Prémio “Mulheres na Ciência” 2012
Cerimónia de entregue dos Prémios. Ana Ribeiro, Ana Abecasis e Leonor Morgado (da esquerda para a direita). Na foto também estão António Ribeiro, presidente da Comissão Nacional da UNESCO, Rodrigo Pizarro, country manager da L’Oréal Portugal, e Paulo Pereira, vice-presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (da esquerda para a direita). Foto: L'Oreál Portugal
Ana Abecasis investiga “como se desenvolvem e transmitem as mutações que estão a tornar algumas estirpes do HIV resistentes aos medicamentos anti-retrovirais, obrigando por vezes a terapias mais tóxicas, mais dispendiosas e menos eficazes”, explica o site da iniciativa. Cerca de 8% das novas infecções com HIV correspondem a estirpes resistentes a antivirais.
A recuperação de lesões na espinal medula é a área de estudo de Ana Ribeiro. O modelo leito é o peixe-zebra, animal que após uma lesão na coluna precisa de um mês para se regenerar. Mas fá-lo. Perceber como tal acontece abrirá novas perspectivas para tratamentos em humanos.As bactérias Geobacter sulfurreducens têm uma característica muito particular: emitem electrões que se ligam a metais perigosos. Há vários anos que Leonor Morgado procura optimizar a produção de electricidade destes seres minúsculos – “No laboratório põem calculadoras a funcionar”, contou ao jornal Público –, isto é, usá-los como fonte renovável de energia, bem como avaliar o seu potencial para remover compostos tóxicos do ambiente.O Prémio atribuído pela L’Oreál Portugal, Fundação para a Ciência e Tecnologia e Comissão Nacional da UNESCO tem como objectivo “incentivar o trabalho das mais promissoras e jovens cientistas, em início de carreira - doutoradas há não mais de cinco anos e com idade até 35 anos – motivando-as a prosseguir projectos de investigação, desenvolvidos em Portugal no âmbito das ciências da vida – saúde e ambiente”, lê-se aqui.