Os pilares das duas pontes de Lisboa "albergam" insectos, na Vasco da Gama, e cetáceos e limícolas, na 25 de Abril. Agora os desta última também dão guarida à fauna da serra da Arrábida, em mais um projecto da Galeria de Arte Urbana (GAU).

José Carvalho, Regg e Tamara Alves são três dos artistas que dão vida aos pilares. Ainda que, no seu todo, o resultado não seja o mais harmonioso, vale bem a pena apreciar as peças de arte urbana individualmente.

O projecto “Rostos do Muro Azul”, parceria entre o centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa e a Galeria de Arte Urbana (GAU), assinala o Dia Mundial da Saúde Mental. O “muro”, situado na Rua das Murtas, continua a crescer. Quando estiver “completo” será o maior espaço de arte urbana da capital. Este fim-de-semana ganhou caras novas, que ainda não tive oportunidade de conhecer. Para já, aqui fica mais uma das antigas, da autoria de José Carvalho.

Primeiro reparei na forte componente cromática das pinturas da Av. Infante Dom Henrique, em Lisboa, depois nas figuras que a compõem – aves, tigres, cavalos e humanos – e que se conjugam num quadro surreal.

Peça de Tamara Alves

No lado esquerdo do mural surge a indicação de que fazem parte da Pampero Street Art 2010 – iniciativa de promoção de arte urbana promovida pela fundação desta marca de (bom) rum. No lado direito está o endereço do blog de um dos autores - José Carvalho - http://j-carvalho.blogspot.pt/, onde se descobrem outras obras com temas naturais, como aves pintadas em vidrões e silhuetas de árvores projectadas em edifícios.

 

Carvalho, que também é o “pai” do retrato de Carlos Paredes à entrada do Bairro Alto, define assim a sua obra: “My work is around and about, around Lisbon and about colours  around animals and about portraits”.