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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

07
Fev19

Lisboa, entre colinas e vielas

Arca de Darwin

Encontrei algumas fotos que tirei há uns poucos anos enquanto caminhava algures entre a R. da Escola Politécnica e o Bairro Alto. Nelas salta à vista o mosaico colorido de Lisboa. Sobre Cor de Lisboa há aqui na Arca um texto que vale a pena ler. Entretanto, aqui ficam as ditas fotos."Lisboa com suas casas De várias cores, Lisboa com suas casas De várias cores, Lisboa com suas casas De várias cores… À força de diferente, isto é monótono. Como à força de sentir, fico só a pensar. (...)"

Lisboa com as suas casas de várias cores, de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

04
Fev19

Romãs

Arca de Darwin

Romãzeiras no jardim da Gulbenkian. Romã, em inglês, é Pomegranate, que curiosamente também é o título de um contundente poema de D.H. Lawrence:

«You tell me I am wrong. Who are you, who is anybody to tell me I am wrong? I am not wrong.

In Syracuse, rock left bare by the viciousness of Greek women. No doubt you have forgotten the pomegranate-trees in flower, Oh so red, and such a lot of them. (...)

(...) Do you mean to tell me you will see no fissure? Do you prefer to look on the plain side?

For all that, the setting suns are open. The end cracks open with the beginning: Rosy, tender, glittering within the fissure.

Do you mean to tell me there should be no fissure? No glittering, compact drops of dawn? Do you mean it is wrong, the gold-filmed skin, integument, shown ruptured?

For my part, I prefer my heart to be broken. It is so lovely, dawn-kaleidoscopic within the crack.»

03
Fev19

Não lutes com um dente-de-leão

Arca de Darwin

(...) Dandelions are tough and stubborn, deep-rooted and hard to shift.

Pick a fight with a dandelion and you'll lose. (...)

They'll just parachute off to your favourite flower bed.

Much better just to call a truce. (...)

I Wandered Lonely as a... Dandelion?, poema de William Barton, em jeito de resposta ao poema I Wandered Lonely as a Cloud, de William Wordsworth

Dente-de-leão, Jardim Botânico de Lisboa

02
Ago15

Uma pausa com Soares de Passos

Arca de Darwin

Inaugurada no dia 18 do mês passado, a nova secção do megalómano Parque dos Poetas, em Oeiras, permitiu-me descobrir alguns autores e reencontrar outros já quase perdidos nos confins da (pouco fiável) memória. Entre as descobertas conta-se António Augusto Soares de Passos (1826-1860), de quem aqui fica o poema Desejo, ilustrado por fotos que tirei na sua 'ilha'.

"Oh! quem nos teus braços pudera ditoso

No mundo viver,

Do mundo esquecido no lânguido gozo

D'infindo prazer.

parque dos poetas soares passos 1Sentir os teus olhos serenos, em calma,

Falando d'além,

D'além! duma vida que sonha minha alma,

Que a terra não tem.

Eu dera este mundo, com tudo o que encerra

Por tal galardão: Tesouros, e glórias, os tronos da terra,

Que valem, que são?

 

parque dos poetas soares passos 2

A sede que eu tenho não morre apagada

Com tal aridez:

Pudesse eu ganhá-los, e iria seu nada

Depor a teus pés.

parque dos poetas soares passos 3

E só desejando mais doce vitória,

Dizer-te: eis aqui

Meu ceptro e ciência, tesouros e glória:

Ganhei-os por ti.

 

A vida, essa mesma daria contente,

Sem pena, sem dor, S

e um dia embalasses, um dia somente,

Meu sonho d'amor.

parque dos poetas soares passos 4

Isenta do laço que ao mundo nos prende,

A vida que vale?

A vida é só vida se o amor nela acende Seu doce fanal.

Aos mundos que eu sonho pudesse eu contigo,

Voando, subir;

Depois que importava? depois no jazigo

Sorrira ao cair". 

09
Abr15

Bairro da Graça, Violant e Florbela Espanca

Arca de Darwin

Esta peça de João Maurício (a.k.a. Violant) insere-se no projecto Passeio Literário da Graça, de 2014, que tem como objectivo homenagear e mostrar a obra de escritoras com ligação àquele bairro da capital e, ao mesmo tempo, intervir na paisagem urbana. As escritoras são: Natália Correia, Angelina Vidal, Sophia de Mello Breyner Andresen e Florbela Espanca.

violant - tree of knowledge-2 (683x1024)

A "Tree of Knowledge" de Violant situa-se na R. Natália Correia, mas os versos que escorrem nas páginas do cogumelo do conhecimento são de Florbela Espanca:

violant - tree of knowledge-5 (1024x616)

 "E o meu coração que tu não sentes,

 Vai boiando ao acaso das correntes,

 Esquife negro sobre um mar de chamas...",

do poema Frémito do meu corpo a procurar-te

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"Árvores! Não choreis! Olhai e vede:

- Também ando a gritar, morta de sede,

 Pedindo a Deus a minha gota de água!",

do poema Árvores do Alentejo

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