A imponência e fisionomia da garça-real (Ardea cinerea) foram, e são, tema e fonte de inspiração para muitos artistas e escritores. Por exemplo, Eça de Queiroz, aludiu ao longo pescoço da garça-real no conto O Defunto: “(...) D. Alonso de Lara, fidalgo de grande riqueza e maneiras sombrias, que já na madureza da sua idade, todo grisalho, desposara uma menina falada em Castela pela sua alvura, cabelos cor de sol claro, e colo de garça real”.
É a maior das garças existentes em Portugal. Mede cerca de 1 metro de altura e 1,85 metros de envergadura. A plumagem do corpo é cinzenta e a cabeça é branca e preta, com plumas ornamentais.
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A coloração dos juvenis é mais homogénea.
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Habita vários tipos de zonas húmidas de média ou grande dimensão (estuários, lagoas costeiras, margens de rios, arrozais, etc.) e vive cerca de 25 anos. Alimenta-se de peixes, répteis e anfíbios, insectos, crustáceos e pequenos mamíferos. Constrói o ninho no topo de uma árvore e em geral vive em colónias.
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