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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

22
Ago19

"Out Jazz" na Ribeira das Naus

Arca de Darwin

No domingo passado, ao final da tarde, fui até à Ribeira das Naus para espreitar o Out Jazz, que prometia música das 17 horas até ao pôr-do-sol. Cheguei pouco depois das 18 horas. Se houve jazz, tinha acabado. Agora havia um DJ e música electrónica. Optei por passear por ali e tirar umas fotos.

 

02
Nov18

Nos tempos em que não existia a palavra AZUL

Arca de Darwin

Na linguagem, primeiro surgem as palavras para designar o preto e o branco, depois o vermelho e finalmente o amarelo e o verde. A palavra "azul" vem depois. E até que haja uma distinção entre "azul" e "verde" não surgirão termos para designar o violeta, o castanho, o cor-de-rosa, o cor-de-laranja e o cinzento. Isto aconteceu com as línguas que nos são mais familiares, mas ainda acontece com algumas menos familiares. Por exemplo, em japonês, tailandês e coreano a mesma palavra designa a cor verde e a cor azul. Em vietnamita, a palavra xanh é igualmente usada para descrever a cor das folhas e a cor do céu. Já os russos têm palavras distintas para "azul claro" e "azul escuro", mas não para "azul".

No romance A Sociedade dos Sonhadores Involuntários, José Eduardo Agualusa descreve o resultado da ausência de "azul" na pintura e na literatura: "Os antigos gregos, como os chineses ou os hebreus, não tinham uma palavra destinada a designar a cor azul. Para todos eles o mar era verde, acastanhado ou cor de vinho. Eventualmente, negro. Na pintura ocidental o mar só começou a ser representado a azul no século XV. Também o céu não era azul. Poetas descreviam-no como rosado, ao amanhecer; incendiado, ao lusco-fusco; leitoso, nas melancólicas manhãs de inverno."

Todo este conhecimento chegou até nós graças à obsessão de William Gladstone (1809-1898), primeiro-ministro britânico, pelo poeta grego Homero (séc. IX a.C. – séc. XVIII a.C.), autor de Íliada e de Odisseia. Em 1858, Gladstone começou por notar as estranhas descrições de Homero na Odisseia: o mar era cor de vinho, o mel era verde, as ovelhas eram violeta!

Gladstone mergulhou no poema e encontrou quase 200 referências ao preto, cerca de 100 ao branco, menos de 15 ao vermelho e ainda menos ao amarelo e ao verde. Azul? Nada. Tal como não aprecia em outros textos da Grécia Antiga.

O filósofo alemão Lazarus Geiger (1829-1870) prosseguiu o trabalho de Gladstone e concluiu que a palavra "azul" também não existia em textos de outras culturas antigas, como nas sagas islandêsas ou contos chineses.

O surgimento tardio na linguagem da palavra para designar a cor azul está relacionado com a escassez de "azul" na Natureza. "Escassez" de pigmentos, claro, porque entre o céu e o mar há uma imensidão de azul.

É importante relembrar a resposta à famosa pergunta: Porque é que o céu é azul? A luz "branca" do Sol é a soma de várias cores. Quando entra na atmosfera, a luz vermelha, que tem o maior comprimento de onda (620 a 750 nanómetros) visível, passa incólume entre os átomos de oxigénio e azoto. Os comprimentos de onda menores – azul (450–495 nm) e violeta (380–450 nm) – chocam com os átomos de oxigénio e de azoto e espalham-se pela atmosfera, originando a cor azul do céu. A este fenómeno chama-se Dispersão de Rayleigh. E porque é que o céu não é violeta? Por causa dos cones que temos nos olhos, que são mais sensíveis ao azul do que ao violeta.

Ora, entre os animais, a cor azul resulta de engenharia, e não de pigmentos, e também é explicada pela Dispersão de Rayleigh, tal como a cor azul dos olhos dos humanos. (Este vídeo explica as diferentes arquitecturas que permitem a cor azul, e refere o único animal capaz de produzir um pigmento azul: a borboleta Nessaea obrinus.) Já as plantas, para obter a rara cor azul, usam um pigmento vermelho e executam umas habilidades que envolvem alterações de pH.

