É feiinho, e inconsistente: quase que parece que não existem dois indivíduos iguais. Pertence à espécie Cairina moschata e tem vários nomes-comuns: pato-mudo, pato-crioulo, pato-argentino, pato-selvagem, pato-do-mato...
É um frequentador habitual de parques e ribeiras. Em Odivelas, por exemplo, encontram-se alguns espécimes na ribeira do jardim Rio da Costa, provavelmente provenientes de um dos quintais adjacentes.
Não encontrará o pato-mudo nos guias de aves mais conhecidos, dado que se trata de uma espécie exótica e domesticada. Este bicho, oriundo da América Latina, já era domesticado muito antes da chegada dos europeus ao Novo Mundo, e é o ancestral dos patos domésticos desse continente.
Diz que a carne é mais saborosa e macia do que a dos outros patos domésticos: os descendentes do nosso pato-real (Anas platyrhyncos). Outra vantagem desta espécie é, tal como o nome indica, o silêncio: o pato-mudo raramente grasna (só em situações de grande stress), pelo que é um vizinho bem mais atencioso.
Tantos séculos de domesticação explicam a inconsistência do aspecto do pato-mudo: verrugas vermelhas em torno dos olhos de dimensões variáveis; plumagens que variam entre o quase todo preto e o branco (a variedade branca foi seleccionada por ter uma carne visualmente mais apelativa).
Os machos medem cerca de 86 cm e pesam entre 4,5 e 6,8 kg. As fêmeas são mais pequenas: 64 cm e entre 2,7 e 3,6 kg.
Os 3 patos nestas fotografias andavam a passear na Lagoa Azul, em Sintra.