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Dez12
Mar solitário...
Arca de Darwin
"Solidão", de Juan Ramón Jiménez*. in "Diario de Un Poeta Reciencasado"
"Estás todo em ti, mar, e, todavia,como sem ti estás, que solitário,que distante, sempre, de ti mesmo!
Aberto em mil feridas, cada instante,qual minha fronte,tuas ondas, como os meus pensamentos,vão e vêm, vão e vêm,beijando-se, afastando-se,num eterno conhecer-se,mar, e desconhecer-se.
És tu e não o sabes,pulsa-te o coração e não o sente...Que plenitude de solidão, mar solitário!"
* poeta espanhol (1881-1958), Prémio Nobel de Literatura