Bairro de Alfama, Lisboa.
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O artista francês Bastien Tomasini, a.k.a. O Gringo, trabalha com fotografia digital aplicada em azulejo. As suas obras podem ser vistas na exposição «De ontem para hoje… e o azulejo sempre vivo!», na Galeria Municipal do Montijo, até 22 de novembro, e na exposição «Azul-Branco e Carvão» na Luka Art Gallery, em Sintra, só até ao dia 19 deste mês.
Quando o sol baixa sobre a labiríntica Alfama, as sombras negras recortam e emolduram as fachadas coloridas deste bairro antigo de Lisboa.
Tami Hopf é uma ilustradora/directora de arte/tatuadora brasileira que actualmente vive na Suíça. O mural intitulado "Lisa" encontra-se na Calçadinha da Figueira, em Alfama, e foi realizado em 2016 no âmbito do festival Paratissima.
Estava a remexer no baú digital de fotografias e encontrei estas de Lisboa tiradas em dois ou três dias diferentes antes da quarentena. Juntas, evocam várias características que tornam esta cidade tão única. A mais evidente é a cor de Lisboa.
Tal como a Lisboa das colinas é porosa, com as ruas a desaguarem umas nas outras através de arcos e escadarias, nesta sequência de imagens também a cor corre de uma fotografia para outra, acabando por se transformar ou dissolver. As duas cores talvez mais abundantes lembram a ligação natural à terra: o amarelo-ocre e o vermelho-almagre das argilas. Mas é o diálogo do rio com o sol que banha a cidade com a sua luz única. Luz e sombras, esculpidas pelo relevo das colinas. Ia terminar a série com a penúltima imagem, a do banco com as duas almofadas, mas o vazio lembra demais a quarentena. Assim, resolvi acrescentar uma vista ao longe, onde o mosaico de cores ― simboliza também a mescla cultural que compõe a cidade ― se torna evidente. Em breve, lá estaremos.
Algures em Alfama.
O gato e o pombo só fazem parte desta história porque achei-lhes piada e acho que ficaram bem na fotografia. O sinal, localizado na Rua do Salvador, em Alfama, é que é, de facto, especial. Porquê? Porque é o primeiro sinal de trânsito de Lisboa (quiçá de Portugal) e data de 1686.
Parece que naquela rua estreita as escaramuças entre cocheiros eram mais que muitas, e que a coisa descambava em feridos e mortes. O sinal definiu que o coche que vinha de cima perdia prioridade em relação ao coche que vinha de baixo.
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