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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

22
Fev20

Periquito-de-colar versão AZUL

Arca de Darwin

Ao longo dos últimos 40 anos o periquito-de-colar (Psittacula krameri) tornou-se uma espécie comum nos parques e jardins de Lisboa e os alfacinhas já se habituaram à presença desta barulhenta espécie exótica de plumagem verde e bico vermelho.

Aqui na Arca também já falámos do periquitão-de-cabeça-azul (Aratinga acuticaudata), outra espécie exótica que também vive em liberdade em Lisboa, e que também o corpo verde, mas é ligeiramente mais pequeno e tem a cabeça azul. Anteontem, quando estava perto da janela da sala, fui surpreendido pelo chamamento estridente típico do periquito-de-colar.

Eles costumam passar por aqui a voar, mas o mais perto que os vi pousar foi a algumas dezenas de metro, num eucalipto. Desta vez, o som indicava que o animal estava muito próximo. De facto, estava mesmo ao lado na janela do vizinho, pousado na caixa do estore. Para minha surpresa, o bicho era igual a um periquito-de-colar, mas era azul.

Pelo que entretanto li, há várias mutações que ocorrem no Psittacula krameri (veja-as aqui) e que produzem uma gama muito variada de cores, surgindo indivíduos azuis, mas também completamente amarelos e até albinos. (Este indivíduo tem uma anilha e talvez tenha fugido de uma gaiola.)

 

04
Dez19

Bico-de-lacre ("Estrilda astrild") no Parque das Nações

Arca de Darwin

O bico-de-lacre (Estrilda astrild) é a ave exótica naturalizada mais abundante em Portugal. A sua introdução no país remonta a 1964, quando exemplares da espécie que é originária de África foram libertados em Oeiras, Óbidos e Vila Franca de Xira.

Apesar do tamanho diminuto (mede apenas 11 cm), este pássaro é fácil de observar pois forma bandos com algumas dezenas de indivíduos. O característico bico vermelho e a máscara da mesma cor sobressaem entre as cores pardas das ervas e dos caniços.

Os primeiros bandos que vi foi na Ria Formosa, na longínqua década de 90, e de então para cá encontrei-os em locais como a Lagoa da Estacada (Sesimbra), as Salinas do Samouco ou o Parque do Tejo (Parque das Nações/Lisboa). Em Portugal, a espécie, tanto quanto sei, só não ocorre em algumas zonas da Beira Alta e de Trás-os-Montes.

Tem duas posturas por ano: Fevereiro a Julho e Setembro a Novembro. Geralmente põe 4 a 6 ovos e o período de incubação é de 10 a 12 dias.

 

25
Jul19

Ganso-de-magalhães ("Chloephaga picta") no Parque da Paz, Almada

Arca de Darwin

A Estação de Biodiversidade (EBIO) do Parque da Paz, Almada, foi inaugurada este ano, em Abril. Entre as muitas espécies de aves que habitam o lago do parque há uma que se destaca pela sua raridade. Na verdade, é uma espécie exótica que em Portugal, tanto quanto sei, existe apenas no Parque da Paz. Trata-se do ganso-de-magalhães (Chloephaga picta), anseriforme oriundo do Chile e da Argentina.

Certo é que a espécie dá-se bem com os ares de Almada onde assentou arraiais há pelo menos 10 anos, e onde se tem reproduzido.

O dimorfismo sexual é evidente: os machos são brancos e pretos; as fêmeas são castanhas e pretas.

 

Mede entre 60 e 72 cm e pesa entre 2,7 e 3,2 kg.

 

16
Mar19

Planta com pescoço de cisne ("Agave attenuata")

Arca de Darwin

Nos últimos tempos tenho encontrado a espécie Agave attenuata em lugares diferentes — é difícil não reparar na disposição geométrica das suas enormes folhas suculentas verdes acinzentadas. Esta espécie exótica é originária do México, e é muito usada em jardins.

O nome attenuata deve-o ao facto de ser menos espinhosa que a Agave americana, ou seja, é mais "atenuada". Já os nomes comuns — os portugueses agave-dragão, tromba-de-elefante, agave-pescoço-de-cisne; e os ingleses cauda-de-leão e cauda-de-raposa — parecem fazer menos sentido, até que a planta entra no período de floração. As fotos seguintes tiradas em alturas diferentes são do mesmo espécime, que vive na aldeia de Fontelas, Loures.

A inflorescência (parte da planta onde estão as flores) da agave-pescoço-de-cisne geralmente é curva (como as duas destas fotografias) e pode atingir 3 metros de altura.

10
Dez18

O exótico pato-mudo ("Cairina moschata")

Arca de Darwin

É feiinho, e inconsistente: quase que parece que não existem dois indivíduos iguais. Pertence à espécie Cairina moschata e tem vários nomes-comuns: pato-mudo, pato-crioulo, pato-argentino, pato-selvagem, pato-do-mato...

É um frequentador habitual de parques e ribeiras. Em Odivelas, por exemplo, encontram-se alguns espécimes na ribeira do jardim Rio da Costa, provavelmente provenientes de um dos quintais adjacentes.

