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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

13
Mar20

Bolhas de Sabão

Arca de Darwin

Há cerca de uma semana, um homem animava o Terreiro do Paço, em Lisboa, com as suas bolhas de sabão. Estas efémeras bolas voadoras são igualmente fascinantes para crianças e adultos. A diferença é que os segundos, geralmente, não desatam a correr atrás delas.

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Dois vultos enormes  da cultura mundial também sucumbiram ao encanto das bolhas de sabão. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche e Alberto Caeiro, um dos heterónimos de Fernando Pessoa. Caeiro é o poeta da natureza e das sensações. É simples, objectivo e ingénuo.

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E eu, que estou bem com a vida, creio que aqueles que mais entendem de felicidade são as borboletas e as bolhas de sabão, e o que se lhes assemelhe entre os homens. Ver girar essas pequenas almas leves, loucas, graciosas e que se movem é o que, de mim, arranca lágrimas e canções.

Friedrich Nietzsche (1883‒1885), em Assim Falou Zaratustra

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As bolas de sabão que esta criança

Se entretém a largar de uma palhinha

São translucidamente uma filosofia toda.

Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,

 

Amigas dos olhos como as coisas,

São aquilo que são

Com uma precisão redondinha e aérea,

E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,

Pretende que elas são mais do que parecem ser.

 

Algumas mal se vêem no ar lúcido.

São como a brisa que passa e mal toca nas flores

E que só sabemos que passa

Porque qualquer coisa se aligeira em nós

E aceita tudo mais nitidamente.

Alberto Caeiro (1914), em O Guardador de Rebanhos — Poema XXV

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26
Mai19

Dias do Desassossego

Arca de Darwin

Ainda faltam alguns meses para a iniciativa Dias do Desassossego que, organizada pela Casa Fernando Pessoa e pela Fundação José Saramago, decorre entre 16 e 30 de Novembro (respectivamente, dia de nascimento de Saramago e dia da morte de Pessoa). Naturalmente a programação tem a leitura e os efeitos desta como ponto forte. Hoje passei por duas peças de arte urbana que ficaram de edições anteriores e que surgiram em colaboração com a GAU (Galeria de Arte Urbana).

A primeira, de Tamara Alves, é de 2017, fica junto ao Mercado da Ribeira, e está já um pouco vandalizada. Não obstante, continua a ser uma das peças mais bonitas da cidade (espreite a peça quando estava "nova", aqui).

A inspiração veio das palavras de Saramago: «Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu fizeram-no de carne, e sangra todo o dia» (em A Segunda Vida de Francisco de Assis).

Um ano antes, em 2016, André da Loba pintava uma empena na R. de São Bento. No site da GAU encontramos a descrição que o próprio autor fez da peça: «O Desassossego é, em Pessoa, a deslocação do Eu, o frenesim da mente. Em Saramago é antes a deslocação do Tu, a provocação moral e política. Nesta parede representa-se uma tempestade emocional, em que os dois agentes podem ser a mesma pessoa, ao espelho, ou o Outro, em interacção. Está prestes a chover...»

07
Fev19

Lisboa, entre colinas e vielas

Arca de Darwin

Encontrei algumas fotos que tirei há uns poucos anos enquanto caminhava algures entre a R. da Escola Politécnica e o Bairro Alto. Nelas salta à vista o mosaico colorido de Lisboa. Sobre Cor de Lisboa há aqui na Arca um texto que vale a pena ler. Entretanto, aqui ficam as ditas fotos."Lisboa com suas casas De várias cores, Lisboa com suas casas De várias cores, Lisboa com suas casas De várias cores… À força de diferente, isto é monótono. Como à força de sentir, fico só a pensar. (...)"

Lisboa com as suas casas de várias cores, de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

05
Mai18

Amadora: a arte saiu à rua

Arca de Darwin

Junto à estação de metro Amadora-Este, pintados pelo artista Odeith, encontram-se 4 "gigantes" da cultura portuguesa: Zeca Afonso, Amália e Carlos Paredes (2016), e Fernando Pessoa (2017). Paredes parece tocar para Amália, enquanto Zeca observa sentado, e Pessoa caminha ao fundo, sozinho. As quatro peças inserem-se na iniciativa "Conversas na rua", da Câmara Municipal da Amadora, que procura combater o "estigma" associado à cidade.

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