Assim, com tão pouco azul para admirar na Natureza e aparentemente sem fontes de pigmentos, não é de estranhar que a palavra "azul" tarde em aparecer na linguagem. Na verdade, parece que a palavra "azul" só surge quando uma sociedade é capaz de produzir o pigmento equivalente. Daí que a única cultura antiga onde é mencionada a palavra "azul" seja a Egípcia, que em 2500 a.C. produziu o primeiro pigmento sintético da História: o Azul Egípcio, também conhecido por silicato de cobre e cálcio.

O lápis-lazúli, que no século XIV a.C. foi usado para adornar a máscara fúnebre de Tutancámon, há muito que era minerado no Afeganistão. Esta rocha semi-preciosa foi muito utilizada para fazer vários tipos de adornos e, moída, originava um pigmento que serve para produzir tintas. Já agora, a nossa palavra "azul" vem do "lazúli".

Na Europa, as primeiras tintas azuis de origem vegetal foram fabricadas com a planta conhecida por pastel (Isatis tinctoria), cujas flores são amarelas. Na Ásia usaram a Indigofera tinctoria, cujas flores são cor-de-rosa ou violeta, que resultava na cor indigo (anil, 420–440 nm).

Os Romanos tinham várias palavras para diferentes tons de azul. Entre elas, caeruleus e cyaneus, que podemos encontrar nos nomes científicos de algumas das nossas aves, como o chapim-azul (Parus caeruleus), o peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus) a pega-azul (Cyanopica cyana) e o tartaranhão-azulado (Cyrcus cyaneus). Outras duas palavras tornaram-se mais comuns: azureus, que originou o nosso conhecido azure; e blavus, que originou o blue e o bleu.

À parte: Associado a este tema há vários textos na Internet onde é sugerido que não conseguiríamos ver a cor azul (ou outra qualquer cor) se não tivéssemos uma palavra para a definir. Estou convencido de que conseguiríamos. Tais textos aludem a uma suposta experiência com a tribo Himba, da Namíbia. Num conjunto de 11 quadrados verdes e um azul, teriam muita dificuldade em identificar o quadrado diferente. Num conjunto com 11 quadrados verdes e um de outro tom de verde (quase imperceptível para nós), seriam lestos a apontar o quadrado diferente. Ao contrário do que é dito, os himbas não têm muitos mais termos para definir tons de verde. Na verdade, têm apenas cinco termos para definir cores, e, sim, parecem usar a mesma palavra para verde, azul e violeta. Não encontro qualquer referência à publicação de um estudo que inclua o teste dos quadrados.

31
Out18

O que realmente significa "partilhar" ADN com outras espécies?

Arca de Darwin

De que falamos quando falamos de ADN partilhado?

Quem já olhou directamente para os olhos de um chimpanzé (Pan troglodytes) poderá não ter dificuldade em aceitar que nós, Homo sapiens, partilhamos com ele 98.8% do nosso ADN. A nossa posição relativa na árvore da vida fica ainda mais clara quando metemos ao barulho os restantes grandes símios. Também partilhamos 98.8% de ADN com os bonobos (Pan paniscus), e estas três espécies diferem 3.1% dos orangotangos (Pongo sp.), ou seja, os chimpanzés são mais "parecidos" connosco do que com os orangotangos.

Até aqui, tudo bem. Mas já é mais difícil aceitar que partilhamos 60% de ADN com uma banana! OK, tivemos um antepassado comum há 1,6 mil milhões de anos, mas isso é muito tempo... Também é comum a informação de que os humanos partilham 99.99% do ADN com os outros humanos, mas sabemos dos tempos do secundário – e das várias séries do CSI – que o máximo que partilhamos é 50%, e que isso só acontece com os nossos pais e os nossos irmãos.

É, então, claro que há "medidas" diferentes. Há quem tenha determinado que a diferença entre nós e os chimpanzés é de "apenas" 75%.

