29
Out13
Finalmente vi uma!
Arca de Darwin
Em Maio de 2012 escrevi um post sobre o balanço da experiência de libertação de dez milhões de mosquitos machos geneticamente modificados na cidade de Juazeiro, Brasil. Nesse texto referi um artigo que há muito publiquei sobre uma estratégia semelhante que decorre na ilha da Madeira há mais de uma década. Objectivo? Controlar a população de moscas-das-frutas-do-mediterrâneo (Ceratitis capitata), maior praga mundial da fruta fresca.
Mosca-da-fruta-do-mediterrâneo (Ceratitis capitata), Odivelas
Assim, e na altura, a biofábrica de moscas na Madeira produzia 50 milhões destes insectos. Ontem, pela primeira vez, vi um ao vivo e a cores (na verdade, vi “uma”, já que a ausência de dois cornichos na cabeça e a presença de um ovipositor na parte final do abdómen indicam tratar-se de uma fêmea).
Nota: a Ceratitis capitata também é conhecida por mosca-da-fruta, nome comum partilhado com a famosa Drosophila melanogaster, mosca mais habitual nas nossas cozinhas. A C. capitata mede 4 a 5 mm de comprimento, pelo que é cerca de duas vezes maior do que a D. melanogaster.