulus com pileus, Odivelas (Setembro de 2013)

28
Set13

Observação de golfinhos - e não só - em Sagres (post convidado)

Arca de Darwin
Texto e ilustração: Miguel Appleton Fernandes (16 anos, estudante, 11º ano da área de Ciências e Tecnologias, Salesianos de Lisboa)Dia 4 de Setembro cheguei a Sagres, acompanhado de alguns familiares. No porto da Baleeira, várias empresas realizam actividades de observação de espécies marinhas (nomeadamente cetáceos e tubarões, entre outros). Na empresa Mar Ilimitado, conhecemos as três biólogas que coordenam as actividades desta empresa e, antes de embarcarmos, foi-nos feito um briefing sobre as espécies mais avistadas (no verão, altura de maior actividade da empresa) junto à costa, sendo elas, por ordem decrescente de avistamentos: o golfinho-comum, o roaz, a baleia-anã e o boto.

Golfinho-comum (Delphinus delphis), Sagres. Foto: Cristina Appleton Fernandes

Haviam sido feitas, há dias, algumas observações raras, de tubarões-martelo (possivelmente mais perto da costa portuguesa devido ao aquecimento das águas que se verificou este verão) e de orcas. Todos os anos, no início e no fim do verão, as orcas passam por Portugal, a caminho do estreito de Gibraltar, já que este estreito é, nestas duas alturas do ano, um local de passagem dos atuns, que no verão vão desovar ao Mediterrâneo. Isto proporcionar-lhes-á uma alimentação farta e relativamente fácil.

Golfinho-comum (Delphinus delphis). Ilustração: Miguel Appleton Fernandes

Em termos de avistamentos, nomeadamente de golfinhos-comuns, a percentagem de sucesso nas viagens é bastante elevada (acima de 90%, nesta altura do ano, como nos foi informado no briefing). Partimos para o barco, com uma das biólogas, onde o capitão, também entendido sobre as espécies e o seu comportamento, nos aguardava.

Golfinho-comum (Delphinus delphis), Sagres. Foto: Cristina Appleton Fernandes

Iniciámos a viagem e passado pouco tempo avistei uma barbatana dorsal preta e, quando o barco desceu a onda, avistei dois golfinhos. O capitão e a bióloga confirmaram serem parte de um grupo de cerca de 30 a 40 indivíduos da espécie golfinho-comum.

Golfinho-comum (Delphinus delphis), Sagres. Foto: Cristina Appleton Fernandes

Ficámos aproximadamente meia hora com este grupo (que é o limite de tempo, de modo a garantir uma observação sustentável, sem perturbar demasiado a dinâmica do grupo).Os golfinhos, mesmo as progenitoras com crias, nadavam animadamente junto ao barco, dando pequenos saltos fora de água, acompanhando-nos, comprovando o que nos haviam dito no briefing sobre a sociabilidade destes mamíferos. Um golfinho, que despertou a atenção de todos, saltava fora de água, caindo sobre o dorso. O capitão explicou que seria provavelmente a fim de se desparasitar ou simplesmente para se exibir para as fêmeas.

Golfinho-comum (Delphinus delphis), Sagres. Foto: Cristina Appleton Fernandes

Após algum tempo avistámos outra vez o mesmo grupo e ficámos um curto período com ele. Pouco depois avistei várias aves no céu. Subentendi que algo de anormal se passava, porque as aves não se agrupam tão longe da costa (e tão perto da água) “só porque sim”. O capitão apercebera-se igualmente da situação e navegou até ao local. Ao chegar, vimos um Marlim-Azul, que se alimentava. O frenesim provocado à superfície atraíra as aves, cagarras, como o capitão nos indicou que se chamavam.

Miguel Appleton Fernandes, Sagres. Foto: Cristina Appleton Fernandes

Voltámos a terra. Foi uma experiência incrível. Gostei muito e foi um dia muito bem passado na companhia da minha família e do qual certamente me vou lembrar durante muito tempo.
27
Set13

Paineira em flor

Arca de Darwin
Quando aqui falei da paineira (Ceiba speciosa) de Odemira - exemplar classificado de Interesse Público - referi que a floração ocorria entre Setembro e Novembro. Hoje, ao passar em Belém (Lisboa), lá estavam as lindas flores destas árvores a colorir um dia muito cinzento (estão várias em frente ao Centro Cultural de Belém, com vista para os Jerónimos).

Paineira (Ceiba speciosa), Belém, Lisboa

Onde quer que viva, se vir uma destas árvores, não se esqueça de reparar também nos espinhos e nas estrias fotossintéticas do tronco que, como o nome indica, realizam a fotossíntese.

26
Set13

A peculiar pupila da osga

Arca de Darwin
À luz do dia mal se distingue a pupila da osga. No entanto, à medida que a luz diminui, a pupila adquire uma forma denteada vertical, de cor preta. A forma denteada explica-se pelo facto de este réptil ter um “sistema óptico multifocal, com diferentes capacidades refractivas em distintas áreas concêntricas”, lê-se aqui.

Assim, as reentrâncias da forma da pupila permitem que todas estas áreas distintas tenham uma porção funcional. Na ausência de luz – pelo menos luz visível aos olhos humanos – a pupila fica então redonda.

No artigo acima citado lê-se ainda que, à luz do luar (altura em que o olho humano não distingue cores), as osgas nocturnas vêm cores, pois possuem uma visão 350 mais sensível do que a nossa.

Uma última curiosidade. Já todos apontámos uma lanterna ao olho de alguém e vimo-la contrair. O tamanho da pupila reduz 16 vezes. Nas osgas diurnas esse valor sobe para 100-150 vezes e, nas nocturnas, para 300 vezes.
25
Set13

Fungos (Selos – URSS)

Arca de Darwin
URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (1964). Série incompleta (falta o selo de 12 kopeks).Curiosidade: Há uns meses (julgo que numa saída de campo organizada pelo Grupo Flamingo), alguém referiu que, em Portugal, muitas das intoxicações resultantes da ingestão de cogumelos silvestres não comestíveis ocorrem com cidadãos provenientes da Europa de Leste. Isto porque, embora estejam habituados a reconhecer os cogumelos comestíveis no país de origem, cá existem espécies muito semelhantes, mas não comestíveis.

Ixocomus luteus

Cantharellus cibarius

 Em Portugal é conhecido por Cantarelo, canário ou rapazinho. É comum e comestível.

Boletus edulis

 Em Portugal é conhecido por tortulho, tartulho, boleto-doce, míscaro, níscaro, moncoso. Consta que é óptimo com massas e guisados.

Trachypus versipellis

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