Em geral, as comparações entre espécies referem-se às porções de ADN com genes que codificam proteínas. Estima-se que tanto os humanos como os chimpanzés tenham entre 20 000 e 25 000 genes. Ora, os genes que codificam proteínas representam apenas 1 a 2% do nosso ADN! É certo que esta é a parte mais "importante", mas o restante ADN não é só "lixo" (como foi cientificamente apelidado) e tem, por exemplo, funções de regulação.

A parte codificante nos humanos conta com 3.2 mil milhões de pares de bases (aqueles quatro nucleotídeos com nomes engraçados: adenina (A), timina (T), guanina (G) e citosina (C)). No que toca à nossa partilha com os chimpanzés, apenas 2.4 mil milhões de bases estão perfeitamente alinhadas – e assim se chega ao valor de 75%.

Seja qual for a fórmula para medir a proximidade, a verdade é que partilhamos inúmeros genes com muitos outros seres do planeta. Afinal, temos todos um antepassado comum. E é graças a essa partilha que animais como o nemátodo, a mosca-da-fruta e a ratazana são tão bons modelos para estudar o Homo sapiens. E nesse contexto, os genes individuais são mais importantes do que qualquer percentagem. Por exemplo, o mesmo gene pode funcionar de maneira diferente em espécies diferentes (e até em indivíduos diferentes). Em 2015, cientistas anunciaram que teriam encontrado um único gene que explicaria a diferença de tamanho entre o nosso cérebro e o do chimpanzé (convém lembrar que temos o triplo dos neurónios no cérebro).

Mas o mesmo gene também pode ter um funcionamento semelhante. A mosca-da-fruta (Drosophila melanogaster), já "venceu" seis prémios Nobel da Medicina e Fisiologia (em 1933, 1946, 1995, 2004, 2011 e 2017). Dizem que partilhamos 60% do nosso ADN com este insecto, mas a "percentagem" que realmente interessa aos cientistas que a usam como modelo é que estima-se que cerca de 75% das doenças genéticas humanas tenham um equivalente na mosca-da-fruta – incluindo Alzheimer, síndrome de Down, diabetes, autismo e vários tipos de cancro.

Outro exemplo da importância de cada gene vem da investigação em transplantes. O tamanho dos órgãos dos porcos (com quem, dizem, partilhamos 98% do ADN) é muito semelhante aos dos humanos. No entanto, um único gene é responsável pelo insucesso dos transplantes de órgãos de porco em humanos: o "galactose-alpha-1,3,galactotransferase". Como explicou o geneticista Chris Moran à ABC, "tirando nós e os outros grandes símios, todos os mamíferos têm uma versão activa deste gene, que faz com que as células fiquem revestidas com um antigénio (uma molécula à qual o nosso sistema imunitário reage). Isto significa que se um tecido de porco for transplantado para um humano, o nosso sistema imunitário irá atacá-lo e rejeitá-lo. Para que isso não aconteça os cientistas estão a modificar a genética dos porcos, eliminando o gene galactose-alpha-1,3,galactotransferase." Certo é que os primeiros embriões híbridos porco-humano já foram criados.

26
Out18

Médicos escoceses receitam Natureza

Arca de Darwin

A notícia surgiu no início deste mês: os médicos do Serviço Nacional de Saúde de Shetland, Escócia, passaram a incorporar a Natureza no receituário para doenças como depressão, ansiedade e hipertensão arterial. O que faz todo o sentido.

Os médicos, em conjunto com uma ONG dedicada às aves (a RSPB Scotland), criaram um panfleto e um calendário online (que pode adaptar à realidade natural portuguesa) com actividades diferentes para cada mês: passear na praia e apanhar conchas; fazer uma salada de dentes-de-leão; procurar uma determinada ave; plantar uma árvore; criar uma escultura com pedras...

Inúmeros estudos mostram os efeitos benéficos para os humanos do contacto com a Natureza. Por exemplo, este, de que já falámos aqui, ou este, de 2016, que acompanhou mais de 108.630 mulheres nos Estados Unidos (pensa-se que os resultados também sejam válidos para os homens) e concluiu que as que vivem junto de zonas verdes tinham uma melhor saúde mental e física: a taxa de mortalidade devida a doenças renais é 43% mais baixa; 34% mais baixa no caso das doenças respiratórias; e 13% mais baixa na mortalidade por cancro.

