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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

20
Nov12

Rota do Almonda - "a Natureza a seus pés"

Arca de Darwin

Sabia que se as burras ficarem mais de um ou dois anos sem engravidar deixam de conseguir fazê-lo? E que a fértil terra avermelhada da Serra de Aire e Candeeiros resulta do calcário que não foi completamente dissolvido? E sabia que nesta serra há dois rebanhos de cabras que trabalham em prol da conservação da natureza?Estas foram algumas das curiosidades reveladas no passeio que encerrou o Festival do Almonda, que decorreu entre 15 e 18 de Novembro.

 A pé ou de burro, mais de 50 participantes de todo o país calcorrearam a serra à descoberta do vasto património natural da região, guiados pelo biólogo Paulo Pereira, do projecto Rota do Almonda, e por Alexandrina Pita, do projecto Habitats Conservation - Conservação de Habitats Naturais e Semi-naturais na Serra de Aire e Candeeiros, da Quercus.  O Festival foi organizado pela Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte (ADIRN), no âmbito do projecto internacional AARC (Atlantic Aquatic Resource Conservation), em colaboração com a Quercus e com o Município de Torres Novas. Tanto o projecto da ADIRN como o da Quercus têm por objectivo a conservação e divulgação do património natural da Serra de Aire e Candeeiros, a par do desenvolvimento social e económico.

Na Primavera há mais, mas não precisa de esperar até lá: A Rota do Almonda conta já com seis painéis interpretativos que lhe indicam o que pode ver ao longo de um percurso de 30 km, entre o Paul do Boquilobo e a Serra de Aire e Candeeiros.

"90% da bacia hidrográfica do Almonda coincide com o município de Torres Novas, o que facilita a gestão e implementação de medidas de conservação", diz Paulo Pereira

Além da Rota, e entre outras acções, o AARC prevê a valorização ambiental do Paul do Boquilobo, aumentando a comunidade de avifauna, e a despoluição do rio Almonda que, a partir de Torres Novas, recebe efluentes domésticos, industriais e agrícolas acima da sua capacidade de suporte.

Além de fomentarem a economia serrana, as cabras, ao consumirem matos baixos, ajudam a prevenir incêndios e abrem clareiras, que são fundamentais para várias espécies protegidas de plantas

Para já, seguem-se alguns “retratos” do passeio de dia 18, que começou na Serra de Aire, e terminou com um opíparo magusto popular (castanhas, enchidos, queijos, frutos secos, pão, vinho novo, sumos e abafado) no Centro de Interpretação Subterrâneo das Grutas do Almonda. Na verdade, não terminou com o magusto. Houve ainda que “convencer” os cinco burros da Derrainhas e entrar para a carrinha...

Nas beiras dos caminhos encontram-se várias espécies de cogumelos, mas também espargos e enorme variedade de plantas aromáticas - orégãos, tomilho, rosmaninho...

As manas

Onde está o Wally? (Mantis religiosa)

Roselha (Cistus crispus)

Pastagem melhorada. No Verão escasseia alimento nutritivo para as cabras. Por isso a Quercus plantou luzerna, planta que rebentará durante 7 anos sem necessitar de nova sementeira.

Magusto

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