Flores da ameixeira-de-jardim (“Prunus cerasifera”)
Nas cidades, um dos mais belos e exuberantes sinais de a Primavera estar a chegar é a floração da ameixeira-de-jardim (Prunus cerasifera), que tinge de branco e rosa parques, jardins e passeios.
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Nas cidades, um dos mais belos e exuberantes sinais de a Primavera estar a chegar é a floração da ameixeira-de-jardim (Prunus cerasifera), que tinge de branco e rosa parques, jardins e passeios.
Algures no Parque Florestal de Monsanto (Lisboa), confundindo as folhas com as árvores e com a floresta.
"(...) Sob o mágico sopro da luz são barcos transparentes.
Não sei se é o ar se é o sangue que brota dos seus ramos (...)"
António Ramos Rosa, Árvores
Esta é uma versão múltipla de "Uma árvore na paisagem", centrada na Calçada da Carriche, em Lisboa. A perspectiva é mais ou menos aquela que tem quem passa de carro e olha para o bairro que nasceu em finais da década de 1960. Para ver a última árvore é preciso olhar para o outro lado, o do Parque do Monteiro Mor.
Quase um mês depois do incêndio na Serra de Sintra, as ervas que crescem na terra preta devolvem alguma cor à área a oeste da Peninha. As copas e os troncos ardidos, agora expostos à chuva e ao vento, criam manchas incaracterísticas na paisagem, como se de um quadro se tratasse. Mas o cheiro a queimado que ainda se entranha na roupa e a neblina típica de Sintra, que evoca uma fase de rescaldo, lembram-nos o inferno das chamas que devoraram a encosta.
Lagoa Azul, Sintra. (Roubei o título do post ao espanhol Alejandro Casona ("As árvores morrem de pé"), mas alterei-o porque, mesmo caídas, as árvores mantêm uma sumptuosidade que não se coaduna com a morte.)
O carvalho-cerquinho (Quercus faginea) de Fontelas, classificado como sendo de interesse público, é um dos destaques dessa Estação da Biodiversidade. As árvores de interesse público (a Arca já falou delas, por exemplo, aqui, aqui, aqui e aqui) têm estatuto de proteção semelhante ao do património edificado e distinguem-se pelo porte, desenho, idade, raridade, importância cultural ou histórica.No caso deste carvalho centenário, a autoridade florestal nacional salienta o "porte notável que dava sombra e frescura a um antigo tanque de lavagem de roupa e a um bebedouro de gado. O local constitui memória da vida tradicional saloia, muito utilizado pelos moradores de Fontelas". Este carvalho-cerquinho ‒ a espécie também é conhecida por carvalho-português ‒ tem 12,5 metros de altura e a copa tem um diâmetro de 20 metros (norte-sul) e 25 metros (este-oeste).
O painel que o acompanha refere que os ramos desta árvore "servem de substrato a diversas espécies: fetos, musgos, líquenes e também a plantas vasculares, como os umbigos-de-vénus".
O nome umbigo-de-vénus deve-se à forma das folhas, que são arredondadas, com uma depressão no centro.
Mas esta espécie, Umbilicus rupestris, tem muitos mais nomes comuns, como bacelos, bifes, cachilro, chapéus-de-parede, chapéus-dos-telhados, copilas, orelha-de-monge... Além de troncos de árvores, esta planta também cresce à sombra em muros, paredes e fendas rochosas. Pode atingir 30 centímetros de altura.
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