O cabeça-dura (Hardhead) é muito parecido com o nosso zarro-castanho (Aythya nyroca). Ambos têm cor de chocolate, são excelentes nadadores e os machos têm olhos brancos. Aqui na Austrália, esta última característica é responsável por outro dos nomes comuns desta ave: White-eyed Duck (pato-de-olho-branco). A versão australiana é ligeiramente maior (45 centímetros de comprimento contra 40 centímetros do zarro) e o bico do macho é azul clarinho na ponta.

É mais pequeno do que o nosso mergulhão-de-crista, mas ligeiramente maior do que o mergulhão-australasiano. Chama-se mergulhão-de-cabelos-brancos (Hoary-headed grebe), Poliocephalus poliocephalus, e distingue-se facilmente pela tom cinzento da plumagem e, na época de reprodução, pelas cãs que lhe adornam a cabeça, dando-lhe um ar envelhecido.

Alimenta-se de invertebrados e de pequenos peixes.

Mede 30 centímetros de comprimento e pesa 240 gramas.

É o pato mais raro da Austrália e é uma espécie protegida. O nome Freckled Duck - Pato-sardento - (Stictonetta naevosa) deve-o ao pintalgado branco e castanho-acinzentado da plumagem.

Além da perda de habitat (zonas húmidas permanentes), o sardento encontra-se em má situação devido à caça. Isto porque é presa fácil, já que quando perturbado teima em não abandonar o local onde vive, voando em círculos sobre esse habitat.

A identificação da espécie passa pela plumagem; pelo bico - ligeiramente curvado para cima; e pelo alto da cabeça - que em vez de ser redondo apresenta uma ligeira "crista".

Os sexos são semelhantes, mas durante a época de reprodução os machos distinguem-se facilmente através da base do bico, que fica vermelha.

Constróem o ninho com galhos num local ao nível da água.

Mede cerca de 54 centímetros e pesa menos de 1 quilo.

Um pelicano desliza na água junto à margem do lago Monger. De repente, o movimento das poderosas asas projecta-o no ar levando-o a aterrar alguns metros à frente.

Os patos, intimidados, abrem alas por causa do susto e para evitarem acabar no bucho do pelicano, pois este é conhecido por ingerir aves aquáticas de pequena dimensão.

O título deste post também poderia ser "Cromos (quase) repetidos", pois a primeira vez que vi uma (e só uma) Kokaburra foi em Portugal, mas estava no Jardim Zoológico. Aqui em Perth, Austrália, é fácil observar esta ave.

Chamam-lhe Laughing Kookaburra (Dacelo novaeguineae) - "Kokaburra que ri" -, nome que fica aquém da realidade sonora deste guarda-rios. A verdade é que o incrível barulho que produz assemelha-se à algazarra típica na Aldeia dos Macacos do Zoo de Lisboa. A sério.

A presença de kokaburras em Perth é recente (mas mais antiga do que a do papagaio arco-íris): entre 1897 e 1912 o zoo de Perth libertou vários animais na esperança de que reduzissem a população de cobras na cidade.

Os animais reproduziram-se rapidamente e, de facto, alimentaram-se de várias cobras, mas também tiveram impacto negativo nas populações de outros répteis e de aves.

A tarambola-de-peito-preto (Elseyornis melanops) - Black-fronted Dotterel - talvez seja a espécie menos abundante do Lago Monger (Perth, Austrália): nas margens dos 70 hectares ocupados pela superfície do lago existem apenas dois indivíduos.

(Na verdade existem três, pois o casal que teve um filhote.)

Esta baixa densidade é comum e não significa que a espécie seja rara - existe em quase toda a Austrália e já colonizou a Nova Zelândia -, é apenas solitária.

O aspecto lembra o nosso borrelho-grande-de-coleira, mas com cores mais vivas nas costas, asas, olhos, bico e pernas, e menos anafado.

Pesa 32 gramas e o comprimento é semelhante ao do borrelho: cerca de 17 centímetros.

Com tão singelo porte, passa certamente despercebida aos 22 mil  visitantes semanais do Lago Monger. Aqui, encontra-se sempre à beirinha da água, muitas vezes protegida pelas enormes patas dos cisnes-negros.

Nessa faixa de terreno alimenta-se de moluscos e de insectos (aquáticos e terrestres).