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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

15
Jun20

Rua da Silva: um jardim em cada porta

Arca de Darwin

O Festival Jardins Abertos (falámos dele aqui e aqui), que nos permite visitar alguns jardins privados e semi-privados de Lisboa, estará de volta nos fins-de-semana de 18–19 e 25–26 de Julho, com visitas presenciais e outras virtuais. Enquanto isso não acontece, a página no Facebook da iniciativa vai-nos dando a conhecer algumas plantas e espaços verdes públicos.

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Um desses espaços é a Rua do Silva, ou Rua Verde, que também exibe o nome de Lisbon Green Street. Quem desce a Av. D. Carlos I, basta virar na primeira à esquerda (para a R. do Poço dos Negros), e logo a seguir na segunda à direita.

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O Jardins Abertos conta-nos que a Rua Verde nasceu do amor pelas plantas de dois vizinhos que não se conheciam — um com negócio na própria rua —, aos quais se juntou um terceiro — também ele com negócio na rua.

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E a natureza lá foi conquistando os passeios, começando com um vaso em cada porta. De então para cá, garantem, as plantas aproximaram toda a vizinhança.

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13
Set19

Jardim do Campo Grande

Arca de Darwin

Tinha alguma curiosidade em ver como ficou o Jardim do Campo Grande, em Lisboa, entretanto rebaptizado Jardim Mário Soares. Estudei ali ao lado, na Faculdade de Ciências, e as únicas vezes que atravessei a rua até ao jardim foi para a ir à livraria do Caleidoscópio, que tinha livros sobre ciência que dificilmente se encontravam em outro local. O Jardim propriamente dito, nunca me atraiu.

Daí que, como disse, estava curioso. A verdade é que depois da renovação que começou em 2013 e terminou (?) no ano passado, o jardim está mais limpo, mais arranjado, e tem mais gente a usufruir dele. O lago do extremo Sul não tem água... Há campos de padel, um ginásio, um parque para cães, um parque infantil, ecopista para bicicletas e trotinetes, esculturas, esplanadas, e os «mesmos» barcos a remos (actividade que ali se estreou em 1869).

Mas continua pouco atractivo enquanto jardim. Porquê? O Campo Grande nunca foi pensado para ser de facto um Jardim. Se recuarmos ao século XIV vemos ali o rei de Castela a montar o cerco a Lisboa. Dois séculos mais tarde, D. Sebastião usa o Campo para passar revista às tropas antes de ir para a fatídica batalha de Alcácer Quibir. No final do século XVIII, Dona Maria começa a planear construir ali uma zona arborizada com um circuito para corridas de cavalos, as quais começaram em 1816 (a Sociedade Hípica Portuguesa tem ainda um espaço do outro lado da estrada, por trás da Faculdade de Ciências). Depois Pina Manique mandou projetar um Passeio Público que viria a receber várias feiras. De então para cá ganhou uma amálgama de «equipamentos»: ringue de patinagem e campos de ténis (1945), piscina (1964), Centro Comercial Caleidoscópio (1974), Café Concerto (2002), parque infantil (2005 - renovação).

O entretenimento e o espírito de Passeio Público persistem enquanto alma do Jardim do Campo Grande: um espaço para as pessoas se entreterem, para se verem e serem vistas. É mais uma «zona de serviços» e não tanto uma «zona verde». Nunca foi um jardim pensado para se desfrutar propriamente da natureza, como o Jardim Botânico ou o Jardim Gulbenkian, com os seus recantos tranquilos.

Além disto, e de se ter que atravessar uma estrada com 6 faixas de rodagem para passar da parte Sul para a parte Norte, falta também alguma harmonia para tornar o jardim mais atractivo: a arquitectura do Caleidoscópio não combina com a do ginásio; as estátuas dos reis não combinam com a da Luísa Todi; o som do padel não combina com um descanso ou leitura tranquilos; até os pombos não combinam com os gaios que não combinam com os periquitos-de-colar, mas este é um problema comum a quase todos os jardins de Lisboa.

30
Mai19

Jardim do Cemitério dos Ingleses

Arca de Darwin

No fim-de-semana passado (25 e 26 de Maio) Lisboa recebeu mais uma edição dos Jardins Abertos, iniciativa que "abre" os jardins da capital — alguns deles, privados — ao público. Perto de 13.000 pessoas aderiram ao evento.

Um dos jardins incluídos foi o do Cemitério dos Ingleses — o cemitério mais antigo de Lisboa, situado mesmo ao lado do Jardim da Estrela. Criado em 1717, começou a receber corpos de protestantes ingleses e holandeses em 1724. Também lhe chamaram Cemitério dos Ciprestes, devido à "cerca" composta por árvores desta espécie que se destinavam a impedir que os católicos espreitassem para o interior.

No jardim, a habitual simetria presente nos cemitérios é pouco evidente, e é ainda mais disfarçada pela vegetação aparentemente descontrolada que invade o espaço entre os túmulos e as cruzes celtas.

17
Mar13

Todo o jardim...

Arca de Darwin

“(...) Todo o jardim é uma luz amena

a iluminar a tarde.

O jardinzinho é um dia de festa

Na pobreza da terra.”

Parque dos Poetas, Oeiras

Poema Jardim, de Jorge Luis Borges (1922) - escritor, poeta e ensaísta argentino -,                                                    em Obra Poética Vol. 1 (editora Quetzal).

12
Nov12

Uma pausa com António Ramos Rosa

Arca de Darwin

O JARDIM

"Consideremos o jardim, mundo de pequenas coisas,calhaus, pétalas, folhas, dedos, línguas, sementes.Sequências de convergências e divergências,ordem e dispersões, transparência de estruturas,pausas de areia e de água, fábulas minúsculas.

Geometria que respira errante e ritmada,varandas verdes, direcções de primavera,ramos em que se regressa ao espaço azul,curvas vagarosas, pulsações de uma ordemcomposta pelo vento em sinuosas palmas.

Um murmúrio de omissões, um cântico do ócio.Eu vou contigo, voz silenciosa, voz serena.Sou uma pequena folha na felicidade do ar.Durmo desperto, sigo estes meandros volúveis.É aqui, é aqui que se renova a luz".

António Ramos Rosa*, in Volante Verde (1986)

*poeta português
 

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