O verdadeiro rei do Carnaval é o pavão. A maioria dos fatos dos foliões parece inspirado na exuberância da cauda desta ave. A haver uma rainha, será uma qualquer ave-do-paraíso, com as suas penas absurdamente compridas, desenvolvidas com o intuito único de atrair elementos do sexo oposto.

Durante o desfile das escolas de samba, em Sesimbra, penas e mais penas emprestam graciosidade e amplitude a humanos de todas as idades, como se adquirissem outra identidade.

E o Carnaval é isso mesmo: um período de faz-de-conta – faz-de-conta que consigo voar; faz-de-conta que sou um pavão, ou um raio, ou um pinguim; faz-de-conta que sou jovem, ou que sou adulto; faz-de-conta que não está um frio de rachar... Mas tudo em família, e com muita alegria.