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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

Arca de Darwin

30
Mai22

Lobélia-brava (“Lobelia urens”)

Arca de Darwin

A Primavera está quase a dar lugar ao Verão. Nas zonas altas da Tapada de Mafra são já poucas as espécies de flores que dão cor à paisagem. Aqui e ali ainda se encontra uma outra dedaleira e algumas margaridas minúsculas. Mas há uma espécie que tinge de azul ou roxo as bermas dos caminhos e os pequenos prados: a lobélia-brava (Lobelia urens).

lobelia brava-1.jpg

 

 

13
Mar19

Veados e Gamos na Tapada de Mafra

Arca de Darwin

Na Tapada de Mafra é bastante fácil observar veados (Cervus elaphus) e gamos (Dama dama), mas, claro, convém percorrer os caminhos em silêncio). Por esta altura os indivíduos de ambas as espécies ainda apresentam a pelagem castanha-escura típica do Inverno. Para distingui-las, além do tamanho (os veados são maiores), podemos olhar para as hastes dos machos: as dos veados são pontiagudas; as dos gamos são espalmadas. Na Tapada há cerca de 50 veados e mais de 300 gamos. Não há corços (Capreolus capreolus).

11
Mar19

Pelos bosques da Tapada de Mafra

Arca de Darwin

A Tapada de Mafra agora está assim, confundida entre um fim de Inverno e início de Primavera que lembram cores de Outono sob luz de Verão."I went to the woods because I wished to live deliberately, to front only the essential facts of life, and see if I could not learn what it had to teach, and not, when I came to die, discover that I had not lived."

Henry David Thoreau, in Walden; or, Life in the Woods

10
Mar19

Rela-meridional ("Hyla meridionalis")

Arca de Darwin

Em Portugal há duas espécies de relas: a rela-meridional (Hyla meridionalis) e a rela-comum (Hyla arborea). A rela-meridional distingui-se por ser maior — as fêmeas desta espécie podem chegar aos 6 centímetros — e por ter bandas escura laterais mais curtas: saem do focinho, passam pelo olho e vão até ao ombro, enquanto que as bandas da rela-comum vão até às virilhas dos membros posteriores.

Em geral, os indivíduos de ambas as espécies têm cor de alface. Seria de esperar que fossem fáceis de observar, mas a verdade é que a cor exuberante de alguma maneira mistura-se com o habitat, como se fosse uma folha caída no meio da vegetação ripícola.

Estes anuros (ordem Anura: anfíbios sem cauda) da família Hylidae têm pequenos discos adesivos nas pontas dos dedos.

A rela-meridional existe em Portugal, Espanha, França, Itália e Norte de África. Por cá, tem estatuto de conservação de Pouco Preocupante e existe no Centro e no Sul. A rela-comum existe em todo o país, mas é menos abundante no sudeste alentejano e no Algarve. Ou seja, é possível encontrar as duas espécies no mesmo charco.

Nesta altura as relas-meridionais estão em plena época de reprodução (Fevereiro−Abril) e, quando anoitece, o seu canto é bem audível. Os indivíduos desta espécie atingem a maturidade sexual aos 3 anos e vivem cerca de 10.

No sudoeste alentejano a espécie é conhecida por lucra. Já no Brasil chamam-lhe "perereca", palavra de origem tupi-guarani que significa andar aos saltos (o que ela faz quando caça), e que entretanto ganhou novo significado popular.

19
Fev13

Raposas na cidade

Arca de Darwin
A raposa (Vulpes vulpes) é um dos carnívoros mais bem sucedidos do mundo. Existe na Europa, Ásia e Norte de África, e foi introduzida na América do Norte e na Austrália. A capacidade de adaptação deste carnívoro é notável. Em resposta à perseguição movida pelos humanos (a raposa é uma espécie cinegética, isto é, que se pode caçar), reproduz-se antes de completar um ano de idade e em caso de necessidade aumenta o tamanho das ninhadas e a proporção do número de fêmeas.

Raposa (Vulpes vulpes). Tapada de Mafra

Por outro lado, tem uma dieta bastante diversificada, que inclui mamíferos, aves, répteis, anfíbios, insectos, animais domésticos, frutos e restos da alimentação humana, e ocupa todo o tipo de habitats, desde o nível do mar até áreas montanhosas.

Em muitos países é presença assídua em vilas e cidades. Por exemplo, estima-se que 33.000 raposas vivem em áreas urbanas no Reino Unido. Os conflitos com humanos são raros, mas ocorrem. Foi o que aconteceu este mês em Londres, Inglaterra, quando uma raposa entrou numa casa e arrancou um dedo a um bebé de 4 semanas. A criança está bem e já tem o dedo de volta, mas algo tem de mudar para que episódios como este não se repitam. Solução? Muitos apelaram ao abate dos animais que, segundo dizem, são cada vez mais. No entanto, parece que o número de raposas citadinas mantém-se mais ou menos estável desde os anos 80. Especialistas também defendem que o abate de pouco servirá, e até poderá agravar o problema. Isto porque quando se remove um adulto, vários juvenis ocupam o seu espaço. Assim a solução passa por educar os humanos, principalmente para que não deixem restos de alimentos acessíveis aos animais – há até quem, por gostar de ver raposas no quintal, lhes deixe comida à porta de casa. Também há quem lhes faça festas, esquecendo-se de que são animais selvagens. (Há muitos, no Alentejo, encontrei um velhote que me contou que quando as filhas eram crianças ofereceu-lhes duas crias de zorras – nome dado à espécie nesta região de Portugal – como presente de aniversário, mas devolveu-as à Natureza depois de uma delas morder uma das filhas).

A raposa tem estatuto de conservação Pouco Preocupante e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) incluiu-a na lista das 100 espécies mais invasoras do planeta.

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