As crianças também beneficiam, e muito, do contacto com a Natureza. Por exemplo, as melhorias notam-se ao nível das capacidades cognitivas, da criatividade, do relacionamento com os outros, do aproveitamento escolar, da auto-disciplina, da actividade física, e até da visão.

30
Mar15

Quinta do Mocho: projecto "O Bairro i o Mundo"

Arca de Darwin

No sábado passado visitei as cerca de 30 obras de arte - pintadas, graffitadas ou esculpidas em empenas de prédios de três andares - que decoram a Quinta do Mocho, em Sacavém, Loures. A visita decorreu no âmbito do projecto "O Bairro i o Mundo", iniciativa da Câmara Municipal de Loures e da Associação Teatro Ibisco, que  quer acabar com o estigma associado a este bairro social, "mostrando o bairro ao mundo e trazendo o mundo ao bairro".

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A "qualificação artística dos edifícios" é a face mais visível deste projecto, mas há outras, como a reabilitação do espaço público. Os méritos já foram reconhecidos lá fora: na semana passada "O Bairro e o Mundo" ficou entre os cinco primeiros classificados do prémio Diversity Advantage Challenge, promovido pelo Conselho da Europa.

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Não ganhou, mas há outras vitórias que têm impacto significativo naquela comunidade. Uma delas é que, provavelmente dentro de duas ou três semanas, começarão a circular autocarros dentro do bairro, algo que nunca aconteceu nos 14 anos de existência da urbanização.

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Outras vitórias são menos quantificáveis, mas nem por isso menos relevantes. Durante a visita os guias referiram que moradores à procura de emprego receavam mencionar a morada no currículo, optando por colocar endereços próximos, como a Bobadela. As pinturas nas paredes são mais um instrumento que visa aumentar o sentimento de pertença e o orgulho dos moradores no seu bairro.

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Claro que tal não será suficiente se não se alterar a mentalidade dos que vivem fora do bairro. Mas os guias também contaram que, há poucas semanas, um pai que vive num bairro vizinho, "do outro lado da rua", e que nunca ousara entrar na Quinta do Mocho, atravessou a estrada com os dois filhos para verem as pinturas. Depois de "entrar" constatou que se trata de um bairro como tantos outros, com cafés, com creches...

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O mesmo constata quem participa nas visitas organizadas pelo "O Bairro i o Mundo". Como em tantos outros bairros, ali colocam-se flores à janela, convive-se, joga-se e espreita-se a vida dos vizinhos. Sim, há muito para fazer no bairro e os 10.000 euros do prémio do Conselho da Europa teriam dado muito jeito, mas o projecto está numa fase inicial e por certo haverá muitas outras novidades.

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Quanto às visitas, saiba que se repetem no último sábado de cada mês e que a participação é gratuita. E que haverá pinturas novas, tal como aconteceu nesta visita, onde vimos NADA a concluir a sua, que transmite a mensagem de que "só a entreajuda pode mudar o mundo". Para saber como se inscrever visite a página "O Bairro i o Mundo" no Facebook.

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Na próxima já não serão os mesmos quatro guias. Hugo Cardoso, da Casa da Cultura de Sacavém, abandona o papel de anfitrião e deixa-o nas mãos dos três músicos, moradores do bairro: Kedy Santos, Dei Dei e Djavan.

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Uma nota de destaque para os autores dos pinturas que, além de doarem o seu tempo e talento, dispuseram-se a conhecer a realidade do bairro de modo a incorporá-la nas peças de arte, incluíram crianças na realização das suas obras, realizaram workshops de pintura, e ainda "reabilitaram" as entradas de alguns prédios.

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A ligação entre as diferentes pinturas e o bairro faz-se de diversas maneiras. A inclusão de "mochos" nas "molduras" é apenas uma delas.

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No bairro não existirão tantas nacionalidades como as presentes no conselho de Loures - 122 -, mas serão certamente muitas, e as pinturas reflectem essas diferentes culturas, como acontece com o único mural, da autoria de António Alves, que retrata Amílcar Cabral (1924-1973) e situa-se na avenida que tem o nome deste defensor dos direitos dos povos da Guiné e de Cabo Verde.

