Duas curiosidades a propósito do post sobre o
guarda-rios. A primeira é que “guarda-rios” foi uma profissão, entre o século XVIII e o século XX. Como o nome indica, visava a guarda e protecção dos cursos de água. “Tocava-lhes a tudo: desde a fiscalização da extracção clandestina das areias dos rios (que fez por aí a fortuna da alguns...), a questão da pesca clandestina, cortes de árvores, situações de despejos/poluição, etc., o que lhes trazia muitos dissabores, pois muitas vezes ou topavam com pessoas conhecidas, outras com tipos agressivos, enfim, um rol de problemas que estes homens tinham de resolver como podiam e que tinham que apresentar resultados aos seus chefes”, lê-se
aqui.
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A segunda é que há várias espécies de guarda-rios, pertencentes a 17 géneros agrupados na família Alcedinidae. De todas elas a maior é a kokaburra (Dacelo novaeguineae), com cerca de 40 centímetros de comprimento, originária da Austrália e da Nova Guiné. O maior porte permite-lhe caçar pequenos mamíferos e aves juvenis, além dos insectos, peixes e anfíbios que também entram na dieta do nosso guarda-rios. A kokaburra é uma das atracções da actividade de sensibilização ambiental “Bosque Encantado – aves em voo livre”, que acontece todos os dias no Jardim Zoológico de Lisboa. Os animadores convidam um dos espectadores a participar, segurando, de braço estendido, num pequeno peixe. A kokaburra demonstra a sua perícia rapinando o alimento da mão em pleno voo.
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