Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

15
Nov14

Heirisson Island: a ilha dos cangurus

Arca de Darwin

Do centro de Perth, Austrália, até à Heirisson Island são pouco mais do que de 10 minutos a pé. Situada no rio Swan, a principal atracção desta ilha, com tamanho equivalente a 70 campos de futebol, é a população de cangurus-cinzentos (Macropus fuliginosus) que, desde 1998, ocupa metade da área. Mas há outras.

heirisson island perth 1 (1024x683) (2)

Começo pelos cangurus. Ali, naquela reserva com vista para os arranha-céus de Perth, os cangurus estão tão acostumados à presença humana que deixam que as pessoas se aproximem e lhes façam festas.

heirisson island perth-55 (1024x683) heirisson island perth 4 (1024x633) heirisson island perth 3 (1024x683) heirisson island perth 2 (1024x682)

Poder estar tão perto destes imponentes animais é óptima oportunidade para observar algumas das suas características físicas, como os enormes dentes e garras, e desfrutar do seu aspecto e carácter pachorrento.

heirisson island perth 5 (1024x699) heirisson island perth 7 (1024x655) heirisson island perth a 10 (1024x683) heirisson island perth a 14 (1024x683) heirisson island perth a 15 (1024x683) heirisson island perth a 17 (1024x682)

Outro ponto de interesse é a estátua de Yagan, guerreiro aborígene da tribo Noongar - a qual ocupava a região de Perth - e resistente à ocupação britânica.

heirisson island perth b 28 (1024x683)

O que sucedeu com o corpo de Yagan após a sua morte, em 1833, é mais um exemplo da trágica relação entre britânicos e aborígenes. O Governo britânico ofereceu uma recompensa pela captura de Yagan, morto ou vivo. Morto a tiro, cortaram-lhe a cabeça para servir de prova da captura. Mais tarde a  cabeça seguiu para Londres onde foi exibida como curiosidade antropológica. Ficou então mais de 100 anos na cave de um museu em Liverpool, sendo enterrada em 1964. Em 1997, e depois de exumada, entregaram-na aos Noongar que, em 2010, finalmente a enterraram em terrenos da City of Swan.

heirisson island perth b 29 (1024x683)

De volta à ilha. A grande maioria dos animais selvagens australianos que têm passado aqui pela Arca foram fotografados na cidade de Perth. Assim, não é de estranhar que muitos deles também existam na ilha de Heirisson.

heirisson island perth b 21 (682x1024) heirisson island perth b 22 (682x1024) heirisson island perth b 23 (1024x662) heirisson island perth b 24 (1024x681) heirisson island perth b 25 (1024x723)

Outro aspecto interessante é encontrar os característicos tons e texturas do "australian bush" e das plantas que o compõem.

heirisson island 1 heirisson island 2 heirisson island 3 heirisson island 4 heirisson island 5 heirisson island 6 heirisson island 7

E, claro, há a vista para o rio Swan e para os arranha-céus de Perth.

heirisson island cbd view 1 heirisson island cbd view 2 heirisson island cbd view 3 heirisson island cbd view 4 heirisson island perth a 12 (1024x726)

12
Jun14

Patinhos pára-quedistas ("Chenonetta jubata")

Arca de Darwin

O aspecto do pato-de-madeira-australiano (Australian Wood Duck) é uma estranha mistura de pato com ganso. Certo é que esta elegante criatura que pertence à espécie Chenonetta jubata tem um género só para ela.

chenonetta jubata 1 (800x533)

A maneira mais fácil de distinguir machos e fêmeas é através da cabeça: a deles é castanha-escura; a delas tem duas riscas brancas a emoldurar o olho.

chenonetta jubata 2 (800x533) chenonetta jubata 3 (800x533) chenonetta jubata 4 (533x800) chenonetta jubata 5 (533x800) chenonetta jubata 6 (800x533)

É em terra que encontram o alimento preferido: a erva.

chenonetta jubata 7 (800x533) chenonetta jubata 8 (800x533) chenonetta jubata 9 (800x533)

A crescente área urbanizada e a predilecção dos australianos por grandes espaços abertos e relvados, beneficia as populações de C. jubata.

chenonetta jubata a 10 chenonetta jubata a 11 chenonetta jubata a 12

O casal constrói o ninho num buraco no tronco de uma árvore, a uma altura de 5 a 15 metros. Quando as crias eclodem, os "lunáticos" progenitores incitam-nas a saltarem para o solo. E elas saltam, batendo as rudimentares asas e, tal como o passarinho da canção, caem no chão (talvez chorem, talvez não), e logo se dirigem para o corpo de água mais próximo.

chenonetta jubata a 13 chenonetta jubata a 14 chenonetta jubata a 15 chenonetta jubata a 16 chenonetta jubata a 17