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Na mesma avenida, o nosso já conhecido Nomen evoca o sentimento de que os moradores só podem ser eles mesmos dentro do bairro.

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Miguel Brum assina a peça com que mais moradores rapidamente se identificaram, "principalmente as mães que perderam filhos", partilha Kedy Santos.

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A garça de Bordalo II, bisneto do famoso Bordalo, simboliza as migrações e é a única escultura. Foi construída com partes de carros e de contentores.

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O Projecto Matilha trouxe o tema que já retratou em várias paredes de Lisboa: o estigma (e o abandono) que pende sobre cães ditos "perigosos".

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Saiba ainda que, aqui, pode adquirir t-shirts impressas com as pinturas  presentes no bairro. As imagens das restantes obras seguem num próximo post.

02
Fev15

VOAR (Australia Day, freestyle motocross)

Arca de Darwin

Voar, viajar pelo ar como uma ave, é um sonho antigo da espécie humana. Quando pensamos nos engenhos que satisfazem tamanha ambição, as motas não são exactamente o primeiro que nos vem à cabeça. Mas quem assistiu à exibição de freestyle durante as celebrações do Dia da Austrália, em Perth, ficou com a sensação de que aqueles motociclistas voavam, e bem alto. Em baixo encontra uma galeria com alguns momentos deste evento.

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16
Dez14

Slide Street em Perth - Deslizar, rir... e cair

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No fim-de-semana passado, uma das principais ruas de Perth recebeu o Slide Street, escorrega megalómano - 315 metros de comprimento - que estreou-se na Austrália.Slide Street Perth

ADULTOS

 Milhares aderiram à iniciativa. Pelo traje via-se que alguns estavam apenas de passagem e não resistiram a experimentar uma "escorregadela". Certo é que os adultos pareciam os mais satisfeitos. Muitos, certamente, há anos que não pegavam numa bóia para com ela brincar na água. A maioria terminava o percurso com um enorme sorriso no rosto, mas havia quem, até para sorrir, estivesse demasiado cansado.Slide Street Perth 1

Galeria

 

CRIANÇAS

Claro que as crianças também se divertiram como "gente grande", mas isso é o que é suposto fazerem.Slide Street perth kids 1

Galeria

 

TOMBOS

 Pelo que vi, há várias maneiras de aterrar com o corpinho no chão (neste caso, na lona). A mais usual acontece quando a marcha é interrompida por uma qualquer razão e a pessoa coloca-se em pé. Neste ponto, três coisas podem acontecer: tentar andar e escorregar; ser "varrido" por quem vem atrás; saltar para a bóia e ela fugir (ou rebentar!) por baixo do corpo. Esta última situação também é frequente logo no início da descida.slide street perth falling 1

Galeria

 

CHOQUES

Inevitável...Slide Street australia 1

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ESPUMA

A quantidade de água que corre no escorrega equivale à necessária para tomar 300 duches. Assim, recebe vários tratamentos ao longo do evento. A espuma resulta do uso de detergente.

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MOMENTO ZEN

No meio de tanta agitação há quem deslize escorrega abaixo desfrutando do momento com - como dizia o outro - "muita tranquilidade".Slide Street australia 1

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SUPER-HERÓIS

Parece que voam, quer quando saltam para ganhar impulso, quer quando a velocidade proporcionada pelo baixo atrito cria sensação de abandono (e obriga a improvisar um "leme" com os braços para evitar choques.Slide Street australia 1

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AMBIENTE

 O evento encheu de cor o local onde habitualmente predomina o preto do asfalto. A St. Georges Terrace é uma avenida larga, mas quase não foi suficiente para albergar tamanha multidão que ansiosamente aguardava na fila a sua vez para deslizar (parece que o tempo de espera chegou a 1 hora).Slide Street Perth CBD 1

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BÓIAS

 Terminado o percurso cabe ao staff arrumar as bóias e transportá-las rua acima. De cores variadas, houve quem escolhesse aquela que melhor combinava com a indumentária.Slide Street Perth inflatable 1

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INSTANTES

 Eis mais alguns momentos "preciosos" do Slide Street.Slide Street australia 1

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