Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

21
Mai18

Miradouro Panorâmico de Monsanto, em Lisboa

Arca de Darwin

O Restaurante Panorâmico de Monsanto, em Lisboa, foi inaugurado em 1968 e fechou portas em 2001. Nos anos seguintes foi utilizado para diversas funções, como escritório, discoteca, bingo e armazém.

No ano passado reabriu ao público como miradouro, proporcionando uma vista de 360º sobre a capital.

No primeiro dia em que o visitei não cheguei ao último andar, porque entretanto... fechou (abre às 9H00 e encerra às 17H30, e não às 19H00!). No segundo dia, mesmo com uma luz difusa a banhar a cidade, deu para desfrutar da impressionante vista. Se começarmos da esquerda para a direita, vemos ao longe, o Estádio da Luz, depois o aeroporto, o Aqueduto, as Amoreiras e o Castelo de São Jorge, e bem lá ao fundo, a Basílica da Estrela! Dando dois passos para a direita, ficamos de frente para a Ponte 25 de Abril e para o Cristo Rei.

Além da vista, o próprio edifício vale bem uma visita. Projectado por Chaves da Costa, conta com painéis de Louis Dourdill, altos relevos de Querubim Lapa e azulejos de Manuela Madeira. Infelizmente, muitas destas obras de arte estão (novamente) cobertas por rabiscos. Mas há muito mais para observar dentro e fora do edifício principal.

20
Mai18

XIII Festival Internacional da Máscara Ibérica

Arca de Darwin

O FIMI ‒ Festival Internacional da Máscara Ibérica 2018 termina hoje na Praça do Império, em Lisboa. Este ano, os países convidados são o Brasil e a Irlanda.

É a segunda vez que o certame se realiza em Belém. Não sei quais são as razões que levaram à mudança da Baixa para Belém, mas, pelo menos para os participantes, a ausência de sombra é um verdadeiro suplício para quem tem o rosto coberto por uma máscara e o corpo por uma veste grossa, por exemplo, feita de lã.

Ainda assim, a ideia de levar o FIMI a outros locais é positiva, e os monumentos de Belém em pano de fundo proporcionam um contraste interessante com as tradições rurais.

A interacção com o público continua a ser um dos pontos fortes deste festival.

A música e a dança também estão sempre presentes.

Eis o programa para hoje:

Animação de rua

11H30 ‒ Los Boteiros y Folión de Viana do Bolo

16H ‒ Danças tradicionais e música irlandesa (Irlanda)

Espaço Eventos

11H00 ‒ O Mapa das Máscaras Europeias, por Alexandre Pereda

12H00 ‒ Gastronomia: Ayuntamiento de Tineo

14H30 ‒ Debate: "Como as tradições nos influenciam enquanto criadores" (Brasil)

16H00 ‒ Gastronomia: Ayuntamiento de Siero

17H30 ‒ Enologia: Bagos Brilhantes

Palco Ibérico

17H00 ‒ Concerto: Realejo (Portugal)

Mais informação, aqui.

 

18
Mai18

Por onde anda o esquilo-vermelho em Portugal?

Arca de Darwin

No Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa, é relativamente fácil avistar esquilos, mas é mais difícil fotografá-los, principalmente quando se encontram no cimo das árvores, escondidos entre ramos e folhas. Este, no entanto, estava a alimentar-se no solo e, como vive num dos locais mais movimentados de Monsanto ‒ o Parque da Serafina ‒, aprendeu a ser um bocadinho mais tolerante à presença humana.

O esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris) extinguiu-se em Portugal no século XVI, provavelmente devido à perda de habitat resultante da desflorestação (para aumentar a área de terrenos disponíveis para a agricultura e para fornecer matéria-prima para a construção naval).

Na década de 1980 alguns indivíduos entraram no Norte do país, vindos da Galiza, Espanha. Em 1993 foram reintroduzidos no Parque Florestal de Monsanto e, em 1994, no Jardim Botânico de Coimbra.

Nas últimas décadas, a expansão desta espécie tem sido notável e, actualmente, já há registos da sua presença a sul do Tejo, em regiões como Setúbal, Évora e Beja. Além fronteiras, a situação da espécie é mais complicada, principalmente em áreas onde foi introduzido o esquilo-cinzento (Sciurus carolinensis), oriundo da América do Norte, cujas populações substituem as do esquilo-vermelho ao fim de 20 anos.

O que é que o esquilo-vermelho tem em comum com a Alice Merton? Diz ela: "I like digging holes and hiding things inside them. When I´ll grow old, I hope I won´t forget to find them." O esquilo, que vive cerca de 7 anos, também gosta de enterrar coisas no solo, nomeadamente sementes, mas talvez por ter uma vida bastante ocupada ‒ pode ter duas ninhadas por ano e consome diariamente o equivalente a 5% do seu peso ‒, esquece-se frequentemente do local onde o fez. A Natureza agradece-lhe o contributo para a reflorestação.

O esquilo-vermelho é, de facto, avermelhado, mas também pode ser castanho ou, até, preto. Mede entre 18 e 24 centímetros, mais os 17 centímetros da cauda (que no Inverno serve de cobertor). Pesa cerca de 450 gramas. E é um excelente nadador!

Pág. 1/2