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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

18
Jun13

A lagarta que protege o gado

Arca de Darwin
O padrão amarelo e preto da lagarta da mariposa Tyria jacobaeae anuncia a sua perigosidade aos potenciais predadores. O sabor amargo e os componentes tóxicos (alcalóides) adquire-os através da planta de que se alimenta – a tasneira (Senecio jacobea), também conhecida por tasna ou erva-de-São-Tiago –, também ela tóxica e perigosa para o gado.

Lagarta da mariposa Tyria jacobaeae, Santa Clara-a-Velha, Odemira

Daí que esta mariposa, originária da Europa e da Ásia, foi introduzida nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália para controlar a tasneira (na Austrália e  Nova Zelândia a legislação obriga os agricultores a eliminar esta planta). O apetite das lagartitas é tão voraz que no caso de não terem mais plantas disponíveis viram-se para o canibalismo.

Na fase adulta a Tyria jacobaeae apresenta as asas coloridas de vermelho e cinzento. Tem hábitos essencialmente nocturnos, mas por vezes também está activa durante o dia.

Foto: Sander van der Molen

17
Ago12

A canibal

Arca de Darwin
O louva-a-deus (Mantis religiosa) é um predador voraz de várias espécies de insectos que captura de emboscada, prendendo-os com as fortes patas anteriores transformadas em garras (e que lembram a pose de alguém a rezar, facto que está na origem do seu nome). A refeição começa pela cabeça. No caso das fêmeas de louva-a-deus, este hábito alimentar e decapitador ocorre também durante a cópula.

“Durante”, porque perder a cabeça não limita a performance sexual do macho. Pelo contrário. “Como a cabeça do insecto é sede de alguns centros nervosos inibitórios, é possível que a fêmea melhore o desempenho sexual do macho ao comer-lhe a cabeça. Se assim for, este é um ganho secundário. O benefício primário é que ela obtém uma boa refeição”, lê-se em O gene egoísta, de Richard Dawkins. Mas que genes são estes que transformam o pobre macho em “boa refeição”? Ao que parece, são os que o levam a investir – e muito! – na descendência. Segundo Dawkins: “(Os machos) são usados como comida para ajudar a produzir os ovos que depois serão fertilizados, postumamente, pelos seus próprios espermatozóides armazenados”.

Note-se que cada fêmea põe até 400 ovos, o que implica que os genes do macho perduram em muitos louvadeuzinhos. Além disso, a sua ingestão pela fêmea não é certa, não só porque ele ter muito cuidado durante a cópula, mas também porque este comportamento de canibalismo ser mais comum em animais criados em cativeiro, ainda que também ocorra na natureza.

O louva-a-deus mede 5 a 7,5 centímetros e tem o corpo verde ou castanho.

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