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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

03
Nov12

Memes e Fábrica Simões

Arca de Darwin
“A maior parte daquilo que o homem tem de pouco usual pode ser resumido numa palavra: «cultura»”. É assim que o biólogo Richard Dawkins justifica a singularidade do Homo sapiens, no livro O gene egoísta (1976). E acrescenta: “A transmissão cultural é análoga à transmissão genética, no sentido de que (...) pode dar origem a uma forma de evolução”. O alvo desta evolução não são os genes, mas sim os memes, definidos por Dawkins como “unidades de transmissão cultural”. Os memes replicam-se e evoluem a velocidade muito superior à da evolução genética. Uns perduram, outros extinguem-se rapidamente. Exemplos: “Melodias, ideias, lemas, modas de vestuário, maneiras de fazer potes ou de construir arcos”, enumera Dawkins.

A singularidade do homem passa também por intervir, bem ou mal, na sobrevivência de certos memes – que, tal como os genes, são “replicadores inconscientes e cegos” –, como os que formam o património nacional (edifícios, espécies, paisagens, ideias...).

Esta introdução vem a propósito da recente visita que fiz ao que resta da Fábrica Simões, em Benfica, e de uma nova página na Arca - Memes -, onde encontra uma galeria sobre a Fábrica Simões.

Os moradores da freguesia lisboeta lutaram pela preservação da memória desta empresa têxtil – fundada em 1907 e encerrada em 1987 –, um dos últimos exemplares de arquitectura industrial na capital. A Fábrica chegou a empregar 1.500 trabalhadores, alguns dos quais crianças, mas também inovou na protecção social e cuidados de saúde. Encontra “réplicas” dessas memórias aqui, aqui, e aqui.

O futuro passa pela construção no local da “Villa Simões”, loteamento de 48.000 metros quadrados. Além de centenas, o projecto contempla “uma vertente de preservação da memória da antiga Fábrica Simões, por via da criação de uma valência museológica de arqueologia industrial, lê-se no Boletim Municipal de Lisboa (nº. 834, 2º. suplemento, Fevereiro de 2010). 
17
Ago12

A canibal

Arca de Darwin
O louva-a-deus (Mantis religiosa) é um predador voraz de várias espécies de insectos que captura de emboscada, prendendo-os com as fortes patas anteriores transformadas em garras (e que lembram a pose de alguém a rezar, facto que está na origem do seu nome). A refeição começa pela cabeça. No caso das fêmeas de louva-a-deus, este hábito alimentar e decapitador ocorre também durante a cópula.

“Durante”, porque perder a cabeça não limita a performance sexual do macho. Pelo contrário. “Como a cabeça do insecto é sede de alguns centros nervosos inibitórios, é possível que a fêmea melhore o desempenho sexual do macho ao comer-lhe a cabeça. Se assim for, este é um ganho secundário. O benefício primário é que ela obtém uma boa refeição”, lê-se em O gene egoísta, de Richard Dawkins. Mas que genes são estes que transformam o pobre macho em “boa refeição”? Ao que parece, são os que o levam a investir – e muito! – na descendência. Segundo Dawkins: “(Os machos) são usados como comida para ajudar a produzir os ovos que depois serão fertilizados, postumamente, pelos seus próprios espermatozóides armazenados”.

Note-se que cada fêmea põe até 400 ovos, o que implica que os genes do macho perduram em muitos louvadeuzinhos. Além disso, a sua ingestão pela fêmea não é certa, não só porque ele ter muito cuidado durante a cópula, mas também porque este comportamento de canibalismo ser mais comum em animais criados em cativeiro, ainda que também ocorra na natureza.

O louva-a-deus mede 5 a 7,5 centímetros e tem o corpo verde ou castanho.

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