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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

29
Nov19

Palácio Nacional de Mafra

Arca de Darwin

O monumental Palácio Nacional de Mafra, a 25 km de Lisboa, foi construído no século XVIII a mando do rei D. João V para cumprir um voto de sucessão. Uma obra desta envergadura — composta por Basílica, Paço Real e Convento — não é coisa barata, e esta foi paga com o ouro e diamantes vindos do Brasil. Tudo somado, o Palácio conta com uma área quase 4 hectares, 1200 divisões, mais de 4700 portas e janelas, 156 escadarias e 29 pátios e saguões. A biblioteca tem cerca de 38000 volumes.

A construção do Palácio Nacional de Mafra é o tema do livro Memorial do Convento (1982), do prémio Nobel da Literatura José Saramago.

26
Mai19

Dias do Desassossego

Arca de Darwin

Ainda faltam alguns meses para a iniciativa Dias do Desassossego que, organizada pela Casa Fernando Pessoa e pela Fundação José Saramago, decorre entre 16 e 30 de Novembro (respectivamente, dia de nascimento de Saramago e dia da morte de Pessoa). Naturalmente a programação tem a leitura e os efeitos desta como ponto forte. Hoje passei por duas peças de arte urbana que ficaram de edições anteriores e que surgiram em colaboração com a GAU (Galeria de Arte Urbana).

A primeira, de Tamara Alves, é de 2017, fica junto ao Mercado da Ribeira, e está já um pouco vandalizada. Não obstante, continua a ser uma das peças mais bonitas da cidade (espreite a peça quando estava "nova", aqui).

A inspiração veio das palavras de Saramago: «Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu fizeram-no de carne, e sangra todo o dia» (em A Segunda Vida de Francisco de Assis).

Um ano antes, em 2016, André da Loba pintava uma empena na R. de São Bento. No site da GAU encontramos a descrição que o próprio autor fez da peça: «O Desassossego é, em Pessoa, a deslocação do Eu, o frenesim da mente. Em Saramago é antes a deslocação do Tu, a provocação moral e política. Nesta parede representa-se uma tempestade emocional, em que os dois agentes podem ser a mesma pessoa, ao espelho, ou o Outro, em interacção. Está prestes a chover...»

14
Nov18

Lagarta da borboleta-caveira ("Acherontia atropos")

Arca de Darwin

Esta enorme e lindíssima lagarta da borboleta-caveira (Acherontia atropos) estava hoje a passear no jardim Rio da Costa, em Odivelas.Por mais memorável que a lagarta seja – com os seus 12 a 13 centímetros de comprimento, espigão posterior, e vibrantes tons de verde, azul e amarelo – é a traça adulta que há muito faz parte do nosso imaginário: primeiro, pelo seu papel no filme O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme (1991), depois por colorir a capa do livro As Intermitências da Morte, de José Saramago (2005).

 

Qual a razão para estas associações tão tenebrosas? A resposta está no nome: a Acherontia atropos tem uma caveira desenhada no tórax.

Acherontia atropos, ilustração. Autor: Dr. F. Nemos

O adulto tem mais duas características bastante interessantes. A primeira é que emite um som bastante peculiar quando se sente ameaçado. A segunda é que gosta de mel! E costuma entrar nas colmeias para o roubar. O tamanho do adulto também é considerável: 9 a 13 centímetros de envergadura. A lagarta alimenta-se da rama de plantas da família Solanaceae, como a batateira e o tomateiro.Esta borboleta da família Sphingidae voa entre Maio e Outubro, e tem duas gerações. Migradora, existe na Europa, África e Ásia. Gravei um vídeo da lagarta: https://youtu.be/fIs_IRT2HFA