É impossível ficar indiferente a este conjunto de sete estátuas de bronze (seis figuras humanas e um cão). Elas causam uma impressão profunda. Assombram-nos. O sofrimento e o desespero que transmitem abrem uma janela para o período mais dramático da história irlandesa, 1845–1849, que ficou conhecido como a Grande Fome.

 

 

O escultor Leopoldo de Almeida (1898‒1975) tem várias obras bastante conhecidas em Lisboa, entre as quais se destacam as enormes figuras que adornam os lados do Padrão dos Descobrimentos, a estátua equestre de D. João I, na Praça da Figueira, e o monumento a Calouste Gulbenkian. A sua "Menina Calçando a Meia", obra de 1966 que é peça central da Estufa Fria de Lisboa, é igualmente merecedora de admiração. Dizem que a Menina é feita de mármore, mas é difícil acreditar que aquelas mãos que puxam a meia não sejam de carne e osso.

Emigrei por não ter trabalho em Portugal. Como eu, centenas de milhares de portugueses também o fizeram nos últimos 5 anos. Em 2009 escrevi um artigo sobre a Liberdade a propósito do 25 de Abril. Recolhi testemunhos de gente de todas as idades. Manuel Costa, 81 anos, pescador, disse-me: "A liberdade para mim foi o trabalho. Agora tenho menos, porque a idade já não deixa trabalhar tanto. Mas já temos a liberdade de não se puxar a rede ao cinto - agora são os tractores que o fazem."

É à noite que se destaca o jogo de águas que circunda a estátua de Neptuno no Largo Dona Estefânia, em Lisboa. A figura do Deus do Mar começou por adornar o Largo do Chiado, em 1771, passando mais tarde para a Praça do Chile.

Largo Dona Estefânia, Lisboa