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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

24
Mai12

Noites estranhas

Arca de Darwin

A iluminação pública nas cidades foi ilibada de provocar o canto nocturno dos pássaros, mas está a alterar as comunidades de insectos.

Um estudo publicado ontem na revista Biology Letters revela que o número de invertebrados predadores e detritívoros (que se alimentam de matéria em decomposição) que vivem na proximidade da iluminação pública está a aumentar. Estes grupos de insectos têm maior mobilidade e olhos mais sensíveis, o que faz com que sejam mais facilmente atraídos para estas áreas.

“A nossa investigação mostra, pela primeira vez, as alterações provocadas pela poluição luminosa em comunidades de invertebrados. Agora precisamos de examinar o impacto que isto tem noutras comunidades e e a maneira de como estará a afectar importantes serviços prestados pelos ecossistemas (ver post: Antropoceno e Rio +20), e se deveremos modificar a forma como iluminamos os espaços públicos”, referiu Tom Davies, da Universidade de Exeter e um dos autores do estudo.

Entre os “serviços” prestados pelos insectos contam-se a polinização e a decomposição de matéria orgânica.

Outros estudos centraram-se no efeito da poluição luminosa nas aves. Em 2007, cientistas da Universidade de Sheffield, Reino Unido, concluíram que os pássaros cantam à noite, não devido à iluminação pública, mas por não terem de competir com o som provocado pelas actividades humanas durante o dia. Os níveis de ruído nas áreas onde as aves cantavam à noite era 10 vezes superior ao das áreas onde não cantavam.

No entanto, em 2010, investigadores do Instituto Max Planck para a Ornitologia, Alemanha, determinaram que a iluminação pública antecipava o canto das aves nas primeiras horas da manhã. Este desgaste provocado em pássaros como o chapim-azul e o pisco-de-peito-ruivo trona-os mais susceptíveis a predadores. Além disso, as luzes influenciam principalmente as aves mais jovens. Os machos jovens que vivem perto de candeeiros duplicam as hipóteses de arranjarem uma segunda companheira. Isto porque as fêmeas interpretam o canto antecipado como sinal de robustez física e, assim, acabam por não escolher os melhores parceiros, colocando em risco a “saúde” da espécie.

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