Lobélia-brava (“Lobelia urens”)
A Primavera está quase a dar lugar ao Verão. Nas zonas altas da Tapada de Mafra são já poucas as espécies de flores que dão cor à paisagem. Aqui e ali ainda se encontra uma outra dedaleira e algumas margaridas minúsculas. Mas há uma espécie que tinge de azul ou roxo as bermas dos caminhos e os pequenos prados: a lobélia-brava (Lobelia urens).
Nesta altura, estas manchas coloridas constituem uma oferta preciosa de néctar que atrai várias espécies de borboletas: melanargia, bela-dama, borboleta-maravilha…
A lobélia-brava — também conhecida por lobélia-acre, lobélia-queima-língua, lobélia-urente e queima-língua — é uma erva vivaz (ou seja, os órgãos subterrâneos vivem durante muitos anos e a parte aérea é renovada anualmente) que pode atingir os 60 centímetros de altura. Alguns dos nomes comuns são por certo uma alusão ao facto de se tratar de uma espécie tóxica quando ingerida em grande quantidade.
A floração ocorre de Maio a Setembro.