Os cisnes de W. B. Yeats
O cisne-branco (Cygnus olor), ou cisne-vulgar, é uma espécie acidental em Portugal, mas é comum na Irlanda. Em Dublin é fácil vê-la nos rios e nos lagos dos parques.
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O cisne-branco (Cygnus olor), ou cisne-vulgar, é uma espécie acidental em Portugal, mas é comum na Irlanda. Em Dublin é fácil vê-la nos rios e nos lagos dos parques.
"Não, Tejo,não és tu que em mim te vês,— sou eu que em ti me vejo!"
Alexandre O'Neill, O Tejo corre no Tejo
Encontrei algumas fotos que tirei há uns poucos anos enquanto caminhava algures entre a R. da Escola Politécnica e o Bairro Alto. Nelas salta à vista o mosaico colorido de Lisboa. Sobre A Cor de Lisboa há aqui na Arca um texto que vale a pena ler. Entretanto, aqui ficam as ditas fotos."Lisboa com suas casas De várias cores, Lisboa com suas casas De várias cores, Lisboa com suas casas De várias cores… À força de diferente, isto é monótono. Como à força de sentir, fico só a pensar. (...)"
Lisboa com as suas casas de várias cores, de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)
Romãzeiras no jardim da Gulbenkian. Romã, em inglês, é Pomegranate, que curiosamente também é o título de um contundente poema de D.H. Lawrence:
«You tell me I am wrong. Who are you, who is anybody to tell me I am wrong? I am not wrong.
In Syracuse, rock left bare by the viciousness of Greek women. No doubt you have forgotten the pomegranate-trees in flower, Oh so red, and such a lot of them. (...)
(...) Do you mean to tell me you will see no fissure? Do you prefer to look on the plain side?
For all that, the setting suns are open. The end cracks open with the beginning: Rosy, tender, glittering within the fissure.
Do you mean to tell me there should be no fissure? No glittering, compact drops of dawn? Do you mean it is wrong, the gold-filmed skin, integument, shown ruptured?
For my part, I prefer my heart to be broken. It is so lovely, dawn-kaleidoscopic within the crack.»
(...) Dandelions are tough and stubborn, deep-rooted and hard to shift.
Pick a fight with a dandelion and you'll lose. (...)
They'll just parachute off to your favourite flower bed.
Much better just to call a truce. (...)
I Wandered Lonely as a... Dandelion?, poema de William Barton, em jeito de resposta ao poema I Wandered Lonely as a Cloud, de William Wordsworth
Dente-de-leão, Jardim Botânico de Lisboa
Inaugurada no dia 18 do mês passado, a nova secção do megalómano Parque dos Poetas, em Oeiras, permitiu-me descobrir alguns autores e reencontrar outros já quase perdidos nos confins da (pouco fiável) memória. Entre as descobertas conta-se António Augusto Soares de Passos (1826-1860), de quem aqui fica o poema Desejo, ilustrado por fotos que tirei na sua 'ilha'.
"Oh! quem nos teus braços pudera ditoso
No mundo viver,
Do mundo esquecido no lânguido gozo
D'infindo prazer.
Sentir os teus olhos serenos, em calma,
Falando d'além,
D'além! duma vida que sonha minha alma,
Que a terra não tem.
Eu dera este mundo, com tudo o que encerra
Por tal galardão: Tesouros, e glórias, os tronos da terra,
Que valem, que são?
A sede que eu tenho não morre apagada
Com tal aridez:
Pudesse eu ganhá-los, e iria seu nada
Depor a teus pés.
E só desejando mais doce vitória,
Dizer-te: eis aqui
Meu ceptro e ciência, tesouros e glória:
Ganhei-os por ti.
A vida, essa mesma daria contente,
Sem pena, sem dor, S
e um dia embalasses, um dia somente,
Meu sonho d'amor.
Isenta do laço que ao mundo nos prende,
A vida que vale?
A vida é só vida se o amor nela acende Seu doce fanal.
Aos mundos que eu sonho pudesse eu contigo,
Voando, subir;
Depois que importava? depois no jazigo
Sorrira ao cair".
Ondjaki, DENTRO DE MIM FAZ SUL...
" (...) Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!"
Excerto do poema Conquista, de Miguel Torga, em Cântico do Homem (1950)
Esta peça de João Maurício (a.k.a. Violant) insere-se no projecto Passeio Literário da Graça, de 2014, que tem como objectivo homenagear e mostrar a obra de escritoras com ligação àquele bairro da capital e, ao mesmo tempo, intervir na paisagem urbana. As escritoras são: Natália Correia, Angelina Vidal, Sophia de Mello Breyner Andresen e Florbela Espanca.
A "Tree of Knowledge" de Violant situa-se na R. Natália Correia, mas os versos que escorrem nas páginas do cogumelo do conhecimento são de Florbela Espanca:
"E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas...",
do poema Frémito do meu corpo a procurar-te
"Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!",
do poema Árvores do Alentejo
Depois de Whitman, eis um excerto de Harvest, da poetisa e jornalista norte-americana Ellen Mackay Hutchinson (1851-1933).
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