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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

30
Nov13

O aperaltado abibe

Arca de Darwin
O abibe-comum (Vanellus vanellus) já teve direito a um post na categoria “selos”. Nele referi que “o penacho espampanante e a plumagem verde e preta tornam o abibe-comum inconfundível. É mais abundante no Outono e no Inverno, mas existe em Portugal durante todo o ano, principalmente na metade sul do país, em prados junto a zonas húmidas. Mede 30 centímetros de comprimento”.

 Abibe-comum (Vanellus vanellus), Águas de Moura, Palmela

A descrição anterior corresponde ao macho da espécie – o protagonista destas três fotografias – já que a crista dos juvenis e as fêmeas é menor. 

Apesar do aspecto cool estas aves são bastante agressivas perante ameaças ao ninho ou às crias, fazendo frente a animais de grande porte, como vacas e cavalos. As fêmeas também atacam outras fêmeas que entrem no seu território, de modo a garantir a atenção exclusiva do macho. 

Alimentam-se de insectos e de outros invertebrados.
29
Nov13

Assobiador – o sobreiro mais produtivo de Portugal

Arca de Darwin
O sobreiro (Quercus suber) é, desde 2011, a Árvore Nacional de Portugal, país que é o maior produtor mundial de cortiça. Entre todos os sobreiros lusos há um que se destaca: o Assobiador. Porquê? Porque ele é, de longe, o maior produtor de cortiça.

Assobiador. Sobreiro (Quercus suber), Águas de Moura, Palmela

O nome deve-o a turistas ingleses que o baptizaram de Whistler Tree (árvore que assobia) devido às inúmeras aves que se refugiavam e cantavam nos seus ramos.

Quando o visitei estava silencioso, mas imponente, e bem assente nos seus 230 anos de existência. De facto, este exemplar foi plantado em 1783 no Chaparral do Mendonça, na vila de Águas de Moura. 

De então para cá cresceu 20,6 metros em altura e o tronco alcançou um perímetro de 5,24 metros na base e 4,15 metros a 1,30 metros de altura.

A copa tem um diâmetro de cerca de 29 metros e, segundo as gentes da vila, dá sorte aos noivos que se casem à sua sombra – razão pela qual também é conhecido por “árvore casamenteira”.

A primeira extracção da valiosa casca deu-se aos 37 anos de idade e, desde então, os machados certeiros dos corticeiros já lhe despiram o tronco mais de 20 vezes.

 

 Como já referi, em 1991 produziu uns impressionantes 1.200 quilos de cortiça, que originaram 100.000 rolhas. Este valor é superior ao que a maioria dos sobreiros produz ao longo de toda a vida.

O Assobiador foi classificado como “árvore de interesse público” em 1998.

27
Nov13

Carapaus secos e enjoados

Arca de Darwin
Nos dias em que o mar provia em abundância, as peixeiras secavam parte do pescado ao sol, de modo a conservar e a guardar alimento para alturas de maior aperto. Secavam e ainda secam. Em vilas pesqueiras, como a Nazaré e Sesimbra, os carapaus (e outros peixes) secos são iguaria muito procurada.

Secagem de carapaus (Trachurus trachurus), Sesimbra

O método de preparação origina dois produtos distintos: o peixe seco e o peixe enjoado. O seco, depois de amanhado, lavado e passado por salmoura, fica dois ou três dia ao sol e geralmente consome-se cozido com batatas. O enjoado fica apenas um dia ao sol e depois é grelhado.

25
Nov13

“Chapéus” – nova galeria em “Perspectivas”

Arca de Darwin
A diversidade reconforta. A variedade de espécies indicia ecossistemas saudáveis; a de culturas agrícolas previne o desenvolvimento de pragas; a de ideias promove a justiça...Como já referi, o festival Andanças é também uma celebração da diferença: de idades, músicas e danças, mas também de estilos. Confirme-o, espreitando a nova galeria – “Chapéus”, em Perspectivas.

22
Nov13

O raro e exótico mainá-de-crista

Arca de Darwin
No final de Setembro, estava eu em Belém a (tentar) aprender a técnica de panning (ver última foto) quando vi duas aves pretas a caminhar de forma desengonçada na relva. Pareciam melros, mas assim que voaram revelaram proeminentes manchas brancas na parte inferior das asas. Quando poisaram, vi que também tinham uma exuberante crista junto ao bico. 

Este mês reencontrei a espécie junto à praia de Carcavelos. A consulta do guia de aves exóticas (de Rafael Matias) e do livro Biodiversidade na cidade de Lisboa – Uma estratégia para 2020 apontam para que a ave seja um mainá-de-crista (Acridotheres cristatellus), também conhecido por mainato-de-poupa.

 Proveniente da Ásia, este pássaro da família dos estorninhos foi avistado pela primeira vez em Portugal em 1997 e, de então para cá, reproduz-se em liberdade na área da Grande Lisboa. 

Mede 25 a 26,5 centímetros (é, portanto, maior do que um estorninho). 

O panning é isto:

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