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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

12
Jun20

Natureza ilustrada no Trilho da Ribeira das Vinhas, em Cascais

Arca de Darwin

O trilho da Ribeira das Vinhas fica por trás do Mercado da Vila, em Cascais. Recuperado o ano passado, permite passear a pé ou de bicicleta ao longo de 3 quilómetros que atravessam zonas de pinhal, matos e hortas. Mas o que torna único este percurso são as dezenas de pinturas da autoria do artista Tiago Hacke — realizadas em pedras ou em caixas de visita do saneamento pluvial —, que retratam espécies animais existentes no concelho, algumas das quais podem ser observadas ao longo do trilho. Todas as fotos que se seguem foram tiradas no trilho.

Melro-preto (Turdus merula)

trilho das vinhas-59.jpg

Coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus)

trilho das vinhas-6.jpg

trilho das vinhas-1-2.jpg

 

 

 

 

08
Mai12

O mistério da cauda das alvéloas

Arca de Darwin

A maioria dos portugueses já viu duas das três espécies de alvéolas existentes no nosso país: A alvéola-branca (Motacilla alba) – 1ª e 3ª foto – e a alvéola-cinzenta (Motacilla cinerea) – 2ª foto. Ambas são comuns na maioria das cidades, normalmente associadas à presença de água. A terceira espécie, a alvéola-amarela (Motacilla flava), é mais frequente em zonas húmidas, como arrozais, sapais, prados e juncais.

Quem já viu qualquer uma delas por certo reparou na cauda que abana para cima e para baixo enquanto estão paradas no solo, ou enquanto andam, correm ou alimentam-se. A função do conspícuo baloiçar da cauda, que até é responsável pelo nome comum inglês da espécie (wagtail), ainda é um mistério.

 

“Entre as funções possíveis contam-se espantar os insectos de que se alimenta, para que se movam e os detecte; mostrar submissão; indicar aos predadores que está alerta”, escreveu o alemão Christoph Randler, na revista Animal Behaviour, em 2006.

Ao observar estas aves enquanto alisavam as penas e enquanto se alimentavam, o alemão concluiu que o abanar da cauda não representa submissão, já que o comportamento era semelhante em juvenis e adultos. Randler também rejeitou a hipótese de o baloiçar servir para espantar insectos, pois este comportamento também ocorria enquanto alisavam as penas e não estava relacionado com “debicar o solo”. Assim, sobra a hipótese de se tratar de um “sinal honesto de vigilância”, o que explica a correlação negativa entre “abanar a cauda” e “debicar o solo”, altura em que as alvéolas adoptam um comportamento não vigilante.