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O assunto está na ordem do dia. Um estudo internacional divulgado na semana passada defendia que a União Europeia pode substituir a gasolina e gasóleo convencionais, usados nos transportes, por energias renováveis. E isto sem recorrer a biocombustíveis com impacto no ambiente. Porquê esta ressalva? A produção de biocombustíveis pode levar à destruição de grandes áreas de florestas, aumentando a emissão de gases com efeito de estufa. “Há vários biocombustíveis, há muitos tipos de biomassa que servem para produzir biocombustíveis, e há muitas maneiras de obter essa biomassa e convertê-la. Todas estas variáveis têm propriedades diferentes em termos de quanto custam e quão eficientes são”, alertava Steven Barrett, numa entrevista concedida à BBC na semana passada. Barrett é professor de Astronáutica e Aeronáutica no Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT). Mais. Um artigo de três investigadores desta instituição, publicado em 2011, salienta a necessidade de, antes de rotular um combustível como “verde”, estudar todo o seu ciclo de vida.
Para as companhias aéreas é fundamental encontrar uma forma mais sustentável de alimentar os motores dos aviões, como refere a reportagem da BBC: “Cerca de 75% do investimento financeiro que fazemos em investigação e desenvolvimento é canalizado para reduzir a nossa pegada ecológica”, conta John Tracy, CTO da Boeing. Isto porque o transporte aéreo é responsável por 2% da emissão de gases com efeito de estufa, mas, como liberta-os a maior altitude, provoca mais danos ao planeta.Algo terá de mudar, até porque estima-se que o número de voos duplique até 2030. Até essa data, “30% do combustível usado em aviões será obtido de forma sustentável”, prevê John Tracy, na mesma entrevista. Veremos.