A libelinha-branca (Platycnemis latipes) distingue-se pelas perninhas claras e pelos olhos esbugalhados afastados (azuis no macho, como o da imagem; castanhos na fêmea). Mede 33 a 37 mm de comprimento.Gosta de rios e ribeiros com correntes fracas e muita vegetação nas margens. Existe em Portugal, Espanha e França. Voa entre Abril e Outubro. Pertence à sub-ordem Anisoptera e à família Platycnemididae.

Libelinha-branca, Rio Sever, Portagem, Agosto de 2018

O gaiteiro-negro também é conhecido por donzelinha-cobre e por calopterix-cobre. Estes nomes justificam-se pela cor escura das asas e pelo corpo acobreado com reflexos vermelhos.

Gaiteiro-negro, rio Sever, Portagem

A região ventral da parte final do abdómen tem um tom rosa vivo. Vai daí, decidiram chamar-lhe Calopteryx haemorrhoidalis. Como dizia o outro, "não havia necessidade".As asas das fêmeas são mais claras do que as dos machos e têm a ponta escura com uma mancha branca.

Fêmea

Macho

O gaiteiro-negro é uma libelinha, ou seja, o corpo é mais delicado do que o das libélulas e pousa com asas fechadas (sub-ordem Anisoptera, família Calopterygidae; as libélulas pousam com as asas abertas e peretencem à sub-ordem Zigoptera). Mede entre 45 e 48 milímetros. O acasalamento deste habitante das margens de ribeiros tem dois aspectos interessantes: o macho realiza uma corte pré-cópula em que exibe a pigmentação das asas (que indica resistência imunológica a parasitas); durante a cópula o macho retira o esperma que a fêmea armazenou em cópulas anteriores.