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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

01
Out20

O Panorâmico de Monsanto já reabriu

Arca de Darwin

O Festival Iminente (9 a 19 de Setembro) chegou ao fim, mas deixou algumas obras de arte no Miradouro Panorâmico de Monsanto. A mais imponente é o vitral do AkaCorleone (aka Pedro Campiche), localizado junto das icónicas escadarias. No exterior há uma instalação da Tamara Alves Until You And I Die And Die and Die Again

Aproveito para partilhar algumas obras mais antigas e outras perspectivas do local.

Equality, AkaCorleone

panoramico monsanto 1.jpg

 

 

 

13
Mai19

Arte urbana no Bairro Padre Cruz (Lisboa)

Arca de Darwin

Há décadas que não ia ao Bairro Padre Cruz, em Carnide, Lisboa. Além do campo de futebol, as memórias que tenho são do bairro mais antigo, formado por pequenas casas brancas, térreas ou de dois andares, muradas e com um jardim. Construídas durante a ditadura, as casas estão dispostas de modo a que os vizinhos vejam o que se passa nas casas uns dos outros.O bairro mudou muito nos anos 90, com a construção de avenidas de prédios coloridos de seis andares que fizeram dele o maior bairro municipal da Península Ibérica (e o 3.º ou 4.º maior da Europa). Também há novos prédios brancos (e azuis) ostracizados ainda para lá da linha que separa a rivalidade entre novo e velho.

O mural de Bigod evoca as memórias de infância do próprio artista. Curiosamente, o neto senta-se do lado do bairro novo, e a avó do lado do bairro velho.

As ruas do bairro velho têm nomes de rios, o que inspirou esta obra de Leonor Brilha.

As figuras desta peça de RAM (Miguel Caeiro) estão a entrar numa nave espacial que representa o bairro novo.

À frente da peça de RAM está O Fugitivo de MAR (parceiro de MAR em ARM_Collective), um refugiado que foge da guerra e que veste toda a roupa que possui.

O bairro velho está a desaparecer e a ser substituído por edifícios brancos de dois andares com algumas particularidades interessantes: painéis solares, reservatório para recolha da água das chuvas no terraço, e dois mini-jardins para que os moradores realojados mantenham a ligação à terra e o usufruto da mesma. Quanto à arte urbana, há muito que é uma ferramenta de intervenção no bairro: em 1996 a Associação Juvenil Renascer realizou o 1.º Festival de Grafiti; em 1997 decorreu a 2.ª edição; em 2016 surgiu neste bairro a 1.ª edição do Festival MURO, organizado pela GAU em colaboração com a Junta de Freguesia de Carnide; e, ainda em 2016, ocorreram mais intervenções no âmbito do projecto "Criar mudança através da arte urbana", iniciativa da Boutique da Cultura e da Crescer a Cores.

Obra dos holandeses Telmo e Miel

Obras de 2CarryOn

Para visitar as pinturas, consulte o site da Junta de Freguesia de Carnide ou a página da Boutique da Cultura no Facebook. Relembro que também pode visitar a Quinta do Mocho, onde pode optar pelo passeio guiado (disponível todos os dias) por guias do próprio bairro, ou por passeio e almoço típico africano.O Festival MURO vai além da arte urbana e inclui conferências, cinema, oficinas, música e animação de rua. A 2.ª edição do festival realizou-se em 2017, em Marvila, e a 3.ª acontece este mês, entre os dias 23 e 26, no Lumiar. Além das pinturas, o Festival MURO trouxe outras expressões de arte urbana ao Bairro Padre Cruz, nomeadamente esculturas, como o Pi G de Bordalo II e o "estúpido" — entretanto baptizado de Nélson pela população — da autoria de Robert Panda. Se visitar o Nélson na próxima semana talvez o encontre com um cachecol vermelho ao pescoço, pois tal já é tradição quando o Benfica ganha o campeonato. Os artistas tiveram conversas prévias com os moradores de modo a que houvesse sintonia entre as obras, o espaço e as pessoas. Isso nem sempre aconteceu, pois é impossível agradar a toda a gente, e alguns artistas são mais flexíveis do que outros. O fervor futebolístico que pode fazer com que o Nélson volte a perder a cabeça, também levou a que a águia de Styler fosse verde, para não ofender os moradores sportinguistas do prédio em frente (que, infelizmente para eles, tem vista para o Estádio da Luz). Uma senhora disse que a "mulher sem cabeça" do seu prédio é "a pior pintura de todas" — obra do brasileiro Márcio Bahia — e que preferia ter a "senhora do chapéu" — de Nomen —, que é "a melhor pintura de todas". A pintura do mercado de Daniel Eime peca pelas "cores monótonas" e por exibir um rosto de alguém que "não pertence ao bairro". Já a empena de Gréc & Hyte, que tem cores mortiças e desenhos algo "simples", é um verdadeiro sucesso: cada quadrado representa um episódio que de alguma maneira marcou um dos moradores do prédio. Se é certo que as empenas do Bairro Padre Cruz contam com obras de muitos artistas consagrados, há também que assinalar duas estreias: a de Rita Graça e a do morador local Favita (Diogo Camilo), com a imagem de Natália Correia pintada na biblioteca com o seu nome.Uma última nota de destaque: o mural de homenagem aos cantoneiros que mantêm o bairro em óptimas condições, da autoria de Francisco Camilo.Eis mais algumas peças que pode ver no Bairro Padre Cruz:

