Não é do tipo de se levar para casa e enfeitar, mas chama-se árvore-de-Natal-australiana-ocidental (Western Australian Christmas Tree) - Nuytsia floribunda. O nome deve-o ao facto de ser endémica da Austrália Ocidental e de florescer no início do Verão, o que, nesta parte do mundo, equivale ao período natalício.

As flores têm um tom laranja vivo que se avista à distância e agrupam-se formando algo parecido com uma estrela de várias pontas.

Tudo aponta para que seriam óptimos ornamentos para decorar as ruas nesta quadra festiva, contudo é raro encontrar esta árvore no centro de Perth ou mesmo num qualquer jardim de uma vivenda.

Isto porque a espécie é hemiparasítica, ou seja, as suas raízes aderem às de outras plantas e roubam-lhes água e nutrientes (se olhar com mais atenção verá que nas fotos a N. floribunda encontra-se quase sempre no meio de outras árvores, embora consiga parasitar plantas num raio de 50 metros).

Assim, percebe-se que seja indesejada em jardins, pois além de lentamente matar outras plantas não distingue raízes de cabos eléctricos...

Mede até 10 metros de altura.

O nome não engana. Chama-se sapo-banjo-ocidental (Western Banjo Frog) - Limnodynastes dorsalis - e, de facto, o coaxar assemelha-se ao som produzido por um banjo (ouça-o aqui - é a 3ª. espécie, no fundo da página).

O "ocidental" refere-se ao facto de ser endémico da Austrália Ocidental. Há uma espécie semelhante na outra ponta da "ilha", mas não tem a mancha vermelha nas virilhas.

As fêmeas medem até 87 milímetros. Os machos são mais pequenos: cerca de 75 milímetros.

A cor e o bonito padrão servem de camuflagem, pois passa a maior parte do ano enterrado na areia ou na vegetação, rodeados de humidade. (Este exemplar estava escondido num monte de resíduos vegetais, a mais de 200 metros da superfície de água mais próxima).

Argus era um gigante com 100 olhos. Os 8 "olhos" azuis nas asas da borboleta Argus-do-prado (Meadow Argus) - Junonia villida - foram suficientes para o baptismo que evoca o monstro da mitologia grega. Ao imitarem olhos, as pintas da borboleta servem dois propósitos: assustar potenciais predadores e, caso artimanha não resulte, levar estes a "atacarem" os olhos, permitindo à borboleta escapar com o mínimo possível de danos no corpo. Já a posição das asas revela o estado de espírito da borboleta:

- Abertas - se o Sol brilha e ela está relaxada

- Completamente bertas - se o Sol brilha e ela pressente perigo (os "olhos" ficam totalmente visíveis)

- Fechadas - se não há Sol

- Levantadas - se não há Sol e pressente perigo (revela alguns dos seus "olhos")

A imponente Cacatua-preta de Carnaby (Carnaby's Black-cockatoo) - Calyptorhynchus latirostris - existe apenas no Sul da Austrália Ocidental e está ameaçada. A principal causa do declínio da população é a desflorestação e a consequente perda de habitat que, na prática, compromete dois factores essenciais à sobrevivência da espécie.O primeiro é a disponibilidade de ninhos. A cacatua-preta de Carnaby nidifica em buracos no tronco de eucaliptos, mas, devido ao seu tamanho - 56 centímetros de comprimento -, precisa de buracos de grande dimensão, disponíveis apenas em árvores com, pelo menos, 100 anos.Para agravar ainda mais a situação, as espécies invasoras, como a cacatua-de-bico-comprido, por vezes ocupam os buracos disponíveis.A segunda é a disponibilidade de alimento durante a época de reprodução. Neste caso o problema é que os habitats onde nidifica são muito diferentes dos habitats onde se alimenta. Ora, a fragmentação da paisagem complica bastante a tarefa de alimentar as crias e, em áreas onde os dois habitats distam mais de 12 km, inviabiliza mesmo o sucesso da reprodução.Existem ainda outras ameaças, como o "roubo" de crias com o objectivo de as transformar em animais de estimação.Apesar do estatuto de "Ameaçada", é fácil observar esta ave em Perth, nomeadamente porque é grande e desloca-se em barulhentos grupos de 10 a 40 indivíduos.Quando encontram uma árvore apropriada, isto é, com as sementes e frutos de que se alimentam, começa um autêntico frenesim que deixa marcas bem visíveis no solo. Depois seguem para a próxima árvore. Durante a deslocação alguns indivíduos chamam repetidamente pelos retardatários, voltando mesmo atrás para garantir que nenhum se perde. A insistência lá interrompe a refeição dos mais distraídos, que lá seguem o seu caminho com as sementes ainda na boca.A espécie também é conhecida por cacatua-preta de bico curto, para a distinguir da cacatua-preta de bico comprido, e por cacatua de cauda branca, para a distinguir da cacatua de cauda vermelha.Provavelmente reparou que, nas fotos, alguns animais têm o olho cor-de-rosa: são machos, e têm também o bico escuro. E a mancha branca na bochecha é mais pequena e mais esbatida do que a da fêmea.

Macho

Fêmea