Tirei estas oito fotos ontem, no Parque das Nações. Um dia antes soube-se que a qualidade do ar nesta zona de Lisboa é ainda pior do que a da Avenida da Liberdade. As aparências iludem...
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Esta poluição é grave. Pode, por exemplo, provocar problemas respiratórios e cancro do pulmão.
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Percebo que a solução para o problema não seja fácil, e que poderá até incluir medidas como as propostas pela Associação Zero, a responsável pelo estudo da poluição ― medidas como definir horários de entrega fora da hora de ponta. Mas dificilmente haverá uma solução que não passe por uma aposta séria nos transportes públicos.
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Este problema (como outros problemas ambientais) precisa de uma estratégia de fundo que tarda em aparecer. É fácil perceber que essa estratégia não existe por parte de quem manda quando, por exemplo, num mundo que tenta reduzir os combustíveis fósseis, têm de ser os cidadãos a parar a suspensão de petróleo em Aljezur. Pior: depois de o terem conseguido em tribunal, o Ministério do Mar recorreu da decisão.
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Quanto aos transportes públicos, ficou claro que os cidadãos aderem em massa a este meio de transporte. Bastou uma redução de preço, como se viu com o novo passe. Agora imagine-se como seria se houvesse mais comodidade e segurança, se a frequência dos transportes aumentasse, se houvesse parques de estacionamento suficientes junto às estações de metro periféricas, se os transportes públicos fossem não poluentes. Ou se os transportes públicos fossem gratuitos no centro da cidade, como acontece lá fora. Isto só parece ficção porque a realidade é o que ocorreu em Aljezur, é a Soflusa, é a solução de retirar lugares sentados para caberem mais pessoas em pé. A realidade é, a bem dizer, uma vergonha.
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