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Fotos: Cláudia Costa
Se ainda procura aquela prenda especial para oferecer neste Natal, aceite a sugestão da AEPGA (Associação para o estudo e protecção do gado asinino), apadrinhe um burro de Miranda e veja tudo o que esta associação tem para lhe oferecer.
Um dos burros à espera de apadrinhamento é o Calimero - o Conquistador (foto em baixo), que, segundo a AEPGA "continua por terras algarvias a seduzir e a encantar as burrinhas do Sr. José. Vive numa quinta espaçosa, onde passa o dia a pastar e a namorar. Este ano foi pai de mais crias, por isso, se continuar assim, com certeza que acabará por ter uma grande família!".
Girassóis (van Gogh)
Em 2005, cientistas da Universidade de Londres decidiram avaliar a preferência das abelhas face a obras dos dois pintores – Girassóis (van Gogh) e Vaso de Flores (Gauguin) –, juntando ao ramalhete dois quadros bastante coloridos, mas sem motivos florais: Natureza Morta com Caneca de Cerveja, de Fernand Léger (1881-1955) e Cerâmica, de Patrick Caulfield (1936-2005).
Abelhas (Jardim Gulbenkian, Lisboa)
Para tal usaram abelhas criadas em cativeiro, que nunca viram uma flor, e observaram o voo sobre os quatro quadros.Vaso de Flores (Gauguin)
Natureza Morta com Caneca de Cerveja (Léger)
Cerâmica (Caulfield)
Resultado? Os insectos preferiram as pinturas com flores e a que mais as seduziu foi Girassóis, de van Gogh, com 146 aproximações e 15 contactos. Gauguin e o seu Vaso de Flores ficaram em segundo lugar, com 81 aproximações e 11 contactos. As cores garridas de Léger e Caulfield enganaram as abelhas, mas não por muito tempo, isto é, o número de aproximações foram superiores às de Gauguin (138 para Caulfield e 117 para Léger), mas tanto Cerâmica como Natureza Morta com Caneca de Cerveja registaram apenas quatro contactos.Posto isto, é razoável supor que as formas das flores e as cores usadas por van Gogh retratam fielmente as existentes na natureza. As abelhas, ao distinguirem estas duas características das flores, aumentam a probabilidade de encontrar dois recursos cruciais para a sua sobrevivência: pólen e néctar.O hardware de sobrevivência dos humanos também explica a atracção estética do Homo sapiens por flores. Segundo os investigadores da Universidade de Londres, as flores indicariam a presença de recursos naturais, como água, frutos, sementes e mel.Quanto à maquinaria das abelhas para encontrar flores, além do apurado sistema de orientação e do olfacto, contam com dois olhos complexos, cada um com cerca de 7.000 células sensíveis às cores. No entanto, apesar de verem o ultravioleta do espectro de luz, não distinguem o vermelho.Assim, durante a experiência com os quadros, a cor preferida foi o azul, o que não é de estranhar, pois na natureza as flores com esta tonalidade são as mais ricas em néctar. De facto, os insectos até poisaram na assinatura de van Gogh, feita a azul.Trepadeira-comum (Certhia brachydactyla), Campo Pequeno, Lisboa
Há várias razões para passar despercebida. A primeira é que, apesar de comum, não é tão abundante como outras aves citadinas, como os pardais ou os melros.
Depois, é mais pequena do que as duas espécies anteriores: mede 13 centímetros de comprimento. Finalmente, passa a maior parte do tempo à procura de alimento em troncos, os quais são da mesma cor da sua plumagem.Mais do que a cauda comprida e o bico grande e curvo é o comportamento da trepadeira que melhor a caracteriza: circunda os troncos, ora de cabeça para baixo ora de cabeça para cima, retirando insectos escondidos nas fendas e lascas da casca da árvore, voando em seguida de forma pouco linear para outro tronco.Quando nota que a observam passa para o lado “escondido” do tronco e voa para longe.As espécies de paguros que vivem no mar encontram facilmente casas vagas, que ocupam quando necessitam de mais espaço para crescer ou para depositar mais ovos. Já as terrestres não têm essa facilidade. Então, pela força dos números, roubam casas a outros paguros. Como? Assim que três ou quatro paguros se agrupam, dezenas de outros juntam-se à “festa”. Quando encontram um animal isolado despejam-no da sua casa, que logo é ocupada pelo paguro maior. O curioso é que, entretanto, os restantes membros do gang dispõem-se numa espécie de fila indiana, com as “casas” maiores à frente e as mais pequenas atrás, e sequencialmente vão ocupando a casa do “ladrão” da frente. Feitas as contas ficará uma habitação vaga que, por ser a mais pequena, de pouco servirá ao pobre paguro desalojado.
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