Utopia

Observ

Jota Aracê

Oze Arv

Smile

Slap

Borondo

Felix Spok Brillor

Mr. Dheo

Luís Managem

Ôje

Johnny Double C

NADA

ART'odidacta

31
Mar15

Quinta do Mocho: as pinturas

Arca de Darwin

No seguimento do post anterior, eis as outras pinturas que decoram a Quinta do Mocho, em Loures, e que fazem parte do projecto "O Bairro i o Mundo".quinta do mocho o bairro i o mundo 1

Adres

quinta do mocho o bairro i o mundo 2 

Smile e Projecto Matilha

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Tosco

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Miguel Brum

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Sem/Bean/Black/Smile

quinta do mocho o bairro i o mundo 9

Odeith

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Ram

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Tamara Alves

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Utopia

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Manoel Jack

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Raf

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Pantónio

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Slap

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 Colectivo Rua/Draw

quinta do mocho o bairro i o mundo b 23

Nomen/Utopia/Vespa

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Mar

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Nomen

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Bordalo II

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Glam

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Miguel Brum

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Vespa

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12
Ago14

Uma pausa com Alves Redol

Arca de Darwin
Diz o Mestre Feliciano à afilhada:"«O Mar e a Lua são companheiros. Andam sempre juntos. É um casal que se entende bem. Quando a Lua se zanga, o Mar escoicinha. E a gente é que paga. O Mar tem oito dias de refôlego e oito dias a morrer. No quarto crescente tem pontas de maré; no quarto minguante as águas estão mortas; andam fracas e o teu pai traz o saco da rede sem peixe. É uma coisa que me quebra a cabeça, esta da Lua e do Mar. Tão longe um do outro... Naturalmente é por isso que se dão bem.»"

Alves Redol, em Avieiros (1942).

Lua e Mar

Fotomontagem

03
Mar14

Esculturas com sabor a mar

Arca de Darwin
Ontem (Domingo), ao final da tarde, passei por Dunsborough, pequena vila costeiracerca de 250 km a sul de Perth, eleita em 1999 melhor destino turístico daAustrália Ocidental. Conta com pouco mais de 3.000 habitantes, mas muitos têmveia artística, como constatei através da exposição de esculturas de talentoslocais. O mar e os seres que o habitam são a fonte de inspiração para a maioriadas obras apresentadas. Ora veja:

dunsborough 1 dunsborough 2 Dunsborough 3 dunsborough 4 dunsborough 5 dunsborough 6 dunsborough 7 dunsborough 8 dunsborough 9 dunsborough a 10 dunsborough a 11 dunsborough a 12 dunsborough a 13

27
Mar13

Dois poetas, o mesmo Mar

Arca de Darwin
“(...) For whatever we lose (like a you or a me) it's always ourselves we find in the sea”

Poema "maggie and milly and molly and may", de E. E. Cummings (1894-1962), poeta e ensaísta norte-americano.

 

Ericeira (Novembro de 2012)

“Deixa-me ser o que eu sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo. E o meu destino é seguir... seguir para o mar. O mar onde tudo recomeça... Onde tudo se refaz...”

Poema “O homem e a água”, de Mário Quintana (1906-1994), poeta, tradutor e jornalista brasileiro.

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