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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

07
Ago18

Cardinal: a borboleta multicolor

Arca de Darwin

A borboleta Cardinal (Argynnis pandora) existe no sul da Europa, no norte de África e na Ásia. Em Portugal encontra-se principalmente no interior norte.

Cardinal, Castelo de Vide, Agosto de 2018

Habita áreas florestais que tenham prados floridos onde se possa alimentar. As lagartas preferem amores-perfeitos e violetas, os adultos gostam de cardos e, pelos vistos, de lantanas.A parte inferior das asas é uma mescla de cores: pintas pretas, vermelho, amarelo, laranja e verde nas asas da frente; verde metalizado com riscas brancas nas de trás.A envergadura varia entre 65 e 80 milímetros.Voa entre Maio e Outubro.Pertence à família Nymphalidae.  

06
Ago18

A visita da raposa

Arca de Darwin

O calor extremo da semana passada teve poucos momentos de tréguas. Em Castelo de Vide, depois do sol posto, sentei-me no alpendre da casa onde estava, a aproveitar a (ligeira) descida da temperatura. Estava já muito escuro, mas ainda vi uma raposinha que atravessava o quintal uns 20 metros mais abaixo. Alheia à minha presença, parou uns segundos e lá continuou até desaparecer entre a vegetação.

No dia seguinte, pela manhã, estava sentado no mesmo sítio quando a raposa (Vulpes vulpes) reapareceu, vinda do sítio onde desaparecera no dia anterior. Desta vez estava mais perto, viu-me, parou e sentou-se. Fui buscar a câmara fotográfica, mas a bicha já lá não estava. Encontrei-a uns metros mais à frente, a dar a volta à outra casa da propriedade, provavelmente em busca de alimento. Deve fazê-lo com frequência, pois os gatos da casa pareciam mais surpreendidos com a minha presença do que com a dela.

Curiosa, olhou-me mais uma vez, antes de desaparecer no olival.

29
Dez13

Balanço 2013 - A nova casa do Andanças

Arca de Darwin
Este ano o Andanças mudou-se para Castelo de Vide. Já opinei sobre o espaço novo e já referi as várias razões (além da música e da dança) para gostar deste festival. Entre elas,  contam-se o contacto com Natureza e a interacção com outros. A foto em baixo traduz estas duas virtudes. A desconhecida que lê sentada dentro de água teve a amabilidade e a paciência de se deixar fotografar.

Andanças 2013, Castelo de Vide

18
Set13

Andanças 2013: Festa na Floresta

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Estranhar a mudança é humano. O novo local do Andanças e a inevitável comparação com Carvalhais, S. Pedro do Sul, foi tema de muitas conversas no recinto do festival, junto à barragem de Póvoa e Meadas, Castelo de Vide. Veredicto? Ambos os locais têm prós e contras, mas a decoração nocturna do novo espaço acrescenta uma dimensão quase mágica ao evento. Mas há outras razões para enaltecer a opção Castelo de Vide.

A principal vantagem de Carvalhais era a concentração do evento num espaço curto, o que permitia encontrar facilmente pessoas, concertos e workshops. Depois é impossível não recordar a biodiversidade e as fantásticas paisagens da região: a Serra da Arada, a Aldeia da Pena, o percurso que liga os três municípios de Lafões (S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades) ao longo do Vouga, os poços onde se tomavam refrescantes banhos (o Negro, onde se ia a pé; o Azul, que valia bem a viagem de carro), etc.. 

Certo de que Castelo de Vide terá paisagens igualmente deslumbrantes, os principais contras desta opção são a enorme dimensão do recinto e o declive. É certo que quando nos queremos refrescar basta dar um mergulho na barragem (por vezes temos de nadar até ao meio do lençol de água para encontrar água fria!), mas subir a encosta até lá (e é ali que está a cantina) é esgotante.

 A dimensão faz com que um dos maiores palcos passe quase despercebido, o que afecta as actividades que aí decorrem e o bar aí instalado. Também “obriga” a andar com o telemóvel no bolso para “encontrar” os amigos, o que vai contra a minha ideia de “férias” na natureza.

 WORKSHOPS

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As restantes “falhas” do novo local devem-se provavelmente ao facto de tratar-se de uma estreia. Assim, há vários pormenores a afinar, como a falta de iluminação no campismo, a falta de água nos duches e a escassez de urinóis, que comprometeu a “sustentabilidade” das casas de banho secas. A zona destinada às crianças pareceu-me bem menos acolhedora e com menos actividades em comparação com Carvalhais.

Vantagens? Além das lindíssimas “praias” encostadas ao recinto, o novo espaço destaca-se pela quantidade e qualidade das áreas de descanso.

 RELAX

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Nesse e noutros aspectos a organização – a cargo da Associação Pédexumbo – soube tirar o melhor partido de o recinto encontrar-se em plena floresta (ainda que nela predominem eucaliptos e acácias), por exemplo, construindo um palco em torno de uma árvore. 

Lá em baixo, naquilo que baptizámos de “praça central” (onde está a maior parte da restauração), as várias actuações, aparentemente espontâneas, repescaram o espírito de “animação de rua”, que promove a interacção entre artistas e público, e que de certa forma andava arredado do Andanças.

ANIMAÇÃO DE RUA

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De volta à decoração, esta não se esgota na iluminação nocturna do arvoredo, mas vê-se em detalhes como os bebedouros ou as placas de orientação. Depois, o facto de os artesãos e respectivas bancas estarem dentro do recinto (ao contrário do que acontecia em Carvalhais), acrescenta novas cores, texturas e aromas ao festival.

DECORAÇÃO

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Destaco ainda duas “características” que permanecem e tornam o Andanças único: a caneca (cada um tem a sua e anda com a mesma durante todo o festival) e o respeito pelo outro (e pelo ambiente), virtude que parece impregnar todos os que por ali andam.

Em jeito de resumo, recordo as palavras do Paulo Pereira, mentor do Andanças, num artigo que escreveu em 2004 sobre o festival: “Desde o início que o Andanças é um projecto que não se limita a uma produção cultural; pelo contrário, a necessidade de organizar e produzir o festival tem como motivação a divulgação da dança e, mais abrangentemente, de todas as formas de cultura participativa; pretende com isso ser uma ilha alternativa onde não existe televisão, comércio ou cultos, tendo como apelativo a descoberta do outro, a interactividade, a aprendizagem, o prazer de sentir em grupo a música, a dança, o teatro ou a descoberta da Montanha”.

BAILES

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