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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

07
Dez21

Natureza ilustrada junto à ponte do Pragal

Arca de Darwin

Os muros junto às paragens de autocarro à entrada da ponte 25 de Abril, em Almada, estão decorados com ilustrações de fauna presente na região. O autor dos murais é o artista Tiago Hacke, que já conhecemos devido ao seu trabalho no trilho da Ribeira das Vinhas, em Cascais.

tiago_hacke 1.jpg

 

 

 

 

12
Jun20

Natureza ilustrada no Trilho da Ribeira das Vinhas, em Cascais

Arca de Darwin

O trilho da Ribeira das Vinhas fica por trás do Mercado da Vila, em Cascais. Recuperado o ano passado, permite passear a pé ou de bicicleta ao longo de 3 quilómetros que atravessam zonas de pinhal, matos e hortas. Mas o que torna único este percurso são as dezenas de pinturas da autoria do artista Tiago Hacke — realizadas em pedras ou em caixas de visita do saneamento pluvial —, que retratam espécies animais existentes no concelho, algumas das quais podem ser observadas ao longo do trilho. Todas as fotos que se seguem foram tiradas no trilho.

Melro-preto (Turdus merula)

trilho das vinhas-59.jpg

Coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus)

trilho das vinhas-6.jpg

trilho das vinhas-1-2.jpg

 

 

 

 

26
Jul19

Poupa ("Upupa epops") — Parque da Paz, Almada

Arca de Darwin

A poupa (Upupa epops) é uma das aves mais bonitas da nossa fauna. E é inconfundível, com asas pretas e brancas, pescoço e cabeça alaranjada (mais pálidos nas fêmeas), e uma poupa que abre em leque (ainda não foi desta que consegui fotografar um espécime com a poupa aberta). No Parque da Paz, em Almada, é fácil observá-la.

Outra característica distintiva é o seu canto: um rápido pu pu pu, repetido várias vezes.

A poupa alimenta-se de insectos e de larvas que captura no solo com o seu enorme bico curvo.

O bico forte é uma das características da ordem a que pertence — os coraciiformes — e que contém mais três espécies também elas muito bonitas: abelharuco, rolieiro, guarda-rios. Além do bico, a ordem também é caracterizada pelas cores vivas e pelos pés sindáctilos (dedos total ou parcialmente unidos). De resto, as 4 espécies são muito diferentes e cada uma tem a sua própria família e ecologia: por exemplo, o guarda-rios alimenta-se de peixe, o rolieiro caça insectos e répteis, o aberalhuco come... abelhas.

Existe em todo o país.

Mede cerca de 27 centímetros.

07
Jan13

Kokaburra: o maior guarda-rios

Arca de Darwin
Duas curiosidades a propósito do post sobre o guarda-rios. A primeira é que “guarda-rios” foi uma profissão, entre o século XVIII e o século XX. Como o nome indica, visava a guarda e protecção dos cursos de água. “Tocava-lhes a tudo: desde a fiscalização da extracção clandestina das areias dos rios (que fez por aí a fortuna da alguns...), a questão da pesca clandestina, cortes de árvores, situações de despejos/poluição, etc., o que lhes trazia muitos dissabores, pois muitas vezes ou topavam com pessoas conhecidas, outras com tipos agressivos, enfim, um rol de problemas que estes homens tinham de resolver como podiam e que tinham que apresentar resultados aos seus chefes”, lê-se aqui.

A segunda é que há várias espécies de guarda-rios, pertencentes a 17 géneros agrupados na família Alcedinidae. De todas elas a maior é a kokaburra (Dacelo novaeguineae), com cerca de 40 centímetros de comprimento, originária da Austrália e da Nova Guiné. O maior porte permite-lhe caçar pequenos mamíferos e aves juvenis, além dos insectos, peixes e anfíbios que também entram na dieta do nosso guarda-rios. A kokaburra é uma das atracções da actividade de sensibilização ambiental “Bosque Encantado – aves em voo livre”, que acontece todos os dias no Jardim Zoológico de Lisboa. Os animadores convidam um dos espectadores a participar, segurando, de braço estendido, num pequeno peixe. A kokaburra demonstra a sua perícia rapinando o alimento da mão em pleno voo.

04
Jan13

Guarda-rios: o pescador

Arca de Darwin
Quase que passava despercebido, mas o mergulho na água e rápida saída para um ramo muito próximo de onde saíra, a cerca de dois metros da superfície da água, denunciou-o. O guarda-rios (Alcedo atthis) é pouco maior do que um pardal – mede 17 centímetros –, mas tem uma silhueta inconfundível, com o corpo atarracado, patas e cauda curtas e bico comprido, desenhado para pescar pequenos peixes, insectos aquáticos e girinos.

 

É uma das aves com colorido mais exuberante da nossa fauna: a cabeça e o dorso são azul e verde brilhantes, e o ventre é laranja.

 

Habita zonas húmidas (estuários, lagoas costeiras, barragens, açudes...) de norte a sul do país, e também alguns parques urbanos com lagos de média e grande dimensão, como o indivíduo nas fotos, que caçava num dos lagos do Parque das Conchas, em Lisboa.