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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

25
Jun12

“O Pesadelo de Darwin”

Arca de Darwin
Mais do que um documentário sobre uma tragédia ecológica, Darwin’s Nightmare (2004), do austríaco Hubert Sauper, é um retrato dramático de uma era. O filme passa nos jardins da sede da Liga para a Protecção da Natureza, em Lisboa, a 9 de Agosto, e insere-se no Ciclo de Cinema Ambiental, que começou a 14 de Junho. A entrada é gratuita.

O pesadelo ecológico começa no final dos anos 50 do século passado, quando alguém introduziu algumas percas-do-Nilo no Lago Vitória, em África. Esta espécie carnívora multiplicou-se rapidamente e acabou por extinguir mais de 210 espécies de ciclídeos, a maioria herbívoros, que viviam naquele que é o maior lago tropical do mundo. Em 1977 os ciclídeos representavam 32% das capturas da pesca e a perca-do-Nilo 1%. Em 1983 ocorria o inverso: 1% para os ciclídeos e 68% para a perca-do-Nilo.A extinção das espécies indígenas provocou a eutrofização (aumento de nutrientes que leva ao crescimento de algas e consequente redução dos níveis de oxigénio) do lago. Os impactos ecológicos não ficaram por aqui. Para fumar a perca-do-Nilo abateu-se grande parte da floresta em torno do lago. Por outro lado, a falta de ciclídeos fez com que muitos pescadores passassem também a caçar na floresta, aumentando a pressão sobre as espécies terrestres.Mas há um outro lado desta tragédia. O premiado documentário Darwin’s Nightmare mostra a miséria, a indignidade e a morte instaladas nas margens do lago, na Tanzânia. Ninguém fica bem na fotografia: Governo local, Banco Mundial, União Europeia, etc.. “You’re part of the big system”, lê-se num calendário de uma fábrica onde se retiram filetes das percas com tamanho de gente. Os filetes seguem para a Europa e para o Japão (são a maior exportação da Tanzânia para a União Europeia); os restos de carne agarrados às carcaças dos peixes são vendidos à população local. Os aviões que diariamente levam os filetes chegam carregados com armas para alimentar guerras no Congo, Libéria, Sudão..., acusa o jornalista Richard Mgamba.Neste excerto do documentário aparece o guarda do Instituto Nacional de Pescas. Recebe um dólar por dia e conseguiu o trabalho porque o seu predecessor foi assassinado. Patrulha o instituto com um arco e setas com a ponta coberta de veneno.http://youtu.be/qJhHLUbdUjg

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