01
Mar13
Quem vê caras... “sofre” de pareidolia
Arca de Darwin
Na verdade, o problema está em quem não vê caras, perturbação designada por prosopagnosia e caracterizada pela incapacidade de reconhecer rostos.Por outro lado, olhar para uma pedra com líquenes e reconhecer um rosto também é perfeitamente natural e, como sugeriu o astrónomo Carl Sagan, esconde uma habilidade que nos trouxe vantagens adaptativas:
“Assim que consegue ver, o bebé reconhece rostos, e sabemos agora que essa capacidade está instalada nos nossos cérebros. Os bebés que há 1 milhão de anos não reconheciam um rosto retribuíam menos sorrisos, tinham menos hipóteses de conquistar o coração dos pais e de sobreviver. Hoje, quase todos os bebés identificam rapidamente um rosto humano e respondem com um sorriso”, lê-se em O mundo infestado de demónios, de Carl Sagan, editora Gradiva.