BOM BOM BOM, BY-I-YAH
Lembro-me de, quando era miúdo, apanhar girinos num charco (o que não se deve fazer), colocá-los numa lata ferrugenta, e acompanhar o seu desenvolvimento: primeiro eram uma bola com cauda, depois nasciam as perninhas traseiras, depois as dianteiras, e finalmente a cauda desaparecia.
Não sabia qual era espécie, nunca reparei que tinham um tímpano (a ‘bola’ atrás e ligeiramente abaixo do olho) e não me lembro de ver o saco vocal, mas provavelmente eram rãs-verdes (Rana perezi), o anfíbio mais abundante em Portugal, comum em charcos, lameiros, lagoas, ribeiros, albufeiras, etc..
Apesar do nome comum, algumas são de cor castanha, mais ou menos escura. A risca amarela ou esverdeada no dorso é característica desta espécie, embora esteja ausente em alguns indivíduos.
O coachar dos machos revela 5 cantos diferentes. Veja quantos ouve neste vídeo que filmei no jardim da Fundação Gulbenkian, em Lisboa.