Libelinha-vermelha-pequena (“Ceriagrion tenellum”)
A libelinha-vermelha-pequena (Ceriagrion tenellum) é uma libelinha pequenina que, no máximo, chega aos 3,5 centímetros de comprimento.
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A libelinha-vermelha-pequena (Ceriagrion tenellum) é uma libelinha pequenina que, no máximo, chega aos 3,5 centímetros de comprimento.
O gaiteiro-azul (Calopteryx virgo) já teve direito a um post aqui na Arca onde se podem ver as diferenças entre os machos e as fêmeas. Entretanto, tirei umas fotos melhorzinhas a uns machos que permitem admirar com maior detalhe a beleza destas libelinhas.
Gaiteiro-azul (Calopteryx virgo), macho, agosto de 2024, São Pedro do Sul
O gaiteiro-azul (Calopteryx virgo) é um bio-indicador da qualidade da água e do bom estado de conservação da vegetação ripícola. É por isso um bom sinal ter encontrado esta libelinha nos vários poços (piscinas naturais) que visitei durante o Tradidanças.Também conhecido por caloptéryx-azul, o gaiteiro-azul pertence ao mesmo género do gaiteiro-negro (Calopteryx haemorrhoidalis). O corpo do C. virgo macho é azul e o do C. haemorrhoidalis é acobreado. As asas do primeiro são azuis (castanhas nos juvenis) e as do C. hemorrhoidalis são negras. As fêmeas de ambas as espécies têm corpo esverdeado e pseudopterostigma branco (mancha branca na extremidade das asas), mas apenas a fêmea de C. hemorrhoidalis possui uma banda negra nas asas.
Macho
Fêmea
Macho imaturo
O corpo do gaiteiro-azul mede entre 45 e 49 milímetros e tem uma envergadura de 36 milímetros. Voa entre Maio e Setembro.
O gaiteiro-negro também é conhecido por donzelinha-cobre e por calopterix-cobre. Estes nomes justificam-se pela cor escura das asas e pelo corpo acobreado com reflexos vermelhos.
Gaiteiro-negro, rio Sever, Portagem
A região ventral da parte final do abdómen tem um tom rosa vivo. Vai daí, decidiram chamar-lhe Calopteryx haemorrhoidalis. Como dizia o outro, "não havia necessidade".As asas das fêmeas são mais claras do que as dos machos e têm a ponta escura com uma mancha branca.
Fêmea
Macho
O gaiteiro-negro é uma libelinha, ou seja, o corpo é mais delicado do que o das libélulas e pousa com asas fechadas (sub-ordem Anisoptera, família Calopterygidae; as libélulas pousam com as asas abertas e peretencem à sub-ordem Zigoptera). Mede entre 45 e 48 milímetros.
O acasalamento deste habitante das margens de ribeiros tem dois aspectos interessantes: o macho realiza uma corte pré-cópula em que exibe a pigmentação das asas (que indica resistência imunológica a parasitas); durante a cópula o macho retira o esperma que a fêmea armazenou em cópulas anteriores.
A libélula-azul-e-vermelha (red and blue damselfly) - Xanthagrion erythroneurum -, como nome indica, distingue-se pelo vermelho dos olhos, patas, cabeça, tórax e primeiros dois segmentos do abdómen, e pelos dois anéis azuis na parte posterior do abdómen. Mede 24 milímetros de comprimento.
Será uma libélula ou uma libelinha? O diccionário diz que os dois termos são sinónimos. O primeiro nome é mais usado no Brasil e o segundo em Portugal. Na minha cabeça os termos servem para distinguir os dois grandes grupos da ordem Odonata: A Libélula é maior e pousa com as asas abertas (sub-ordem Anisoptera); a libelinha é mais pequena e pousa com as asas fechadas sobre o corpo (sub-ordem Zigoptera).
Os anglo-saxónicos têm a vida facilitada pois usam palavras diferentes para as duas sub-ordens: Drangonflies (Anisoptera) e Damselflies (Zigoptera). Este último termo corresponde ao nosso "donzelinha" e também serve para designar as libelinhas em Portugal. Outros nomes comuns são tira-olhos, lavadeira e cavalinho-das-bruxas.
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