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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

21
Ago19

Poço "Pequeno" — Carvalhais

Arca de Darwin

Não sei o nome deste poço pequenito, em Carvalhais (São Pedro do Sul) mas tem a grande vantagem de ficar a uns poucos minutos de distância, a pé, do recinto (campo de futebol) do Tradidanças.Para lá chegar desce-se a estrada que passa por trás do cemitério e depois vira-se à direita, logo que se começa a ouvir a água a correr. O caminho de terra faz-se já sob a protecção da copa das árvores, ao longo das margens muradas que cingem o rio. E esse caminho tem muito para ver: libelinhas, borboletas, aves, répteis, flores...

Gaiteiro-azul

Esporas-bravas

Borboleta-tigrada

Acobreada

Malhadinha

Alfaiate

Lagartixa-do-mato

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09
Ago19

Cinzentinha ("Leptotes pirithous")

Arca de Darwin

A cinzentinha (Leptotes pirithous) é uma borboleta pequenina — tem uma envergadura máxima de 30 milímetros — da família Lycaenidae.

Cinzentinha (Leptotes pirithous), Pouves, São Pedro do Sul

A cinzentinha tem várias gerações anuais e voa praticamente durante todo o ano — de Fevereiro a Dezembro. Gosta de terrenos incultos expostos ao sol.A face superior da asa dos machos é azul e a das fêmeas é castanha. Na face inferior destacam-se dois ocelos escuros rodeados de laranja junto à cauda filiforme. Esta face inferior assemelha-se à face inferior de uma outra borboleta, a Lampides boeticus, mas esta última tem uma banda branca bem delineada que atravessa a asa. Sendo uma borboleta diurna, as antenas são em forma de clava, neste caso com segmentos brancos alternados com negros.

08
Ago19

Poço Negro (Manhouce, Viseu)

Arca de Darwin

A paisagem do Poço Negro é de cortar a respiração. O rio Teixeira corre entre escarpas de vegetação cerrada, abrindo caminho entre as pedras, esculpindo-as, até que se precipita lá do alto formando uma cascata que alimenta uma enorme piscina natural. É um privilégio nadar ali e desfrutar daquele cenário.

Indo de Carvalhais, (ou de São Pedro do Sul) basta seguir as setas ― o Poço Negro fica a cerca de 20 km. O acesso é fácil, mas já perto do poço a estrada esburacada obriga a deixar o carro a meio de uma descida. Resultado: a subida de regresso é algo penosa. Todavia, a canseira vale bem a pena, pois é de facto um local idílico.

 

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07
Ago19

Tradidanças 2019

Arca de Darwin

A 3.ª edição do festival Tradidanças 2019 decorreu em Carvalhais, São Pedro do Sul, de 1 a 4 de Agosto. O crescimento foi notório em relação ao ano passado: (muitos) mais visitantes, mais oferta de workshops, cantina a funcionar, palco principal no "andar de baixo". Seguem-se algumas fotos do que aconteceu no recinto do festival. Para o ano há mais.

 

07
Ago19

Gaiteiro-azul ("Calopteryx virgo") — indicador de águas límpidas

Arca de Darwin

O gaiteiro-azul (Calopteryx virgo) é um bio-indicador da qualidade da água e do bom estado de conservação da vegetação ripícola. É por isso um bom sinal ter encontrado esta libelinha nos vários poços (piscinas naturais) que visitei durante o Tradidanças.Também conhecido por caloptéryx-azul, o gaiteiro-azul pertence ao mesmo género do gaiteiro-negro (Calopteryx haemorrhoidalis). O corpo do C. virgo macho é azul e o do C. haemorrhoidalis é acobreado. As asas do primeiro são azuis (castanhas nos juvenis) e as do C. hemorrhoidalis são negras. As fêmeas de ambas as espécies têm corpo esverdeado e pseudopterostigma branco (mancha branca na extremidade das asas), mas apenas a fêmea de C. hemorrhoidalis possui uma banda negra nas asas.

Macho

Fêmea

Macho imaturo

O corpo do gaiteiro-azul mede entre 45 e 49 milímetros e tem uma envergadura de 36 milímetros. Voa entre Maio e Setembro.

06
Ago19

Doninha ("Mustela nivalis") nos Moinhos do Pisão

Arca de Darwin

No sábado, com a serra da Arada ainda coberta pela neblina matinal, saí do recinto do Tradidanças e fui até ao Pisão que fica ali ao lado, a menos de 1 km. Parei junto a um dos moinhos, onde há 1 ano fotografara uma rã-ibérica durante uma das Viagens de Tradição e Natureza organizadas pelo festival. Ainda nem tinha retirado a máquina fotográfica da mochila quando uma doninha (Mustela nivalis) surgiu entre as ervas e parou a cerca de 2 metros de mim.

Irrequieta, mas nada incomodada com a minha presença, perscrutou o solo em volta como quem faz uma ronda, e logo desapareceu entre as ervas tão rápido quanto surgira.

É sempre bom passear pela Natureza, mas é ainda melhor quando se tem a sorte de encontrar um animal como este. Não é que a doninha seja uma espécie rara ou até ameaçada, mas claro que não é tão abundante quanto, por exemplo, a gaivota-cinzenta, e não é fácil de observar quer pelo seu comportamento quer pelo seu tamanho. De facto, a doninha é o mamífero carnívoro mais pequeno da Europa: as fêmeas medem entre 16 e 19 centímetros e pesam entre 40 e 90 gramas; os machos medem entre 18 e 27 centímetros e pesam entre 70 e 170 gramas.

A pelagem é castanha-avermelhada no dorso e branca no ventre. Pode ser confundida com o arminho (Mustela erminea), mas este é maior (30 a 40 cm), tem a ponta da cauda preta, e a linha entre o castanho do dorso e o branco do ventre é direita (e não irregular, como a da doninha).

A doninha alimenta-se de roedores e de coelhos que caça à noite e também durante o dia. Vive em zonas com campos agrícolas (onde existem os ratos de que se alimenta) e com muros e sebes (servem de abrigo e protecção).

05
Ago19

Poços do Rio Teixeira

Arca de Darwin

Durante o festival Tradidanças (Carvalhais, São Pedro do Sul) aproveito sempre para dar um mergulho num dos muitos poços — piscinas naturais — da região. Já aqui falei do Poço Azul, e em breve falarei do Poço Negro. Mas este post é sobre os Poços do Rio Teixeira, que bem podiam ser chamados de Poço Verde.

Nestes poços, para onde quer que se olhe, vê-se verde. Até o céu está escondido pela copa das árvores, já que o rio corre bem encaixado entre duas encostas. Apesar da sombra, a água até não estava muito fria.

Este é o poço mais acessível de todos os que visitei; fica mesmo junto à estrada. Uma braçada para esquerda e estamos em Aveiro; uma braçada para a direita e estamos em Viseu.

Para saber mais sobre este rio — os seus poços, cascatas, biodiversidade... ― visite, por exemplo, o site da Rota da Água e da Pedra.