Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

18
Nov13

Outra melaleuca de “interesse público”

Arca de Darwin
Tal como a melaleuca (Melaleuca armillaris) do jardim Eng. Luís Fonseca, em Setúbal, também esta é uma árvore exótica, de origem australiana, mas pertence à espécie Melaleuca styphelioides e vive em Lisboa, no jardim do Constantino.

Melaleuca (Melaleuca styphelioides), jardim do Constantino, Lisboa

Ambas estão classificadas como “árvore de interesse público”. O espécime setubalense merece a distinção graças ao valor estético e o lisboeta devido à raridade em Portugal.

A M. styphelioides atinge os 20 metros de altura, mas o já centenário exemplar do jardim do Constantino fica-se pelos 14,8 metros de altura (medidos em 2010).O tronco “desfiado” é característico da espécie.
17
Jun13

A paineira de Odemira e o seu virtuoso tronco

Arca de Darwin
Se vai ao Festival do Solstício, ou se tem planos para rumar a Sul, passe em Odemira e admire a paineira (Ceiba speciosa) que se encontra no Largo Brito Pais e está classificada como Árvore de Interesse Público.

Paineira (Ceiba speciosa), Odemira

A paineira é uma espécie exótica, originária das florestas do Brasil e Bolívia. No entanto, este exemplar veio da África do Sul, trazido pelo então presidente da Câmara de Odemira, Justino Abreu dos Santos, que o plantou há 29 anos.

 Em 2009 a árvore já apresentava uns surpreendentes 23 metros de altura.

Tal crescimento deve-se em parte às características do tronco que, além de estar pejado de espinhos que protegem a planta contra animais, realiza a fotossíntese.

No tronco destacam-se, além dos espinhos, as estrias fotossintéticas verde-amareladas

Assim, a árvore produz o próprio alimento mesmo quando está sem folhas, o que ocorre durante a floração, entre Setembro e Novembro, altura em que a copa da paineira transforma-se num imenso novelo cor-de-rosa que abrilhanta ainda mais esta vila alentejana.
02
Abr13

Uma árvore na paisagem (1)

Arca de Darwin
Quando era miúdo, nos longínquos anos 80, passava férias no Algarve numa casa que os meus pais arrendavam durante o mês de Agosto. A casa ficava numa ruela de uma pequena povoação, ruela essa que duplicou a extensão com construção desta vivenda e de outras cinco como ela. A rua não tinha nome, mas as indicações que dávamos a amigos eram algo como: "desces a rua principal e viras à direita a seguir ao supermercado, junto a uma casa branca, e é aí, na rua da palmeira”.

Parque das Nações, Lisboa

Não me recordo se o baptismo foi anterior à construção das casas, mas lembro-me que, certa noite, eu e um “adulto” amigo dos meus pais saímos de casa munidos de um banco e de um pedaço de carvão. Fomos até ao início da rua e encostámos o banco à parede da casa branca. O Carlos subiu para o banco comigo às cavalitas e, de braço esticado, desenhei um rectângulo dentro do qual escrevi “Rua da Palmeira”. Anos depois uma placa de pedra tomou o lugar da singela pintura. E lá permanece.

Isto para dizer que, tal como certos edifícios e pessoas, as árvores integram o mapa mental que construímos de ruas e localidades e, assim, inscrevem-se no nosso imaginário. Em relação a algumas, as que vimos crescer ou as aquelas com que sempre partilhámos o espaço, até criamos laços sentimentais. Daí que um dos critérios de atribuição de Interesse Público a uma árvore seja a importância cultural ou histórica. A lista de exemplares classificados inclui, por exemplo, o plátano (Platanus x acerifolia) que está no centro da aldeia do Rochoso, na Guarda, que “nasceu” no dia 1 de Dezembro de 1910, plantado pelo professor Francisco Sanches em jeito de celebração da Festa da Árvore e da Implementação da República, e o Assobiador, sobreiro (Quercus suber) que em 1991 produziu uns impressionantes 1.200 kg de cortiça e que, dizem as gentes da vila de Águas de Moura, dá sorte aos noivos, daí também lhe chamarem “árvore casamenteira”.Há árvores que até não reúnem os requisitos para ingressar na lista de Interesse Público, mas que marcam a paisagem e o espaço que percorremos. São elas as personagens principais da série de posts que hoje inicio e a que chamei “Uma árvore na paisagem” (título “roubado” ao livro “Uma mancha na paisagem”, de Tom Sharpe).

Mais sobre mim

foto do autor

Siga-nos no Facebook

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2016
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2015
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2014
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2013
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2012
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D