Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

21
Mai12

“ANTROPOCENO” e RIO +20 (parte I de II)

Arca de Darwin

“Movemos anualmente mais rochas e sedimentos do que todos os fenómenos naturais, como os rios e a erosão”, ouve-se no vídeo “Bem-vindo ao Antropoceno” (em baixo), que retrata em apenas 3 minutos a nossa história ao longo dos últimos 250 anos. O vídeo foi apresentado na conferência Planet Under Pressure 2012, realizada em Março, em Londres. Paul Crutzen, Nobel da Química que cunhou o termo Antropoceno em 2002, defende que a Terra entrou numa nova era geológica devido às profundas alterações provocadas pelos humanos. Jan Zalasiewicz e Mark Williams, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, são uns dos maiores apologistas desta ideia, defendendo-a regularmente em revistas da especialidade. Para já, continuamos no Holoceno, época do período Quaternário que começou há 11,5 mil anos.

http://www.youtube.com/watch?v=fvgG-pxlobk

A Planet Under Pressure foi uma espécie de aquecimento para a Conferência das Partes das Nações Unidas (COP) Rio +20, que se realizará em Junho no Rio de Janeiro, 20 anos depois daquela que ficou conhecida como a Cimeira da Terra.

O que esperar da Rio +20? Uma sondagem realizada em Abril pela The Regeneration Project revela que apenas 13% dos especialistas em sustentabilidade acreditam que a Cimeira terá sucesso. As COP têm habitualmente de lidar com a má vontade dos Estados Unidos e da China, mas este ano até a Europa parece indisponível para conservar o planeta: o Parlamento Europeu estará ausente, devido ao preço das estadias, e a Comissão Europeia enviará apenas seis membros, que terão de “ter cuidado com os gastos”. O aviso, feito no início de Maio, surgiu dois meses depois de Bráulio Dias, novo presidente da COP, relembrar que salvar a biodiversidade custará 300 mil milhões de dólares por ano, durante os próximos 8 anos. O valor é 10 vezes superior ao investimento actual e inclui a gestão sustentável da agricultura, florestas, e ecossistemas marinhos e de água doce. O custo de fazer nada ascenderia a um valor entre 2 triliões de dólares e 4,5 triliões de dólares. (CONTINUA)