Não encontrará o pato-mudo nos guias de aves mais conhecidos, dado que se trata de uma espécie exótica e domesticada. Este bicho, oriundo da América Latina, já era domesticado muito antes da chegada dos europeus ao Novo Mundo, e é o ancestral dos patos domésticos desse continente.

Diz que a carne é mais saborosa e macia do que a dos outros patos domésticos: os descendentes do nosso pato-real (Anas platyrhyncos). Outra vantagem desta espécie é, tal como o nome indica, o silêncio: o pato-mudo raramente grasna (só em situações de grande stress), pelo que é um vizinho bem mais atencioso.

Tantos séculos de domesticação explicam a inconsistência do aspecto do pato-mudo: verrugas vermelhas em torno dos olhos de dimensões variáveis; plumagens que variam entre o quase todo preto e o branco (a variedade branca foi seleccionada por ter uma carne visualmente mais apelativa).

Os machos medem cerca de 86 cm e pesam entre 4,5 e 6,8 kg. As fêmeas são mais pequenas: 64 cm e entre 2,7 e 3,6 kg.

Os 3 patos nestas fotografias andavam a passear na Lagoa Azul, em Sintra.

18
Jun15

O escaravelho-vermelho e as palmeiras decepadas

Arca de Darwin

Aterrou na minha varanda, mas não me lembrava da sua cara trombuda. Espreitei um guia de insectos da Europa e... nada. Finalmente, lá o descobri, numa página do Flickr dedicada a insectos. Dá pelo nome de escaravelho-vermelho, Rhynchophorus ferrugineus, é originário da Ásia, mas já existe em África e na Europa. E é o responsável pelo cenário desolador das palmeiras que se encontram decepadas de Norte a Sul do país e na Madeira.

escaravelho palmeira 1

Entrou pelo Algarve, há cerca de oito anos, e de então para espalhou-se pelo resto do território. Só em Lisboa já levou ao abate de mais de 500 palmeiras.

escaravelho palmeira 2

Mede entre 3 cm e 4,5 cm. É a larva que destrói as árvores devido aos túneis que cava no tronco.

escaravelho palmeira 3

A fêmea põe cerca de 200 ovos. Cada palmeira, mesmo que não apresenta sintomas de doença, pode albergar entre 1500 e 2000 casulos. O tratamento custa cerca de 500€ por ano.

escaravelho palmeira 4

09
Jun15

Borboleta da sardinheira - uma espécie "nova" em Portugal

Arca de Darwin

Existe em Portugal há mais ou menos 15 anos. Originária da África do Sul, a exótica borboleta-do-gerânio (ou borboleta-da-sardinheira) - Cacyreus marshalli - terá entrado na Europa em 1990, à boleia de um carregamento de gerânios com destino a Espanha.

borboleta geranio 1

Entretanto já estendeu a sua área de distribuição a outros países da Europa, como Grécia, França, Alemanha e Reino Unido. A este último terá chegado em 1997, mais uma vez à boleia de um carregamento de gerânios, mas desta vez oriundo de Portugal ou de Espanha.

borboleta geranio 2

É uma borboleta pequenita: os machos medem entre 15mm e 23mm e as fêmeas, ligeiramente maiores, entre 18mm e 27mm de envergadura. A parte superior das asas é castanha-escura.

borboleta geranio 3

18
Set14

A Rola que ri

Arca de Darwin

A rola-do-Senegal (Streptopelia senegalensis) - encontra-a no Guia de Aves da FAPAS - já foi avistada em Portugal (duas vezes até 2009), mas provavelmente tratavam-se de animais domésticos que fugiram (ou foram libertados) do cativeiro. Assim, pertence à Categoria D, ou seja, espécies cuja observação foi confirmada pelo Comité Português de Raridades, mas duvida-se da sua origem "selvagem".

laughing dove 1

Em Perth, Austrália, a história repete-se: trata-se de mais uma espécie exótica, libertada pelo zoo local em 1898.

laughing dove 2

O nome comum, Rola-que-ri (Laughing Dove), deve-o ao canto arrastado que lembra uma gargalhada. Já o nome científico revela o país de origem do exemplar usado para descrever a espécie pela primeira vez. De facto, é oriunda da África subsariana e a sua área de distribuição estende-se até à Índia.

laughing dove 3

Identifica-se pelo "colar" castanho com pintas pretas, cor rosada no peito e na cabeça, e banda azulada nas asas.

laughing dove 4

Mede 25 centímetros e alimenta-se de grãos e sementes que encontra no solo.

laughing dove 5

27
Fev14

Obviamente Alentejo!

Arca de Darwin

Ainda sou do tempo da moda de criar avestruzes em Portugal, negócio que prometia ser autêntica galinha dos ovos de ouro. Sim, porque no bicho tudo se aproveitava:carne, penas e ovos que alimentavam famílias inteiras. Os bifes não eram maus -um bocado rijinhos -, mas, pelo que vejo, lá foram desaparecendo dasprateleiras dos supermercados. Certo é que a imagem de uma avestruz a"galopar" livre num qualquer montado alentejano era, e é,desconcertante.avestruz 1 avestruz 2 avestruz 3 avestruz 4 avestruz 5

 

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