Porto de Abrigo, Sesimbra.
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Há já alguns anos que não ia ao Carnaval de Sesimbra (as outras vezes - 2013 e 2015 - estão documentadas aqui, aqui e aqui). Amanhã (dia 25) há outro desfile.
Nathanael G. Herreshof
"Laranja, peso, potência. Que se finca, se apoia, delicadeza, fria abundância. A matéria pensa. As madeiras incham, dão luz"Herberto Hélder
Ontem passei pelo Cabo Espichel, Sesimbra, e percorri o perímetro do Santuário de Nossa Senhora da Pedra Mua. Perante a paisagem agreste, dominada pelo vento e pela imensidão do mar, podemos pensar que ali, num raio de 20 metros do Santuário, haverá pouca biodiversidade. Pelo contrário.
No post sobre o sardão (Lacerta lepida), os dois animais que fotografei em São Pedro do Sul eram, como referi, pequenitos. Este exemplar que estava ontem no Cabo Espichel era já adulto, e bem grande.
Outra novidade para esta área foi quase ter conseguido fotografar um falcão-peregrino (Falco peregrinus). Fica para a próxima.
Houve outras aves que pousaram para a fotografia (cartaxos, escrevedeiras-de-garganta-preta, trigueirão), outras que só vi por breves instantes (rabirruivos, pintassilgos, estorninhos, cotovias), e outras que não chegaram a aparecer (por exemplo, o mocho-galego).
Borboletas, nem vê-las. Orquídeas, duas espécies (o que é habitual, pois aparecem em sucessão) mas muito pouco abundantes: moscardo-fusco (Ophrys fusca) e orquídea-homens-nus (Orchis italica). Já os maios-pequenos (Gynandriris sisyrinchium) e as campainhas-amarelas (Narcissus bulbocodium) atapetam o chão.
Só para lembrar que estamos em plena época de floração das orquídeas selvagens. Mais espécies, aqui.
Moscardo-fusco (Cabo Espichel), Março de 2016
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