Cromos repetidos (#4): GALEIRÃO - cidadão do mundo
O galeirão (Fulica atra) já apareceu em alguns posts da Arca, mas nunca foi formalmente apresentado. Se já o viu - o que não é difícil, pois é uma ave bastante comum - por certo lembra-se das duas características que o tornam inconfundível: plumagem preta e bico e escudo frontal brancos.
No Inverno juntam-se em bandos numerosos, num qualquer lago, estuário ou albufeira. As três imagens seguintes são do estuário do Tejo, em Alcochete, local onde vi a maior aglomeração de galeirões.
Durante a época de reprodução tornam-se bastante agressivos e tanto o macho como a fêmea defendem o seu território.
Na Austrália chamam-lhe Eurasian Coot, mas o nome não faz jus à adaptabilidade desta espécie, que existe em grande parte da Europa e também da Ásia, na Austrália e no Norte de África.
A dieta omnívora explica parte desta plasticidade. De facto, o galeirão alimenta-se tanto em terra como na água (à superfície ou debaixo dela), consumindo algas, ervas, sementes, frutos e até ovos de outras aves.
O escudo branco e luzidio originou a expressão "bald as a coot" (careca como um galeirão), usada pelos britânicos pelo menos desde 1430.
Mede 38 centímetros de comprimento.